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O horror de Enfield

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As vastas florestas e campos ao sul do estado norte americano do Illinois, combinado com a pequena população residente na área, parecem ser os ingredientes perfeitos para eventos estranhos e misteriosos. O parque nacional de Shawnee (Shawnee National Forest) é um desses lugares cheios de histórias e mitos. Talvez a grande extensão de florestas preservadas e a pequena povoação da região, aticem as mentes mais supersticiosas e fantasiosas a imaginar que a floresta seja lar de criaturas desconhecidas, ou, talvez, as vastas as vastas áreas verdes da reserva de fato ocultem habitantes sinistros. Na cidade de Enfield, Illinois, o relato de um ataque promovido por um monstro saído das profundezas da floresta passou a assombrar os moradores, e se tornou parte da mitologia local.

O monstro de Enfield

Na noite de 25 de abril de 1973, um menino estava brincando no quintal de sua casa em Enfield,no sudeste do Illinois, quando uma criatura o atacou. O bizarro relato, que acabou se tornando famoso sob a alcunha de “o Horror de Enfield”, teve grande repercussão na época, mas nos dias de hoje ganhou status de “uma história contada pelos velhos”.


Na noite de 25 de abril de 1973, Henry McDaniel ouviu o que seriam arranhões na porta de sua casa. Quando ele abriu, ele não podia acreditar em seus olhos! Segundo Henry, ele avistou uma criatura com três pernas, com um corpo curto, e com dois braços que parecia sair do peito da criatura. Seus olhos seriam cor de rosa puxando para o vermelho, grandes como lanternas. Segundo Henry a criatura parecia querer invadir a sua casa.


McDaniel rapidamente chamou a polícia. Os agentes logo encontraram rastros de uma criatura, cujas pegadas pareciam a de cães, mas com seis dedos nos pés. Dando continuidade nas investigações, os agentes policiais logo descobriram outro relato a respeito da criatura.

O jovem Greg Garrett, vizinho de McDaniel, estava brincando no quintal de casa a cerca de meia hora antes de McDaniel avistar a criatura e chamar a polícia. Segundo Garrett, a criatura o atacou, rasgando seu tênis com as garras enquanto Garrett tentava escapar. O garoto acabou conseguindo entrar em casa, onde se trancou e se escondeu, morrendo de medo.

No dia 6 de maio, Henry McDaniel foi acordado no meio da noite ao ouvir o latido furioso dos cães da vizinhança. Assustado ele olhou pela janela e pode vislumbrar a criatura novamente. O monstro estava em pé perto da ferrovia. "Eu não atirei nele nem nada", relatou McDaniel. "Tudo começou em baixo da estrada de ferro. Não estava com pressa ou qualquer coisa".


Começa o circo midiático

Os relatos de McDaniel logo chamaram a atenção para os jornais, atraindo grande atenção para a cidade de Enfield, criando um verdadeiro circo na cidade, o que acabou desagradando o xerife local, que teria ameaçado McDaniel para que ele parasse de contar tais histórias. A cidade estava tomada de jornalistas, caçadores e curiosos, todos se embrenhando nos bosques locais em busca da dita criatura.


Esse frenesi logo causou o primeiro problema com as autoridades locais. No dia 8 de maio, apenas dois dias após a segunda aparição da criatura, cinco caçadores foram presos pelo xerife Roy Poshard Jr, por ameaçar a segurança pública e por violações de caça. Os caçadores haviam adentrado os matos nos arredores da cidade e abriram fogo. Eles alegaram ter atirado em uma criatura de pelagem cinza que eles haviam visto na vegetação rasteira. Os caçadores alegaram que atingiram a criatura, mas mesmo assim ela saiu em disparada do local. Os policiais procuraram rastros de sangue no local, porém nada encontraram. Os caçadores acabaram detidos por conta dos disparos.

Nessa época o xerife teria preso McDaniel para que ele parasse de espalhar as histórias. Jornalistas estavam chegando de tudo quando é parte para entrevistar McDaniel, e a cada entrevista mais caçadores e curiosos chegavam a cidade em busca da tal criatura. A intenção do xerife era manter McDaniel afastado da mídia, para tentar acalmar o frenesi que estava acontecendo na cidade. Ele teria acusado McDaniel de inventar a história e forjar os rastros da suposta criatura, porém um novo avistamento do estranho ser acabou frustrando a ideia do xerife.

Dessa vez a testemunha era alguém com maior credibilidade do que Henry McDaniel. Rick Rainbow, que era o diretor de notícias da estação de rádio WWKI em Kokomo, Indiana. Ele e três outras pessoas viram o monstro perto de uma casa abandonada, a uma curta distância do lugar onde McDaniel morava, e onde haviam acontecido os outros avistamentos. Quando a criatura notou a presença de Rainbow e seus amigos, ela logo se pôs em fuga. O grupo afirmou que o monstro teria cerca de cinco metros de altura, teria uma cor cinza e era um tanto curvado. Rainbow afirmou ter conseguido gravar os gritos do ser, algo semelhante ao som de um gato selvagem.

Esse grito também foi ouvido pelo pesquisador Loren Coleman, que também veio Enfield para tentar rastrear a criatura. Ele também ouviu o som, enquanto realizava uma busca numa área perto da casa McDaniel.


Assim como surgiram do nada, os avistamentos também cessaram abruptamente. Nenhuma explicação foi dada sobre a origem do suposto monstro. Essa falta de explicações por parte das autoridades motivaram os habitantes locais a formularem as suas próprias conclusões a respeito do assunto (como se os populares não fossem criar suas teorias, mesmo se houvesse uma explicação oficial). Muitas pessoas acreditam que a criatura fosse algum ser desconhecido. Outras afirmam que as aparições teriam haver com atividades extraterrestres, pois aparentemente haviam ocorrido algumas aparições de luzes estranhas no céu durante a época em ocorreram as aparições. Há também aqueles que acreditam em lobisomem.

O que de fato aconteceu em Enfield naquela época continua sendo um mistério, mas na época dos avistamentos da criatura circularam algumas histórias antigas que afirmavam que alguma criatura estranha tinha realizados ataques naquela mesma região durante a década de 40.


A cozinha do Diabo

Esta parte do estado de Illinois é muitas vezes referida como a "Cozinha do Diabo", uma designação deixada para trás pelos nativos americanos e os primeiros colonos para explicar coisas estranhas que acontecem no loca, como: como bolas inexplicáveis ​​da Luz, aparições, gritos no meio da noite e várias outros inquietantes tipos de fenômenos. Os nativos americanos considerados muitas vezes esses lugares como "sagrado", mas os colonos normalmente acreditavam que eles fossem "malditos", e assim evitados.


A ideia de que esses locais eram ligados ao "Diabo" foi o primeiro pensamento que cruzou a mente dos mais religiosos. Eles aprenderam a evitar esses lugares estranhos e assombrados e em segundo lugar, eles deram nomes aos pontos para alertar outros visitantes e assentados sobre os perigos da área. No caso da “cozinha do diabo”, quase tudo é possível, desde relatos de fantasmas, até animais de misteriosos e avistamentos de monstros estranhos.


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Ao fazer faxina em sótão da avó, família acha mapa do tesouro e mão humana

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Uma faxina pode ser bem mais interessante do que parece em um primeiro momento. Essa é a conclusão da família de Mike Lopez, que vive na Flórida, nos EUA, e encontrou um baú com moedas, um mapa do tesouro e uma mão humana ao faxinar o sótão da casa de seus avós.

Logo depois do susto de encontrarem uma mão humana no sótão de casa, Mike e sua família resolveram encaminhar todos os itens encontrados para um curador de museu.

Rodney Kite-Powell, que trabalha no Centro Histórico de Tampa Bay, confirmou que “definitivamente se trata de uma mão humana” e que o mapa data das décadas de 1920 ou 1930. Já as moedas foram consideradas finas demais para serem autênticas.

Segundo Lopez, o "tesouro" foi encontrado por sua irmã dentro de uma caixa de madeira que tinha, ainda, uma foto do casamento de seus bisavós.

De acordo com o dono da casa, o mapa pode levar a uma lenda local. Ele afirma que no objeto havia registrada a palavra “Gaspar”, que, segundo a família, pode ser uma referência à lenda do pirata José Gaspar, que correu na Flórida ainda no século 18.

Na internet algumas pessoas chegaram a sugerir que a tal mão humana pudesse ser uma Mão da Glória (clique AQUI para ler sobre elas).

Fonte: Yahoo

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Andrei Chikatilo: O Açougueiro de Rostov

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Saudações galera atormentada. Hoje volto a trazer ao blog Noite Sinistra uma postagem falando de um serial killer. A monstro retratado hoje é Andrei Romanovic Chikatilo, apelidado de: “Açougueiro de Rostov”, “O Estripador Vermelho” e “O Estripador de Rostov”. Chikatilo é um dos mais notórios serial killers do mundo, sendo o foi o primeiro serial-killer conhecido da Rússia no século XX.

Infância do monstro

Andrei Romanovic Chikatilo nasceu em 16 de outubro 1936, em Yablochnoye, uma aldeia no coração da Ucrânia rural, dentro da URSS. Chikatilo cresceu com rumores de que seu irmão, Stephan, havia sido assassinado e canibalizado por vizinhos durante o período de grande falta de comida na Ucrânia conhecido como “a Grande Fome”, ou como “Holodomor”, onde estima-se que 25000 pessoas morreram vítimas da fome (clique AQUI para conhecer essa tragédia). Apesar da mãe de Chikatilo afirmar veementemente que a história é real, não ha vestígios que provem a existência de Stephan.

Durante a grande fome, muitas crianças acabaram raptadas e vendidas para serem mortas e sua carne vendida para serem consumidas.
Andrei teve uma adolescência difícil, decorrente de uma disfunção sexual que o tornou temporariamente impotente, fato que lhe causou grande abalo psicológico. Ele acreditava ter sido castrado e cegado ao nascer, seus desejos vingativos, e seu instinto violentas foram aflorando cada vez mais.


Após completar o serviço militar, se tornou engenheiro de uma empresa de telefonia em Rostov. Nessa época sua irmã mais nova acabou indo morar com ele. Foi ela que apresentou a ele a mulher que se tornaria a sua esposa: Fayina. Chikatilo e Fayina se casaram em 1963. Apesar dos problemas sexuais de Chikatilo, e a falta de interesse em sexo convencional, ele e sua esposa tiveram dois filhos: Lyudmilla, nascida em 1965 e Yuri, nascido em 1969. Eles tiveram uma vida familiar considerada normal pelas pessoas próximas.



Em 1971, Chikatilo concluiu um curso por correspondência em literatura russa, e obteve seu diploma pela Universidade de Rostov. Ainda em 1971, uma mudança de carreira fez com que Andrei se tornasse professor, indo lecionar em uma escola para rapazes situada em Rostov. Na escola Chikatilo tornou-se alvo das brincadeiras dos alunos, que inicialmente o chamavam de "ganso" devido a seu pescoço comprido e estranha postura, mas depois passaram a chamá-lo de "maricas", uma vez que passou a molestar estudantes no dormitório. Apesar de sua idade e tamanho, Chikatilo sentia-se intimidado pelos alunos, por isso passou a levar sempre consigo uma faca.


Os abusos sexuais cometidos contra os menores fizeram com que Andrei tivesse que mudar de escola, indo atuar em uma escola ligada a mineração em Shakhty, perto de Rostov.

Em 1973 após a perda da mãe Andrei começa a agir, inicialmente molestando meninas. Em 1978, foi trabalhar na área de suprimentos do governo e passou a viajar diariamente. Chikatilo começou sua carreira de matança abordando, na maioria crianças e mulheres (geralmente prostitutas), que encontrava em estações de trem e pontos de ônibus.

Os Crimes

Em 22 de Dezembro de 1978 fez sua primeira vitima reconhecida, Lena Zakotnova de 9 anos, ela foi estrangulada, estuprada e apunhalada diversas vezes. Seu corpo foi encontrado e retirado do rio Grushevka dias depois. Mais tarde Andrei Chikatilo confessaria que enquanto estrangulava a garota teve um orgasmo. Nesse momento ele associou o prazer sexual ao ato violento, fato esse que marcaria os seus ataques.


Corpo de Lena Zakotnova no necrotério
Uma testemunha viu Chikatilo com a vítima, pouco antes de seu desaparecimento, mas sua esposa lhe forneceu um álibi, que lhe permitiu escapar da atenção da polícia. Chikatilo escapou, em seu lugar foi acusado o ex sentenciado por estupro Alexander Kravchenko. Kravchenko apanhou da policia até confessar ter assassinado a menina, tendo sido condenado a morte por fuzilamento e executado em 1984.

Em 1981 mais uma vítima: Larisa Tkachenko de 17 anos. Larisa cabulava aula frequentemente, e em uma dessas vezes foi seduzida a por Chikatilo a fazer sexo, os dois foram para o bosque, Chikatilo depois de ter falhado se sentiu humilhado e a estrangulou rapidamente, depois roeu sua garganta, seus braços e seios.


Em 12 de junho de 1982 foi a vez de Lyuba Biryuk de 12 anos, ela foi esfaqueada e mutilada pelo menos umas 40 vezes, no silencio de uma floresta. Seus restos mortais só forma encontrados 1 ano após sua morte.


Em 1983 Chikatilo fez mais 3 vitimas, entre elas uma primeira masculina, Oleg Podzhidaev de 9 anos, ele foi castrado e esfaqueado. Seu corpo nunca foi encontrado.

Em 1984 consta que Andrei tenha assassinado mais de 15 pessoas. No mesmo ano foi detido e interrogado e logo em seguida liberado por falta de provas.

Em 1985 Andrei matou uma jovem de 18 anos que tinha problemas mentais, ela foi estuprada e levou mais de 387 facadas pelo corpo.

Em 1989 Tatyana Ryshova, ela foi esfaqueada, estuprada, decapitada e teve suas pernas amputadas. Seu corpo foi embrulhado e jogado em um trenó no pátio de um vizinho.


Em 1989 Helena Varga de 9 anos, ela foi esfaqueada e teve seu útero e parte de face retirada. Seu corpo foi dado como irreconhecível, só depois de muita investigação descobriram sua identidade.


Algumas das 53 vitimas de Andrei Chikatilo

As Investigações

Para investigar a onda de crimes que assolava a região foi convocado Mikhail Fetisov e seu time de investigação, Festov começou a reunir informações e pistas. O Caso foi denominado como "Os Assassinatos do Estripador da Floresta". Inicialmente os investigadores suspeitaram de que o assassino seria um doente mental, e passaram a estudar nomes de pacientes de clinicas psiquiátricas.

Mikhail Fetisov
Com a falta de pistas o grupo começou a recolher amostras de sangue de pessoas dadas como suspeitas e comparava essas amostras recolhidas com as encontradas nos corpos das vitimas, entre os suspeitos estava Andrei Chikatilo, mas nada foi constado ou provado.

Com o aumento no numero de mortes a policia se viu desesperada, foi então que recorreram a pedir ajuda a psiquiatras, psicólogos e patologistas sexuais do instituto médico de Rostov que preparam um perfil do assassino.

Não tendo muita sorte com as informações obtidas pelos especialistas, o chefe da investigação resolveu se espreitar e fazer grandes vigilâncias nas estações de trem e ônibus. Depois de certo tempo de vigilância Zonosovsky e um parceiro estranharam o comportamento de um senhor, que olhava de uma forma apurada para algumas garotas que ali estavam. Os investigadores resolveram então segui-lo por algum tempo, a espreita durou varias horas, naquela noite Chikatilo tentou conversar com diversas mulheres, e com uma delas obteve êxito e iniciou beijos e caricias, mas após algum tempo a mulher se aborreceu e se levantou gritando, imediatamente os investigadores o abordaram e pediram seus documentos.


Chikatilo começou a suar, quando os investigadores pediram para revistar sua maleta, quando a abriram encontraram: uma corda, um pote de vaselina e uma faca afiadíssima. Chikatilo foi levado sob custodia sob a acusação de assédio sexual, algo que dava à policia 15 dias para a averiguação do suspeito.

Mais uma vez depois da falta de provas Chikatilo foi posto em liberdade. Em 1985 depois de ter cometidos mais crimes. Naquele ano foi feito mais um perfil para o assassino nesse constava que o assassino era: Narcisista, Heterossexual, era inteligente, praticava necrofilia, cegava as vitimas para não ver sua imagem em seus olhos, e emasculava meninos praticando canibalismo com as partes retiradas das vitimas.

Depois de longa investigação e um suspeito fuzilado após seu perfil coincidir, Chikatilo volta a matar, agora em 1987 um menino de 13 anos, logo seguido de outro garoto sendo esse assassinado tão violentamente que a faca de Andrei chegou a quebrar durante o ato.

Em 1988 matou uma mulher de 30 anos, na cidade de Krasny-Sulyn. Em 1989 mais 8 vitimas foram encontradas. Em 1990 a policia ainda não tinha resolvido os crimes.

Agora a preferência de Chikatilo havia mudado pelo sexo masculino.

Sem obter êxito nas investigações, a policia volta a espreitar as estações de trem e ônibus, desta vez utilizando até policiais do sexo feminino como isca humana para atrair o assassino. Mas após a policia ter encontrado um bilhete de passagem junto ao corpo de uma das vitimas, foi perguntado ao homem que havia vendido o bilhete se o menino estava acompanhado, foi então que o vendedor fez uma descrição de Chikatilo.


A policia logo se mobilizou e partiu atrás de Chikatilo, mas ao mesmo tempo ele fazia mais uma vitima desta vez uma moça de 20 anos. Depois de analisar registros e analisar mais provas Chikatilo foi preso novamente e levado para novo interrogatório, sua mala novamente foi revistada e lá encontraram mesmo conteúdo de 6 anos atrás: uma corda, um pote de vaselina, e uma faca.



Os investigadores também revistaram o apartamento de Andrei e lá encontrou mais provas e armas. Dentre as armas varias facas e um machado.

A Confissão

Os investigadores não teve vida fácil para fazê-lo confessar, tendo Andrei alegado uma doença mental, e seus crimes não seriam sua culpa. Mas a policia investigou seu perfil e o apontou como capaz de entender e responder por seus atos e impulsos.


A policia inicialmente ligou Andrei a apenas 36 crimes, mas Chikatilo deu detalhes de 53 assassinatos, sendo 23 meninos, 14 meninas e 18 Jovens mulheres. Sua memória era impressionante, pois ele conseguia lembrar das datas, horários, locais e métodos utilizados nos crimes.

O acusado chegou até a fazer a reconstituição dos crimes utilizando um manequim.




Julgamento

Andrei Chikatilo foi julgado em 14 de abril de 1992, o caso recebeu o nome de "O Açougueiro de Rostov". Durante em o julgamento Andrei causou repulsa na plateia enquanto contava seus métodos e crimes. Ele foi condenado a morte por 52 dos 53 assassinatos creditados a ele.

Ao ouvir a sentença, Chikatilo surtou e acusou o juiz de trapaça. Disse também: “Quero que meu cérebro seja desmontado pedaço por pedaço e examinado, para que não haja outros como eu”.


O apelo de Chikatilo foi centrado em torno da afirmação de que a avaliação psiquiátrica que tinha considerado ele apto para ser julgado, foi tendenciosa, mas este processo não teve sucesso e, 16 meses depois, ele foi executado com um tiro na parte de trás da cabeça, no dia 14 de Fevereiro de 1994.


Fotos de algumas cenas de crimes





Após sua morte

Depois de todo o caso, muitos parentes de Andrei retiraram o nome Chikatilo se suas identidades. Seu filho Yuri foi condenado, em 1996, por extorsão e em 1998 por roubo, sendo liberado em 2004. Ele virou dono de uma empresa de engenharia. Eles nunca acreditaram, na época, que Andrei fosse o assassino. Tanto Yuri quanto Ludmila foram diagnosticados como portadores de esquizofrenia.

Talvez o caso de Chikatilo seja o mais ilustrativo, de que os interesses pessoais e a ideologia de um país não devem interferir nos trabalhos policiais. Se desde o inicio os crimes fossem associados, muitas vidas teriam sido poupadas. Chikatilo é, hoje, considerado um dos mais prolíficos assassinos em série do mundo. Seus crimes viraram filmes: Cidadão X, 1995 e Evil enko, 2004. O livro 44 Child também é inspirado no caso.



Fontes: Murderpédia e Id Serial Killer

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Links Sinistros 137

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Saudações galera atormentada. Hoje voltamos a publicar os links de terror aqui do blog Noite Sinistra.

Aproveitando a deixa, eu gostaria de convidar os amigos e amigas a darem uma olhadinha bem no final do blog Noite Sinistra, lá vocês poderão encontrar uma série de postagens de blogs parceiros (a esquerda), cuja ordem é escolhida de acordo com a hora de publicação da matéria de forma automática. A direita vocês podem conferir as postagens do Noite Sinistra que mais foram acessadas na semana. Dessa forma o Noite Sinistra dá ainda mais visibilidade aos blogs parceiros - coisa que poucos blogs fazem na internet - , e proporciona mais uma fonte de entretenimento aos amigos e amigas que acessam o blog.

A implementação dessa nova modalidade de divulgação pode tornar o carregamento mais pesado, portanto é fundamental que vocês meus caros amigos e amigas deem um retorno a respeito do assunto. Essa ferramenta não está disponível para quem acessa o blog via celular, a menos que o leitor(a), habilitar a versão web.


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Chilena adota bebês mortos para garantir enterro decente

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Bernarda Gallardo já estava na fila para a adoção quando leu em um jornal que uma recém-nascida havia sido abandonada, morta, em um lixão. Ela continuou querendo adotar um bebê - mas, agora, queria um bebê morto.

A menina, que ela passou a chamar de Aurora, foi abandonada em um lixão em Puerto Montt, no sul do Chile, há 12 anos. Meses depois, Bernarda conseguiu adotar a menina e dar a ela um funeral decente.

Desde então, ela adotou e enterrou outros três bebês.

Um de seus objetivos é chamar atenção para a dificuldade de mães chilenas que não têm condições de ficar com os filhos - o aborto é proibido no país até mesmo em casos de estupro e os hospitais não têm um local onde os bebês possam ser deixados anonimamente.

A história de Bernarda começou em 4 de abril de 2003, quando o corpo de Aurora foi encontrado. Ele havia sido colocado em um saco de lixo preto e jogado na lixeira, que acabou indo parar no lixão.

Um dos catadores encontrou o corpo da menina, e Bernarda ficou horrorizada.

Imediatamente, decidiu dar um enterro decente ao bebê. Ela estava em processo de adoção de um bebê à época e, com isso, sentiu uma ligação com a história - este poderia facilmente ter sido o seu bebê, e ela queria fazer algo.


"Se você ganha um bebê vivo, você dá roupa, alimenta, e coloca em um berço. Se o bebê chega morto, você precisa conseguir um caixão e dar a ele um enterro decente."

Mas ela também sabe que muitas mães não querem ficar com os filhos, e até sente uma conexão com elas.

"São mulheres jovens, muitas vezes meninas vítimas de estupro e incesto. Se foram estupradas pelo pai ou padrasto, elas têm muito medo de falar. Os estupradores normalmente são aqueles que sustentam a família", diz.

Gallardo foi estuprada por um homem de seu bairro em 1976, quando tinha 16 anos.

Ela engravidou e teve o bebê - uma filha que criou sozinha.

"Depois que fui estuprada, tive a sorte de conseguir superar com o apoio dos meus amigos. Mas, se eu tivesse ficado sozinha, talvez eu tivesse me sentido tão desamparada como elas".

"Que tipo de vidas essas mulheres têm para que estejam tão desesperadas a ponto de abandonar seus filhos?", questiona.

Além de violência sexual, muitos bebês também são abandonados por causa da pobreza. "As mulheres simplesmente não pode sustentar uma criança", diz.

É difícil estimar quantos bebês são jogados no lixo no Chile. Estatísticas oficiais apontam que são cerca de 10 por ano, mas o número pode ser muito maior - a maioria dos lixões é fechada ao público, e é possível que existam mais corpos que não são encontrados.

O desejo de Bernarda de fazer algo pelo bebê em Puerto Montt foi o início de um processo longo e burocrático.

Já no início, ela decidiu chamar a menina de Aurora. "Para mim, ela era um pequeno raio de luz que mostrava que a escuridão não era a única possibilidade."

Mas conseguir enterrar Aurora não foi fácil. No Chile, de acordo com ela, se um corpo não é reclamado por um membro da família ele é classificado como dejeto humano e jogado fora com outros materiais hospitalares. Mas Bernarda conseguiu interceder antes que isso ocorresse.

Os médicos precisam provar que o bebê chegou a viver fora do útero da mãe para que ele possa ser registrado como um ser humano e ter direito a ser enterrado. Por isso, o corpo de Aurora teve que ser examinado.

Normalmente, os médicos preferem dizer que o bebê morreu no parto para proteger mães vulneráveis. O aborto é ilegal no Chile em todas situações, e se uma mãe for pega abandonando seu filho, mesmo se deixá-lo no hospital, ela pode pegar até cinco anos de prisão.

Bernarda também teve que adotar legalmente Aurora para poder enterrá-la, mesmo com a criança morta.


Inicialmente, o juiz encarregado do caso teve dúvidas sobre a intenção dela. Ele achava que Bernarda era a mãe biológica de Aurora e que queria enterrar o corpo porque estava se sentindo culpada após abandoná-la.

Mas ela o convenceu de suas boas intenções, e ele disse que era o caso mais estranho que ele já tinha visto, e que nunca ninguém no Chile havia adotado um bebê morto. Mas ele acreditava que ela estava fazendo a coisa certa.

Foram meses até conseguir todos os exames e vencer a burocracia, mas Bernarda finalmente teve permissão para levar o corpo de Aurora e enterrá-lo.

Quinhentas pessoas compareceram ao funeral - eles haviam acompanhado a história de Aurora pelo jornal local que publicou a primeira reportagem sobre o caso.


Bernarda disse que o clima era de uma grande festa de aniversário - uma celebração da vida de Aurora. Havia crianças, médicos, enfermeiras, a imprensa local, pessoas do interior e o juiz. Cantaram músicas e leram poemas sobre Aurora.

Para Bernarda, foi importante tantas pessoas terem ido a cerimônia. "Queria que a comunidade pensasse sobre o que estava acontecendo. Por que bebês estavam sendo abandonados para morrer quando havia ao menos quatro famílias prontas e esperando, nas condições certas, para adotar um bebê?"

"Em vez de matar os bebês, deem eles para adoção!"

Manuel

Mas, no dia seguinte ao enterro de Aurora, outro bebê, desta vez um menino, foi achado morto no lixão. Bernarda ficou triste e não acreditava que todo seu esforço havia sido em vão.

À esta altura, ela já era conhecida regionalmente. As pessoas lhe diziam que ela havia feito a coisa certa com Aurora - e perguntaram o que ela faria sobre o menino.

Ela acabou decidindo colocar cartazes nos lixões de Puerto Montt dizendo "Não jogue bebês no lixo", e lembrando que dois bebês haviam sido jogados ali em poucos meses - Aurora e Manuel.

Ela acha que, atualmente, as coisas estão diferentes, com mais informações sobre abuso doméstico e mais aconselhamento sobre planejamento familiar.

Mas ela acredita que a lei chilena ainda vitimiza as mulheres pobres ou que sofreram abuso.

Por coincidência, a história de sua própria família guarda ligação com bebês abandonados - sua bisavó foi encontrada na escada de um convento na Itália.

Bernarda quer que chilenas que não possam cuidar de seus filhos possam deixá-los em locais seguros para adoção - ela sugere áreas para isto em hospitais.

Nos 12 anos que passaram desde o enterro de Aurora, Bernarda adotou e enterrou outras três crianças - Manuel, Victor e Cristobal.

No momento, ela está tentando fazer a mesma coisa com outra menina, Margarita. Ela quer dar a eles "dignidade e um local para descansar em paz".

A história de Bernarda inspirou um filme, Aurora, do diretor chileno Rodrigo Sepulveda. O longa, vencedor de prêmios, estreou no Chile no ano passado e está sendo exibido em festivais pelo mundo.

Com frequência, Bernarda visita os túmulos dos bebês e, às vezes, percebe que flores foram deixadas no local.


Para ela, podem ser as mães biológicas - que, agora, podem sofrer o luto sabendo que seus filhos estão descansando.

"É um lugar em que elas podem ficar em paz com o que fizeram."

Fonte: BBC

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A incrível história de Thor Heyerdahl e a expedição Kon-Tiki

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Muitos são os exploradores e pesquisadores que perderam a vida durante o curso de suas pesquisas ou explorações geográficas. Thor Heyerdahl é um desses bravos, e um tanto loucos, estudiosos que arriscam a vida para defender suas teorias. Thor Heyerdahl atingiu grande destaque ao se lançar em uma expedição conhecida como Kon-tiki, a fim de provar suas polêmicas teorias. A história dessa incrível expedição poderia ser o enredo fantástico de um filme de aventura, mas foi um evento real (a história acabou sendo adaptada para o cinema), que foi trazido ao blog Noite Sinistra pelo amigo Elson Antonio Gomes.

Thor Heyerdahl nasceu em 6 de outubro de 1914 em Larvik, Noruega e faleceu em 16 de abril de 2002 (outras fontes afirmam que ele teria morrido no dia 18 de abril) em Colla Micheri, Itália, vítima de um câncer no cérebro. Heyerdahl foi um explorador e arqueólogo de renome mundial. Muito cedo se tornou um entusiasta da natureza, inspirado por sua mãe, diretora do museu local, a tomar interesse em zoologia e ciências naturais. Ainda durante a escola primária, implementou um pequeno museu zoológico em sua casa. Muito cedo também ingressou na prestigiosa Universidade de Oslo, onde se especializou em zoologia e geografia até pouco antes de sua primeira expedição à Polinésia em 1937.

Heyerdahl participou da expedição Kon-tiki, entre outras. Com esta expedição buscava provar que as ilhas do Pacífico poderiam ter sido povoadas a partir da América do Sul. Para tanto, construiu no Peru uma jangada feita de pau de balsa (madeira mais leve que a cortiça), na qual cruzou o Oceano Pacífico desde o Peru até a Polinésia. Após a expedição escreveu um livro chamado Os Índios Americanos no Pacífico (American Indians in the Pacific), onde se pode encontrar material bem abrangente da expedição Kon-Tiki. A epopeia está narrada no livro A Expedição Kon-Tiki, publicado em mais de 60 países e que vendeu mais de 25 milhões de exemplares.

Thor Heyerdahl tem parte de sua família no Brasil, a qual veio para cá há quatro gerações, antes de 1920. O pai de Thor, Bertrand, teve mais três filhos além dele. Um dos filhos também se chamava Bertrand. Bertrand 2º veio para o Brasil, onde teve uma filha, Shirley que seguiu com a família no Brasil.

Os primeiros estudos na Polinésia

Chegando a Polinésia, o jovem estudante Heyerdahl e sua esposa Liv foram adotados pelo chefe da ilha de Taiti, chamado Teriieroo, em 1937. Depois de estudar o modo de vida e os costumes polinésios, o casal Heyerdahl se estabeleceu por um ano inteiro na isolada e solitária ilha de Fatuhiva pertencente ao grupo das ilhas Marquesas.


Enquanto fazia trabalhos de investigação sobre as origens transoceânicas dos animais da ilha, se dedicou profundamente à conhecer as tradições da vida polinésia. Neste período tomou conhecimento das diversas lendas que contavam que homens vindos de além-mar haviam chegado às ilhas da Polinésia levados por Tiki, a quem os nativos consideravam ao mesmo tempo como deus, chefe e filho do sol.

"Quando os primeiros europeus se aventuraram afinal a atravessar o maior dos oceanos, descobriram com espanto que, exatamente no meio dele, existiam ilhotas montanhosas e recifes de coral liso, em geral, segregados uns dos outros e do mundo por vastas áreas de mar. Cada uma destas ilhas já era habitada por povos que aí haviam aportado antes dos europeus. Gente alta e esbelta que veio ao encontro deles, na praia, trazendo cães, porcos e aves domésticas. Donde teriam vindo? Falavam uma língua que nenhum outro povo compreendia. E os homens da nossa raça, que orgulhosamente se intitulavam descobridores das ilhas, encontraram campos cultivados e aldeias com templos e choupanas em cada ilha habitada. Em algumas acharam até velhas pirâmides, ruas calçadas e estátuas de pedra da altura de uma casa europeia de quatro andares. Que povo era aquele e de onde tinha vindo?".

A polêmica teoria de Heyerdahl

Fazendo uma análise e estudo das correntes marítimas e ventos dominantes na região, Heyerdahl começou a questionar a teoria clássica sobre o povoamento da Polinésia. Essa teoria clássica afirma que a Polinésia havia sido povoada por grupos vindos do sul da Ásia, porém para que esses grupos atingissem a Polinésia seria necessário que viajassem 5000 milhas (8046 Km) contra a corrente. Heyerdahl acreditava que esse fator tornaria tal possibilidade pouco provável. Em contrapartida, Heyerdahl se convenceu que os homens haviam vindo do Leste assim como a fauna e flora dessas ilhas.

"Recordo-me como espantei meu pai e assombrei minha mãe e meus amigos quando, de regresso à Noruega, entreguei ao Museu Zoológico da universidade os meus frascos de vidro com escaravelhos e peixes de Fatuhiva. Eu queria dizer adeus à zoologia e dedicar-me ao estudo dos povos primitivos. Haviam-me fascinado os mistérios ainda não decifrados dos mares do sul. Devia haver uma solução racional para eles, e era objetivo meu identificar o lendário herói Tiki".

Deixando de lado seus estudos sobre zoologia, Heyerdahl começou um estudo intensivo para por à prova sua nova teoria sobre as origens da raça e cultura polinésias. Sugeriu que a migração à Polinésia havia seguido a corrente natural do Pacífico Norte e, portanto, direcionou suas investigações para a costa da Columbia Britânica e Peru.

Enquanto trabalhava no Museu da Columbia Britânica, Heyerdahl publicou pela primeira vez sua teoria (International Science, New York, 1941) que sustentava que a Polinésia havia sido povoada por duas orlas sucessivas de imigrantes. Sua teoria sugeria que a primeira orla chegou proveniente do Peru usando balsas de madeira. Centenas de anos depois, um segundo grupo étnico chegou ao Hawaii em canoas duplas provenientes da Columbia Britânica.

Os resultados dos estudos de Heyerdahl foram logo publicados em uma edição de 800 páginas com o título de "Índios Americanos no Pacífico" (Estocolmo, Londres, Chicago, 1952).

"Assim, não somente minhas suspeitas, mas também minha atenção se afastou cada vez mais do Velho Mundo, onde tantos haviam procurado e nenhum havia encontrado nada, e se voltaram para as civilizações indígenas da América, tanto as conhecidas como as desconhecidas, as quais ninguém até então tinha levado em conta. E na costa leste mais próxima, onde hoje a república sul-americana do Peru se estende do Pacífico até as montanhas, não havia falta de vestígios, desde que alguém os procurasse. Ali vivera outrora um povo desconhecido que havia fundado uma das mais estranhas civilizações do mundo, até que, subitamente, há muito, esse povo desaparecera como que varrido da face da terra. Deixou após si enormes estátuas de pedra semelhando seres humanos, que faziam lembrar as de Pitcairn, as ilhas Marquesas e de Páscoa, e imensas pirâmides construídas em degraus como as de Taititi e Samoa. Extraíam das montanhas, com machados de pedra, blocos de tamanho descomunal que transportavam pelo campo, quilômetros a fio, punham em pé ou colocavam uns em cima dos outros formando portões, paredões e terraplanos, exatamente como os vamos encontrar em algumas ilhas do Pacífico".


"Os incas tinham um grande império nessa região montanhosa quando os primeiros espanhóis chegaram ao Peru. Disseram aos espanhóis que os colossais monumentos abandonados lá no meio da paisagem foram erigidos por uma raça de deuses que ali tinham vivido antes dos incas. Esses arquitetos desaparecidos eram, segundo a descrição que deles faziam, mestres sábios, pacatos, oriundos do norte, de onde tinham vindo ainda na aurora dos tempos e que ensinaram aos antepassados dos incas a arquitetura e a agricultura e também os bons costumes e as boas maneiras. Eram diferentes dos indígenas, tendo a pele branca e usando longas barbas; eram também mais altos que os incas. Afinal saíram do Peru tão subitamente quanto haviam chegado; os incas, por seu turno, assenhorearam-se do país, e os mestres brancos desapareceram para sempre da costa sul-americana e fugiram para oeste, atravessando o Pacífico".

"Ora, aconteceu que, quando os europeus chegaram às ilhas do Pacífico, se espantaram de ver que muitos dos nativos tinham a pele branca e eram barbados. Em muitas ilhas havia famílias inteiras notáveis pela palidez da pele, com o cabelo variando entre o avermelhado e o louro, olhos azul-cinzentos e os rostos quase semíticos, de nariz aquilino. Por sua parte, os polinésios tinham a pele bronzeada, cabelo muito preto e nariz chato e carnudo. Os de cabelo vermelho denominavam-se urukehu e se diziam descendentes diretos dos primeiros chefes das ilhas, que eram deuses brancos, tais como Tangaroa, Kane e Tiki. Lendas em torno de brancos misteriosos, dos quais os ilhéus descendiam, eram correntes em toda a Polinésia".

Prosseguindo com suas pesquisas, Heyerdahl encontrou surpreendentes vestígios na cultura, na mitologia e na língua do Peru, que o incentivaram a pesquisar mais profundamente essas lendas, até identificar o lugar e a origem do deus polinésio Tiki quando lia sobre as lendas incas do rei sol Viracocha, que foi o chefe supremo do desaparecido povo branco do Peru.

Viracocha
"Viracocha é um nome inca (quéchua) e, por conseguinte de data bastante recente. O nome original do deus-sol Viracocha, que parece ter sido mais usado no Peru em tempos idos, era Kon-Tiki ou Illa-Tiki, que significa Sol-Tiki ou Fogo-Tiki. Kon-Tiki era sumo sacerdote e rei sol dos lendários "homens brancos" dos incas que tinham deixado as enormes ruínas nas margens do lago Titicaca. Reza a lenda que Kon-Tiki foi atacado por um chefe chamado Cari que veio do vale Coquinho. Numa batalha travada numa ilha do lago Titicaca, os misteriosos brancos barbados foram trucidados, mas Kon-Tiki e seus companheiros mais chegados escaparam e, mais tarde, aportaram à costa do Pacífico, de onde finalmente desapareceram sobre o mar para as bandas do ocidente".

"Mas por toda a Polinésia encontrei indicações de que a pacífica raça de Kon-Tiki não logrou conservar as ilhas só para si por muito tempo. Consoante essas indicações, barcaças guerreiras do tamanho dos navios dos vikings, e amarradas duas a duas, haviam transportado por mar indígenas do nordeste para o Hawaii e mais ao sul para todas as demais ilhas. Estes misturaram seus sangue com o da raça de Kon-Tiki, trazendo nova civilização à ilha de regime monárquico. Foi este o segundo povo da idade da pedra talhada, que veio para a Polinésia em 1100, ignorando a cerâmica, a existência dos metais, e sem rodas, nem teares, nem qualquer cultivo de cereais".

Os estudos de Thor foram interrompidos com o início da Segunda Guerra Mundial e Heyerdahl regressou a Noruega como voluntário nas Forças Armadas Norueguesas, eventualmente servindo como paraquedista em uma unidade de Finmark.

A Expedição Kon-Tiki (1947)

Com o fim da guerra, Heyerdahl retomou suas investigações, mas encontrou uma sólida parede de resistência à suas teorias por parte dos cientistas tradicionais. Para poder dar maior credibilidade aos seus argumentos, Heyerdahl decidiu obter financiamento para a memorável expedição Kon-Tiki, que, usando uma jangada feita de pau de balsa (madeira mais leve que a cortiça), tentaria atravessar o imenso oceano Pacífico desde o Peru até a Polinésia. Muitos o chamaram de louco, e afirmaram que ele e seus colaboradores morreriam durante a travessia, em vista a “precária” embarcação que eles pretendiam usar para tal feito.


Depois de um certo tempo Heyerdahl e seus colaboradores finalmente conseguiram as toras de balsa, que necessitavam para a construção da memorável Kon-Tiki, nas selvas do Equador, e transportaram todo o material para os estaleiros do porto de Callao no Peru onde receberam o apoio da Marinha peruana sob as ordens do presidente peruano na época para construir a jangada.


Em 1947, Heyerdahl e mais cinco tripulantes zarparam de Callao, cruzando 8.000 Km de mar que separam a América do Sul da Polinésia e depois de 101 dias chegaram ao atol de Raroia no Arquipélago das ilhas Tuamotu. Com isso provou que os antigos americanos podiam ter desenvolvido habilidades muito avançadas para a navegação em alto mar e, portanto, podiam ter chegado à Polinésia desta maneira.


Esta espetacular aventura foi relatada em detalhes no seu mais famoso livro "A Expedição Kon-Tiki", publicado em vários idiomas e que vendeu milhares de exemplares pelo mundo.

"Costumávamos sentar-nos no convés sob o céu estrelado e recordar a estranha história da ilha de Páscoa, muito embora a jangada nos estivesse levando diretamente para o coração da Polinésia, de maneira que dessa ilha longínqua nada veríamos, a não ser o seu nome no mapa. Mas a ilha de Páscoa tem tantos traços do oriente que até o seu nome pode servir de indicador".

"No mapa aparece esse nome "Ilha de Páscoa" porque um holandês a "descobriu" num domingo de Páscoa. E nos esquecemos que os próprios nativos que já viviam lá, tinham para a sua terra nomes mais instrutivos e significativos. Esta ilha tem nada menos que três nomes em polinésio".

"Um deles é Te-Pito-te-Henua, que significa "umbigo das ilhas". Este nome poético coloca claramente a ilha de Páscoa numa posição especial em relação às outras ilhas situadas mais para o oeste, sendo, consoante aos próprios polinésios, a mais antiga designação da ilha de Páscoa. Sabemos que a tradição polinésia se refere ao descobrimento das ilhas como o "nascimento" da ilhas, com isto claramente se sugere que, dentre os demais lugares, a ilha de Páscoa era considerada como o símbolo do nascimento das outras ilhas e o traço de união com a mãe pátria original".

"O segundo nome da ilha de Páscoa é Rapa-nui e significa "Grande Rapa", enquanto "Rapa-iti ou "Pequena rapa"" é outra ilha do mesmo tamanho, situada a grande distância a oeste da ilha de Páscoa. É prática natural de todos os povos chamarem sua primeira pátria, por exemplo, Grande Rapa, e ao passo que a seguinte é chamada Nova Rapa ou Pequena Rapa, ainda que os lugares sejam do mesmo tamanho".


"O terceiro e último nome desta ilha-chave é Mata-Kite-Rani e quer dizer "o olho (que) olha (para) o céu". Rani tinha para os polinésios duplo significado. Era também a pátria de origem de seus avós, a terra santa do deus-sol, o montanhoso reino abandonado de Tiki. E é muito expressivo o fato de terem dado precisamente ao posto-avançado que é a ilha de Páscoa, dentre milhares de ilhas do oceano, o nome de olho que olha para o céu. Mais notável é ainda a circunstância de que o nome afim Mata-Rani, que em polinésio significa "o olho do céu", é um velho nome local do Peru, o de um lugar na costa peruana do Pacífico defronte da ilha de Páscoa, e logo abaixo da vetusta cidade em ruínas de Kon-Tiki, nos Andes".

“A ilha de Páscoa, sozinha, nos dava assunto de sobra para conversação enquanto estávamos sentados no convés sob o céu estrelado, sentindo-nos participantes de toda a aventura pré-histórica. Quase nos vinha a impressão de que não fizéramos outra coisa, desde os tempos de Tiki, senão correr o mar sob o sol e as estrelas em busca de terra”.

Expedição a ilha de Páscoa

Continuando suas pesquisas, Heyerdahl idealizou uma expedição arqueológica de grande envergadura à ilha mais distante do Pacífico, a ilha de Páscoa. Um grupo de 23 pessoas chegou à ilha e começou a fazer estudos arqueológicos no subsolo. Rapidamente descobriram que a ilha de Páscoa teve no passado uma grande quantidade de bosques que fora derrubado pelos moradores nativos e que estes também cultivavam muitas plantas oriundas da América do Sul.


Datações através de Carbono-14 mostraram que a ilha havia sido ocupada desde aproximadamente o ano 380 d.C., cerca de 1.000 anos mais cedo do que se acreditava. Escavações indicaram também que muitas obras feitas de pedra eram muito semelhantes às construídas pelas antigas civilizações peruanas. Alguns moradores da ilha contaram que de acordo com suas lendas eles originalmente chegaram provenientes de ilhas do Leste. Os resultados das pesquisas de Heyerdahl foram amplamente discutidos ao serem apresentados no 10º Congresso do Pacífico, em Honolulu (1961), onde diante de todas as provas, as teorias migratórias de Heyerdahl adquiriram grande importância e influência.

"E onde parou a ciência principiou a imaginação. Os misteriosos monólitos da ilha de Páscoa e todas as outras relíquias de origem desconhecida existentes nessa ilha pouco exposta, a qual fica em completa solidão a meio caminho entre as ilhas mais próximas e a costa sul-americana, deram ensejo a todo gênero de especulações. Muitos repararam que os achados da ilha de Páscoa faziam lembrar de muitas maneiras as relíquias das civilizações pré-históricas da América do Sul. Teria existido outrora uma porte de terra sobre o mar, e esta haveria submergido? Não seria a ilha de Páscoa, e todas as demais ilhas do Mar do Sul que tinham monumentos da mesma espécie, restos que um continente submerso deixara em relevo na superfície do oceano?"

"Tem sido esta entre leigos uma teoria popular e uma explicação plausível, mas os geólogos e outros investigadores não lhe dão importância. Demais, os zoólogos provam facilmente, pelo estudo de insetos e caracóis das ilhas dos mares do Sul, que, durante toda a história da humanidade, essas ilhas estiveram isoladas umas das outras e dos continentes que as rodeiam tão completamente como o estão hoje."

"Sabemos, portanto, com absoluta certeza, que a primitiva raça polinésia deve ter vindo em alguma época, espontaneamente ou não, ao sabor das águas ou com a força das velas de uma embarcação qualquer, até essas ilhas longínquas."

Prêmios concedidos

Thor Heyerdahl recebeu várias medalhas, prêmios e condecorações. Foi membro regular de vários congressos científicos, membro de honra do Congresso Internacional de Americanistas, Congresso de Ciências do Pacífico e do Congresso internacional de Antropologia e Etnologia.

Últimos dias no Peru

Thor Heyerdahl passou os últimos anos de sua vida de intensa atividade no Peru, principalmente em Chiclayo e Motupe onde continuou com suas investigações, muitas vezes superando as poderosas superstições da região. Graças aos seus estudos foi possível demonstrar que os antigos povos que habitavam a costa oeste da América do Sul, especialmente no Peru, possuíam grande habilidade no campo da navegação e sobretudo muita força e coragem.


Thor Heyerdahl morreu em 18 de abril de 2002 em sua casa na Itália depois de 87 anos dedicando sua vida às descobertas dos enigmas da humanidade.

Entrevista de Thor Heyerdahl concedida a revista Super Interessante

Mais abaixo os amigos e amigas poderão conferir uu trecho de uma matéria publicada no site da Revista Super interessante sobre o aventureiro Thor Heyerdahl.

No dia 16 de abril, ao morrer de câncer no cérebro, o norueguês grandalhão, de 87 anos, que encantou o mundo com suas aventuras fez sua última viagem. Poucos meses antes, quando concedeu essa entrevista, ele continuava defendendo idéias polêmicas. Em um dos seus projetos recentes, Thor viajava em busca de evidências arqueológicas que comprovassem a sua tese de que os vikings se originaram do Mar Cáspio, na Rússia, e só depois migraram para os países nórdicos. Apesar da voz cansada, já abatida pela doença, seus olhos azuis ainda brilhavam quando conversava sobre esses temas na casa em que vivia na ilha espanhola de Tenerife, no que viria a ser um de seus últimos depoimentos.

Super – Por que o senhor decidiu construir a balsa Kon-Tiki, em 1947?
Queria mostrar aos cientistas que o homem sempre buscou expandir seus horizontes. Com a Kon-Tiki, quebrei o dogma de que as barcas de junco não poderiam agüentar uma travessia da costa do Peru até a do Taiti.

Por que o senhor foi tão criticado por alguns cientistas?
Alguns acreditavam que a expedição de 101 dias da Kon-Tiki fora uma montagem publicitária, pois uma balsa com aquelas características não poderia durar mais de duas horas sem afundar. Quando eles viram o documentário, apesar de malfeito e danificado pelas condições climáticas, ficaram calados. Ainda hoje tenho muitos inimigos. Eles já não duvidam das minhas expedições, mas contestam a capacidade de alguns povos do passado de navegar longas extensões marítimas.

Quais são os principais pontos de contestação das suas idéias?
Eles não admitem, por exemplo, que o deus Kon Tiki da Polinésia seja o mesmo Viracocha, o deus barbado e de pele branca que era venerado no lago Titicaca, entre o Peru e a Bolívia. Na verdade, ele surgiu nos Andes e foi levado pelos navegantes pré-incas até a Polinésia, a milhares de quilômetros de distância. Além disso, existem inúmeras semelhanças entre as estátuas encontradas nas ilhas do Pacífico e algumas feitas pelas antigas civilizações da América do Sul e da América Central, sugerindo um intercâmbio cultural maior do que os arqueólogos imaginam até hoje.

Mas só existem essas provas?
Não, apenas lhe dei um exemplo. Posso lhe dar outros: os polinésios usavam um complicado sistema de cordas com nós que servia de código para guardar informações, iguais aos usados pelos incas do Peru. Na Polinésia, foi encontrado um tipo de pedra, o lápis-lazuli, que só existe no Chile, e uma espécie de concha que é típica do Panamá e do Equador. A partir desse e de outros dados, especialmente botânicos, concluí que os primeiros homens que povoaram as ilhas dos mares do Sul chegaram lá por volta do século V antes de Cristo, procedentes do Sudoeste asiático. Um onda migratória expressiva chegaria mais tarde, por volta de 1.100 d.C., procedente da América do Sul.

Entre 1937 e 1938, o senhor viajou até a ilha Fatu Hiva, no arquipélago das Marquesas, junto com a sua primeira esposa, para viver como Adão e Eva...

O capitão do barco nos deixou naquela ilha e só voltou um ano depois para nos buscar. Fomos morar no meio do mato. Comíamos tudo o que a terra dava, desde cocos até raízes, além de peixes. Quisemos experimentar como viviam os nativos no seu estado mais natural. Foi, na verdade, um exercício filosófico que valeu a pena.

E que respostas encontrou nessa viagem?
Primeiro, que o homem ocidental não pode voltar ao seu estado natural. E, em segundo lugar, que o vento e as correntes marítimas eram a chave do mistério da origem da vida sobre as ilhas da Polinésia. Compreendi que a civilização é necessária para o homem moderno. Porém, o homem primitivo foi mais feliz, apesar das dificuldades de sobrevivência e de um período de vida mais curto.

O que os nativos da ilha lhe ensinaram?
Tínhamos um mestre espiritual, um ancião chamado Tei Tetua, o último sobrevivente de um grupo de canibais. Ele foi convertido ao Cristianismo mas chegou a provar carne humana quando era jovem. Foi ele quem despertou minha atenção para uma estranha lenda, a do deus Tiki, o filho do Sol de pele branca , narrada pelos seus antepassados. Tiki chegou pelo mar vindo do leste, procedente de uma terra enorme chamada Fiti-Nui. Foi esse dado que me fez pensar que os polinésios receberam a visita de um rei, pertencente a alguma civilização do Peru, trazido pelas correntes marítimas.

O senhor já esteve no Brasil?
Sim, há muito tempo. Foi em 1954, quando fui convidado a participar do 30º Congresso de Americanistas que se realizou em São Paulo. Estava então acompanhado da minha esposa Yvonne. Tinha curiosidade de conhecer os índios amazônicos. Por isso, peguei um monomotor até Santa Isabel, nas margens do rio Araguaia. O avião fez um pouso forçado durante a viagem. Tivemos que voltar remando em uma canoa junto com o piloto e dois índios carajás.

O que mais lhe impressionou durante a viagem?
Durante vários dias, vimos somente a selva verde, a água marrom, muitos pássaros multicoloridos e macacos escandalosos. Achei impressionante quando milhares de olhos brilhantes nos espreitavam à noite: eram jacarés. Foi fantástico. Filtrávamos a água barrenta com os lenços, comíamos raízes e ovos de tartarugas.

O senhor é considerado um grande ecologista, uma faceta menos conhecida dos seus leitores...
Acho que fui um dos primeiros ecologistas da história, pelo menos do ponto de vista atual, pois os indígenas sempre foram os que entenderam melhor as relações entre o homem e a natureza e o respeito que se deve ter por ela. Militei durante muitos anos junto ao World Wildlife Fund (Fundo Mundial Para a Vida Selvagem) e à Cruz Verde Internacional, ambos dedicados à preservação do meio ambiente.

Quais são seus mais recentes projetos e pesquisas?
Estou muito interessado na busca da origem dos vikings. Eu mesmo tenho financiado expedições até o Mar Cáspio, na Rússia. Ali viveram os azarís, um povo que migrou até latitudes nórdicas e se tornou viking. Nas rochas encontrei muitas inscrições com embarcações semelhantes aos drakares vikings.

Filme “Expedição Kon-Tiki”

Título Original: Kon-Tiki
País de Origem: Reino Unido / Alemanha
Gênero: Aventura
Duração: 118 Minutos
Ano de Lançamento: 2012

Sinopse:
Este drama, inspirado na história real de Thor Heyerdahl, mostra a expedição Kon-Tiki. Em 1947, este pesquisador tinha uma tese ousada para a época: ele acreditava que a Polinésia tinha sido ocupada primeiro pelos povos da América do Sul, e não pelos povos do oeste, como diziam os livros de História. Para comprovar que essa versão da história era possível, Thor decidiu construir uma pequena jangada, com os mesmos materiais de séculos atrás, e chamou cinco tripulantes inexperientes para partir com ele em uma viagem de três meses, considerada por todos como uma aventura suicida. Enquanto flutuam pelo oceano Pacífico, torcendo para serem levados à direção correta, os homens enfrentam problemas com tempestades, tubarões, baleias, recifes de corais e com a própria jangada, que corre o risco de se desfazer a qualquer momento.

Agradecimentos ao amigo Elson Antonio Gomes pela dica.

Fontes: Wikipédia e Super Interessante


Quando amanhecer, você já será um de nós...

Conheça as pessoas reais que inspiraram American Horror Story: Freak Show

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O seriado de televisão American Horror Story sempre foi considerado um programa tenebrosamente criativo, mas sua temporada mais recente – com o título Freak Show – ganha intensidade por conta de sua forte conexão com a realidade. Nos episódios, vemos Elsa Mars e seus artistas usando as deformidades que a natureza lhes deu para ganhar a vida em um mundo onde o diferente é tratado como bizarro.

Por mais triste que seja admitir, no entanto, as atitudes cruéis retratadas em American Horror Story: Freak Show frequentemente se aproximam do que realmente aconteceu com os integrantes dos “shows de horrores” antigos. Muitos dos personagens com deformidades que vemos no programa foram inspirados por pessoas que realmente possuem aqueles defeitos – e alguns deles são até interpretados por atores com as mesmas características.

A seguir, você pode conferir algumas imagens de pessoas reais que foram usadas como base para a construção dos personagens da série:

Fred Wilson, o “garoto-lagosta”

Nascido nos estado norte-americano de Massachusetts em 1866, Wilson trabalhava como membro integrante e uma das principais atrações de um “show de horrores”. Ele era portador de uma condição chamada ectrodactilia, que fazia com que os afetados nascessem sem o dedo central nas mãos ou pés – que acabavam parecendo com as pinças de lagostas e caranguejos. Ele foi usado como inspiração para o personagem Jimmy Darling.


Blanche Dumas

Famosa cortesã parisiense, Dumas nasceu com uma terceira perna e genitália dupla como defeito de nascença, provavelmente resultante da fusão de dois embriões no útero de sua mãe. Embora não seja um personagem propriamente dito, ela inspirou a garota nua que aparece na sequência de créditos do seriado.


Annie Jones, a “mulher barbada”

Provável portadora de hirsutismo, aos cinco anos de idade Jones já possuía costeletas e um bigode completo. A garota foi sequestrada por um frenólogo – nome dado aos estudiosos da teoria de que a aparência de uma pessoa poderia demonstrar suas características mentais –, mas conseguiu escapar de seu sequestrador enquanto seus pais estavam no julgamento do sequestro. Em American Horror Story, a personagem Ethel Darling foi inspirada nela.


Minnie Woolsey – “Koo Koo, a garota-pássaro”

Afetada pela síndrome de Seckel, Woolsey sofria de uma condição que causou a ela alguns problemas mentais e a deixou careca e quase cega – motivo que a fazia usar os grandes óculos. Ela foi enviada para um asilo no estado norte-americano da Geórgia, onde permaneceu até ser liberada por um diretor de circo, que a acolheu e a incluiu em seus espetáculos. No seriado, ela inspirou a criação do personagem Meep, the Geek.


Eli Bowen, a “maravilha sem pernas”

Nascido em 1844 no estado norte-americano de Ohio, Bowen impressionava o público com seus giros, quedas e acrobacias, que realizava mesmo sem ter pernas. Portador de focomelia, doença genética coloquialmente conhecida como “membros de foca”, ele viveu até os 79 anos de idade. A garota do skate de American Horror Story foi inspirada nele.


Lucia Zarate, a “menor pessoa que já viveu”

Portadora de nanismo primordial microcefálico do tipo 2, Zarate nasceu em San Carlos, México, em 1890. Mesmo quando se tornou uma adulta completamente desenvolvida, ela manteve seu diminuto tamanho e pesava menos de 2 kg. No seriado, ela inspirou a criação da personagem Ma Petite, que é vivida pela atual "menor mulher do mundo", a indiana Jyoti Amge.


Pip e Flip, as “gêmeas de Yucatan”

Causada por uma falha de desenvolvimento neurológico, a microcefalia fez com que Pip e Flip nascessem com crânios anormalmente pequenos. Elas apareceram pela primeira vez no filme Freaks, gravado por Tod Browning em 1932, em que ele mostrava pela primeira vez nas telas vários artistas secundários e atrações com diferentes condições físicas. Além de inspirar a criação do personagem Pepper, a produção de Browning recebe muitas referências no seriado.


Millie-Christine, o “rouxinol de duas cabeças”

As gêmeas siamesas nasceram na posição de escravas no estado norte-americano da Carolina do Norte, em 1851. Seus pais as deram para o diretor circense John Pervis em troca de US$ 1 mil, mas posteriormente elas foram sequestradas para exibição em outros shows e reuniões médicas. As personagens Bette & Dot Tattler foram baseadas nelas.



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Programa "A Liga" flagra OVNI em São Thomé das Letras

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A cidade de São Thomé das Letras das letras já foi tema de uma postagem da série sobre as "Histórias e Lendas Brasileiras" aqui do blog Noite Sinistra, na qual falávamos de uma curiosa lenda do município: Chico Taquara, o eremita de São Thomé das Letras. Nessa postagem falamos de alguns mistérios que envolvem essa graciosa cidade ao sul de Minas Gerais, como por exemplo, cidades subterrâneas localizadas nas proximidades. Mas ao que parece São Thomé das Letras reserva ainda mais assuntos aos aficionados por mistérios.
O programa “A Liga”, da rede Bandeirantes de Televisão fez uma edição sobre “Fenômenos Inexplicáveis”, o que levou uma equipe do programa até a cidade de São Thomé das Letras gravar e, num belo golpe de sorte, flagrou em vídeo um OVNI que surgiu no céu durante a vigília.


Abaixo vocês poderão conferir os trechos do programa "A Liga" relacionados ao caso de São Thomé das Letras.


Logo abaixo os amigos e amigas poderão conferir o programa na íntegra.


Normalmente as pessoas costumam relacionar OVNIs com disco voadores, o que não é exatamente verdade. OVNI é uma sigla para Objeto Voador Não Identificado, ou seja, qualquer coisa vista no céu e que ainda não pôde ser reconhecida. Nem todo OVNI é necessariamente um disco voador.


Quando amanhecer, você já será um de nós...

Novas fotos do acidente de Roswell serão reveladas em conferência

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O dia de hoje (05-05-15), marca mais um capítulo controverso do emblemático episódio supostamente ocorrido em Roswell. Um conjunto de slides pretende revelar um alienígena humanoide encontrado perto de Roswell, Novo México, EUA, em uma nave espacial que teria caído no local, em 1947. As fotos serão exibidas para uma arena lotada, no México, ainda hoje.


Entusiastas de OVNIs aguardam a exibição dos chamados ‘slides de Roswell' há meses, na esperança de, finalmente, saberem a verdade sobre o acidente na Área 51. Muitos entusiastas acreditam que o governo dos EUA tenha descoberto um veículo alienígena que havia caído no local naquele ano.

Os slides - em Kodachrome - serão mostrados por uma equipe liderada por Edgar Mitchell, um astronauta que caminhou na Lua. Mitchell foi o sexto homem a pisar na superfície lunar, ele foi piloto do módulo lunar Antares na missão Apollo 14, em 9 de fevereiro de 1971, e atualmente se tornou figura muito presente em simpósios sobre acobertamento de casos alienígenas.


Nenhuma imagem foi lançada antes do evento, mas os slides mostram, supostamente, os restos mortais de um ser extraterrestre.

As imagens foram, supostamente, feitas por Bernerd A. Ray, um geólogo de exploração de petróleo que trabalhava perto de Roswell, em 1940.

Sites sobre OVNIs, como o ‘Inquisitr’, descrevem as imagens dos ‘slides de Roswell' como uma prova cabal que prova que os extraterrestres existem, mas outros sugerem que eles sejam uma farsa. As imagens teriam sido encontradas em um envelope, guardado em um sótão, podendo ser um tipo de boneco de plástico.

"O que está descrito é real, refletido com precisão. A ciência já determinou que estas sejam imagens reais, de 1947. A única conclusão: o humanoide não é uma pessoa deformada, um manequim ou um militar morto. Ele não é uma criatura que tem a sua origem na Terra”, diz o pesquisador Anthony Baraglia.


Nigel Watson, autor do Manual de Investigação de OVNIs, afirma que outros ufólogos são mais céticos. “Já existe uma quantidade considerável de cinismo e ceticismo sobre imagens como essas, especialmente desde que nos foi prometida a prova real para o acidente de Roswell, no passado, e o material divulgado acabou sendo composto por falsificações e fraudes”, revelou Watson.

As fotos que serão reveladas hoje, causaram polêmicas entre os mais céticos. Uma das principais pequenas imperfeições é que elas não foram reveladas até então, deixando a exclusividade para a conferência de OVNIs no México, que acontece hoje.


Um comentarista no YouTube chegou a dizer que tudo isso envolve uma estratégia de marketing, que serve para valorizar o evento, vender camisetas, ingressos e tudo mais que puder ser trabalhado em cima de inúmeras teorias em volta de um suposto incidente, revivido apenas com esse propósito.

Fonte: Jornal da Ciência

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Os slides de Roswell

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Ontem foi ao ar uma postagem aqui no blog Noite Sinistra que falava de novas supostas imagens do alienígena que teria sido capturado no Novo México em 1947. Essas imagens foram apresentadas ontem em um simpósio realizado na cidade do México, por uma equipe de estudiosos encabeçada pelo ex astronauta Edgar Mitchell.

A notícia a respeito de tal revelação gerou um certo frenesi entre os ufólogos, sendo que alguns se mostraram otimistas perante a possíveis novos indícios para o que aconteceu nos arredores de Roswell, mas a maioria dos estudiosos da área consideraram que o anúncio não passa de uma tentativa de chamar a atenção.



Abaixo os amigos e amigas poderão conferir algumas das imagens exibidas por Mitchell e seus colaboradores, e que ficaram conhecidas como "Os slides de Roswell". Como a publicação das imagens foi ontem, ainda são poucas os materiais a esse respeito, portanto a medida que novas imagens possam surgir na internet (em sites confiáveis) eu estarei atualizando essa matéria.

Imagem original registrada pelo geólogo

A imagem acima teria sido registrada em 1947 por uma máquina fotográfica Kodak por um geólogo que trabalhava na exploração de petróleo na região de Roswell. Essa é a imagem, que segundo a equipe de Mitchell seria a nova evidência a respeito dos eventos de Roswell.

A imagem principal mostra uma pequena criatura humanoide, que os estudiosos afirmam se tratar de um ser extraterrestre. O achado ficou vários anos oculto, e acabou sendo descoberto por uma equipe de limpeza no sótão da casa do explorador, após a sua morte.


Na imagem acima, é apresentado no telão do simpósio a imagem do suposto alienígena de Roswell de maneira isolada e bem em evidência.



As duas imagens acima fizeram parte da apresentação ocorrida na cidade do México, e segundo os pesquisadores são esboços de como provavelmente o suposto extraterrestre teria realmente se parecido.



Fontes: Band Notícias e Before Its News

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Autoridades chinesas querem proibir striptease em funerais

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Strippers de funerais na China

As autoridades chinesas estão lançando uma campanha para acabar com stripteases e outros espectáculos "lascivos" que se tornaram populares nos funerais em algumas áreas rurais, declarou o Ministério da Cultura, segundo a agência Associated Press.

O ministério disse em um comunicado que vai reforçar o controle sobre a cultura rural, onde performances vulgares têm prosperado por causa de uma falta geral de eventos culturais.

Tais performances em funerais são um fenômeno relativamente novo. Muitos moradores das zonas rurais acreditam que um grande comparecimento é um sinal de honra para o morto, e os shows são utilizados para atrair mais gente e mostrar a prosperidade da família.

Os funerais são também uma ocasião rara para as pessoas se reunirem, uma vez que os moradores que trabalham como migrantes em centros industriais voltam para casa para enterrar o falecido.

Antigamente, as performances de ópera tradicional eram populares nos funerais, seguidas mais tarde por sessões de cinema. Nos últimos meses, as pessoas que voltaram para suas cidades natais no interior para funerais reclamaram nas redes sociais sobre programas eróticos.

O ministério citou uma performance de seis strippers em um funeral no norte da província de Hebei e um show de três artistas em um funeral na província oriental de Jiangsu.

"Os responsáveis por atos vulgares serão punidos. Tais operações ilegais têm perturbado os mercados de entretenimento local e corrompem os costumes sociais", disse o ministério.

O assunto já havia sido tema de uma outra postagem aqui no blog Noite Sinistra, onde falávamos dos Strip Tease para os mortos em Taiwan. Pelo visto a prática é bem comum em alguns países asiáticos.

Strippers de funerais em Taiwan
Foto de funeral em Taiwan, onde uma stripper realiza sua apresentação.

Fonte: Uol Notícias.

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Peggy: A boneca assombrada

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a boneca demoníaca

Existem vários casos de objetos considerados amaldiçoados, desde armas, casas, joias e até brinquedos. Desde os tempos antigos, há histórias de brinquedos ou bonecos que se tornam hospedeiros para o mundo dos espíritos, histórias como da Boneca Annabelle ou do Maldito Boneco Robert, já foram abordados aqui no blog Noite Sinistra, que hoje volta a falar do tema e aborda o caso da boneca Peggy: a boneca assombrada. Essa boneca seria capaz de provocar dores e náuseas em pessoas que viram suas fotos ou assistiram à algum vídeo da misteriosa boneca.

Muitas pessoas acreditam que quando alguns indivíduos experimentam emoções muito intensas, sejam essas emoções boas ou más, as vezes, isso resulta em liberação de energias. Tais energias podem acabar “se agarrando” a objetos pessoais do indivíduo, principalmente aqueles objetos mais adorados por eles. Essa crença afirma que em casas onde crimes bárbaros aconteceram, a energia negativa desses eventos pode acabar sendo sentida por pessoas sensíveis a esses fenômenos. O mesmo aconteceria com objetos supostamente amaldiçoados: eles estariam impregnados de energias hostis e malignas.
Especialistas paranormais dizem que proprietários de brinquedos quando morrerem tendem a ter um canal para se conectar com o mundo dos vivos. Annabelle e Robert são dois exemplos claros de bonecas possuídas, mas há muitos outros ao redor do mundo. E embora ainda exista alguma descrença em relação a este fenômeno sobrenatural, hoje continua a haver casos de bonecas possuídas por espíritos ou entidades demoníacas, um exemplo disso é o caso da boneca Peggy.

O caso da boneca Peggy tornou-se muito conhecido no Reino Unido, tendo sido algo de várias reportagens de emissoras de TV, rádio e jornais. Depois que o caso da boneca passou a figurar na mídia, vários relatos começaram a ser enviados a investigadora paranormal que está em posse da boneca. Seriam esses relatos provas das alegações a respeito do possível caráter paranormal da boneca, ou apenas uma demonstração de histeria coletiva?

A boneca que causa dor e sofrimento a quem veja suas fotos e vídeos

A investigadora paranormal, Jayne Harris diz que muitas pessoas têm relatado sintomas como dores no peito, náuseas e fortes dores de cabeça depois de ver fotos e vídeos de uma boneca loira chamada Peggy, que aparentemente é possuída por um espírito maligno.

Pesquisadora que cuida de Peggy, a boneca do demônio.

Jayne Harris, fundadora da organização Haunted Dolls — ou “Bonecas Assombradas” — na Inglaterra, diz que Peggy é realmente possuída por um espírito do mal, e esse espírito seria responsável por fazer as pessoas terem sensações estranhas quando tem contato com a simples imagem de Peggy.


O ex proprietário da boneca foi obrigado a procurar a ajuda de um padre depois de experimentar pesadelos contínuos e terríveis. Mas o sacerdote não podia fazer nada para ajudar imediatamente, e assim o proprietário sofreu com uma doença grave. Quando se recuperou de sua doença ele estava realmente convencido de que Peggy foi a fonte de todos os seus problemas, e assim resolveu se livrar dela.

"Ele acordava em casa a noite com febre e muito nervoso", disse Jayne. "Não importa onde ele colocava a boneca em sua casa, os pesadelos continuavam. Em setembro, o anterior proprietário tinha uma doença grave e começou a sofrer alucinações estranhas. Quando se recuperou, ele não viu qualquer outra opção para se livrar da boneca porque ele estava convencido de que era o centro de tudo que estava acontecendo."

Bonce do demônio.

Desde que Jayne começou a investigar a boneca assombrada, e principalmente depois que o tema se tornou conhecido do grande público, não parou de receber mensagens de muitas pessoas ao redor do mundo que dizem se sentem afetadas pelo simples fato de olhar para uma imagem ou assistindo a um vídeo de Peggy. Essas pessoas relatam sentir dores no peito, náuseas e dores de cabeça misteriosa. Uma mulher disse que seu monitor de computador acabou travando em uma das imagens da boneca, e após isso ela sentiu a presença maligna da boneca em sua sala de estar.

Segundo Mirror Online, uma pessoa teria sofrido um ataque cardíaco depois de assistir a um dos vídeos da boneca. Outra vítima disse que lâmpadas começaram a explodir na casa depois de ver as imagens da boneca.

Outras pessoas disseram ter percebido que a temperatura do local onde se encontravam enquanto viam as imagens de Peggy caía dramaticamente, e também teve quem garantiu sentir uma presença maligna se movendo pelo ambiente. O pior é que os eventos estranhos parecem persistir mesmo depois de as imagens serem fechadas.

Segundo relatos de Jayne a repórter Annabel Fenwick Elliott do Daily Mail, certa vez uma mulher havia entrado em contato com ela para alertar que havia tido inúmeros pesadelos com a boneca durante uma noite. Ao acordar na manhã seguinte a mulher teria encontrado seu gato morto.

"Cerca de 80 pessoas tiveram experiências assustadoras depois das fotos ou vídeos de Peggy", disse Jayne. "Uma mulher disse que quando viu uma fotografia de Peggy, seu computador foi bloqueado na imagem da boneca e seu quarto é esfriado de repente. Ela, então, disse que sentiu que alguém estava no quarto com ela, até mesmo o ouviu se mover. Ela me enviou uma mensagem via Facebook no momento me pedindo para ajudá-lo rapidamente sobre o que fazer. Foi então que eu peguei Peggy e levei a uma área de isolamento e pedi para ela parar de atormentar as pessoas. Aparentemente, tudo voltou ao normal".

Jayne não tem a menor dúvida a respeito da alegação de Peggy esteja sob domínio de alguma força sobrenatural. Ela afirma que certa vez, apos ter realizado uma sessão com Peggy, ela, Jayne, havia feito várias anotações em seu livro de anotações. A investigadora acabou tendo que sair do quarto, e quando retornou não encontrou o livro de imediato. Após algum tempo procurando pelo livro de notas, Jayne acabou encontrando-o escondido na viga próxima ao teto do recinto (foto abaixo).


Durante a sessão de escrita automática - um ritual em que um vidente irá se comunicar com um espírito, produzindo quaisquer mensagens que eles têm sem escrever conscientemente - que uma instrução crítica foi passada para um membro da comunidade das bonecas assombrados.

A mulher em questão, conhecida como Lindy, tinha experimentado um atividade paranormal relacionada com Peggy. Na página do Facebook de Lindy haviam algumas postagens sobre a boneca.

"Quando eu comentei meus pensamentos e sentimentos sobre Peggy todos os meus comentários foram duplicados - de mais ninguém, só os meus", disse ela.


"Eu tentei comentar em outros tópicos e nada aconteceu, mas eu logo que voltei àquele tópico e a mesma coisa aconteceu. Meu cachorro começou a latir e meu rosto ficou muito quente e corado. Eu senti como eu não estava sozinha".

"Eu acabei pedindo desculpas a Peggy, como eu senti que talvez ela não tenha costado de eu estar falando sobre ela, e meus sintomas simplesmente pararam."

Investigação a respeito da origem do espírito que possuiu Peggy 

Jayne trabalha com duas hipóteses para a possível identidade do espírito que estaria possuindo a boneca e causando todos os males relatados acima. A primeira hipótese sugere que Peggy tenha sido possuída pelo espírito de uma pessoa de origem judia morta durante no holocausto nazista. A outra hipótese afirma que o espírito que hoje habita a boneca tenha pertencido a uma mulher morta por problemas respiratórios.


Depois de todos esses acontecimentos inexplicáveis, Jayne começou a pesquisar a história de Peggy, após, segundo ela, obter a confirmação de que ela realmente estava possuída. Ela e sua equipe descobriram que o espírito que estaria possuindo a boneca reage negativamente a um colar com um crucifixo. A entidade não reagiria muito bem a presença de palhaços também. Quatro psíquicos disseram que sentiram que o espírito maligno é "inquieto e frustrado". Mas a surpresa veio depois de outra psíquica disse que Peggy é possuída pelo espírito de um judeu que morreu no Holocausto nazista.

"Muitas pessoas, incluindo dois médiuns, disseram que o espírito que possuiu a boneca, tem laços com o Holocausto judeu" Jayne disse. "Nós conduzimos sessões de psicografia com a boneca e as palavras "estrela" e o nome "David" surgiu, o que é, possivelmente, uma conexão".

Mesmo em uma ocasião, durante uma sessão de "psicografia", o espírito enviou uma mensagem enigmática a um membro da equipe, cuja filha tinha problemas mentais. A membro da equipe era Lindy, a mesma mulher que havia relatado mal estar e problemas com uma postagem que havia feito em seu Facebook.


Outras evidências sugerem que o espírito pode ser a de uma mulher nascida em Holland Park, Londres, em 1946, e morreu de problemas respiratórios. Jayne disse que rejeitou várias ofertas para ajudar a expulsar o espírito doobjeto. Ela também rejeitou convites para eventos paranormais, onde ela era convidada a mostrar a boneca. Ela diz que pretende continuar a pesquisa em seu próprio país.

Vídeo de Peggy

Abaixo compartilho com os amigos e amigas um vídeo em que podemos observar a boneca. Lembrando que muitas pessoas afirmam que após assistirem vídeos e verem fotos da boneca acabaram acometidas por algum tipo de mal estar.



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Suposto fantasma aparece em foto de família em castelo

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Família inglesa registra foto de fantasma onde a terceira vítima do Estripador de Yorkshire, foi assassinada em 1977

Saudações galera. Hoje eu recebi uma sugestão de postagem enviada pelo manolo Silvio dono dos blogs O Mundo Real Coisas do Mundão. O Silvio nos enviou a história de uma família inglesa que registrou em foto um passeio em Roundhay Park, em Leeds, e acabou descobrindo a presença de um suposto fantasma em uma das fotos tiradas em um castelo do século 19. O mais estranho é que, o parque onde se localiza o castelo foi o local onde a terceira vítima do Estripador de Yorkshire, Peter Sutcliffe, foi assassinada em 1977.

O que era para ser uma simples foto de dois irmãos acabou assustando uma família inglesa que visitava um castelo do século 19, em Roundhay Park, em Leeds. A imagem tirada de Mayrian Islam, 11 anos, e Ryhan Kalig, 9 anos, causou arrepios depois que um suposto fantasma decidiu participar do momento familiar. As informações foram publicadas pelo Daily Mail.

Nurul Islam, 37 anos, bateu a foto dos sobrinhos durante o feriado de Páscoa, quando foram visitar o castelo, construído em 1812. À publicação ele afirmou que a família ficou chocada quando viu a imagem.

Islam afirmou ter certeza que ninguém estava no local quando a foto foi tirada, já que a família esperou outros visitantes saírem para poder enquadrar o castelo ao fundo.

Roundhay Park, localizado a nordeste do centro de Leeds, é conhecido por ser o local onde Irene Richardson, a terceira vítima do Estripador de Yorkshire, Peter Sutcliffe, foi assassinada em 1977.

Família inglesa registra foto de fantasma onde a terceira vítima do Estripador de Yorkshire, foi assassinada em 1977

Essa postagem é um oferecimento dos blogs. 


 

Fonte: Terra

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Exploradores afirmam ter encontrado tesouro pirata nas águas de Madagascar

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Uma equipe de exploradores americanos dirigida pelo arqueólogo Barry Clifford recuperou nesta quinta-feira, perto da costa da ilha de Sainte-Marie, no nordeste de Madagascar, o que pode ser uma peça do tesouro naufragado de um famoso pirata escocês do século XII, William Kidd.

Foi o próprio Barry Clifford quem levou à superfície uma barra de prata de 50 quilos, entregando-a ao presidente malgaxe Hery Rajaonarimampianina, que acompanhou o acontecimento junto a membros de seu governo e aos embaixadores de Estados Unidos e Grã-Bretanha. "Para mim, é a prova irrefutável de que temos diante de nós o tesouro do (barco) Adventure Galley do Capitão William Kidd", indicou o arqueólogo independente John de Bry, que chegou para ajudar a equipe de exploradores.

Exploradores afirmam ter encontrado tesouro pirata nas águas de Madagascar
Clifford liderou a equipe de mergulhadores que encontrou o suposto tesouro
"Descobrimos treze navios na baía dos piratas (da ilha Santa María) e trabalhamos em dois deles durante dez semanas: o Fire Dragon e o navio do capitão Kidd, o Adventure Galley", declarou Clifford nesta quinta-feira (07-05-15) à imprensa.

Agora, a barra de prata está sob a custódia de soldados na ilha de Sainte Marie.


O repórter da BBC Martin Volgt acompanhou a cerimônia e relata que a descoberta gerou grande entusiasmo em Madagascar.

"A equipe do explorador Barry Clifford não tem dúvidas de que o tesouro é genuíno", diz Volgt.


Clifford e seus mergulhadores acreditam que a barra de prata data do século 17 e foi forjada na Bolívia. Já o navio onde ela se encontrava teria sido fabricado na Inglaterra.

No entanto, afirma Volgt, ainda existe um ceticismo em torno da legitimidade do tesouro e provavelmente haverá pedidos para que isto seja provado.


Uma alternativa seria retirar amostras da madeira do navio para checar se de fato ele veio da Inglaterra.

O Capitão Kidd

William Kidd, conhecido como Capitão Kidd, nasceu em Greenock, na Escócia, em 22 de janeiro de 1645, e morreu enforcado em Londres em 1701. Ele foi executado em 1701 por pirataria depois de retornar de uma viagem pelo oceano Índico. Ele havia sido designado pela Coroa britânica para combater a pirataria e capturar navios franceses inimigos.


Em 1698, Kidd saqueou um navio armênio, o Quedagh Merchante, que aparentemente navegava sob a proteção da França. Mas o capitão da embarcação era um inglês, e Kidd foi executado em Londres em 1701.

O Quedagh Merchant carregava tecidos, ouro e prata quando foi atacado.

Acredita-se que grande parte de sua carga pertencia à Companhia Britânica das Índias Orientais.

Além da acusação de pirataria, o capitão Kidd foi sentenciado à morte por assassinar um dos seus tripulantes durante uma briga em 1697.


Durante sua execução, a primeira corda colocada em seu pescoço arrebentou. Houve ainda uma segunda tentativa, quando a corda arrebentou novamente.

Kidd só morreu na terceira tentativa. Seu corpo foi coberto por piche e pendurado por correntes sobre o rio Tâmisa para servir de alerta para os interessados em entrar na pirataria.

A lenda dá conta que Kidd escondeu boa parte de seus saques, o que levou a inúmeras caças ao tesouro e inspirou o autor Robert Louis Stevenson a escrever A Ilha do Tesouro (1883), um dos clássicos da literatura infanto-juvenil.

O capitão Kidd também é mencionado em "O escaravelho Dourado" de Edgar Allan Poe.

Fontes: BBC e Correio do Povo

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Links Sinistros 138

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Saudações galera atormentada. Mais abaixo vocês poderão conferir algumas das postagens que mais deram o que falar na última semana na blogosfera de terror. Volto a convidar os amigos e amigas a darem uma conferida no rodapé do blog, onde vocês poderão conferir mais alguns links dos blogs parceiros e amigos.


O Mundo Real: 

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Terror Obscuro: 

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Desatinos por Escrito: 

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Sofä da Sala Notícias: 

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Testosterona: 

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Cortesia do manolo Elson

Getro: 

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Rotina Tensa: 

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Reconvale: 

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Mundo bem Estranho: 

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Bebida Liberada: 

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O Medo B: 

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Zeitgeist - O filme (Documentário)

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Zeitgeist é um termo alemão cuja tradução significa espírito da época, espírito do tempo ou sinal dos tempos. O Zeitgeist significa, em suma, o conjunto do clima intelectual e cultural do mundo, numa certa época, ou as características genéricas de um determinado período de tempo.

Em julho de 2007 foi lançado o documentário independente dirigido por Peter Joseph, intitulado Zeitgeist - O Filme. O polêmico documentário, lançado online, causou grande alvoroço graças a algumas das ideias abordadas pelo filme, chegando a marca de 10 milhões de visualizações em pouco tempo.


Abaixo os amigos e amigas poderão conferir a sinopse oficial do documentário e assisti ao mesmo legendado.

Sinopse


O filme reúne fontes de informação variadas e mostra que é possível as pessoas serem manipuladas por grandes instituições, governos e poderes econômicos. Ele é dividido em três partes.

  1. Religião: Crenças astrológicas pagãs comparadas às religiões modernas e antigas.
  2. Onze de setembro: Uma perspectiva dos numerosos aspectos questionáveis deste evento imensamente importante.
  3. O Banco de Reserva Federal: Uma história de sua formação e a habilidade de controlar a economia.

Trazendo novas imagens de eventos trágicos da história e depoimentos daqueles que acreditam que as pessoas estão sendo iludidas sobre o nível de liberdade que elas tem, este instigante documentário vai afetar tanto aqueles que concordam com isso, quanto aqueles que discordam.

Assista abaixo o Documentário legendado: Zeitgeist - O filme



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Vídeo gravado na Casa do Morro de Cruzeiro do Sul mostra suposto vulto

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Saudações galera atormentada. Hoje trago a vocês um vídeo que foi enviado para o blog pela amiga Aline Mallmann, dona da página Aline Mallmann - Experimento Tribal Fusion. A Aline e o primo dela fizeram uma filmagem na Casa do Morro, localizada na cidade de Cruzeiro do Sul - RS, e no vídeo aparece um estranho vulto.

A Casa do Morro é um local com grande fama de assombrado, tanto que já foi tema de uma postagem aqui do blog Noite Sinistra (Clique AQUI para recordar).

O vídeo foi feito no dia 2 de abril de 2015, quando Aline e seu primo resolveram fazer uma visita ao local. Segundo a descrição do vídeo no canal o YouTube pertencente a amiga Aline, ela e o primo só viram o vulto quando passaram as fotos e vídeos para o computador. "Ele (o vulto) passa duas vezes pela abertura da porta, como se corresse de um lado para o outro. Mas lá ouvimos muitos ruídos de madeira e passos sendo que só nós dois estávamos lá", relata Aline.

No vídeo abaixo vocês poderão observar o tal vulto aos 9 e 23 segundos. Aos 32 e 39 segundos os amigos e amigas poderão observar o vulto em câmera lenta e com marcações feitas na edição do vídeo indicando o momento que o vulto aparece pela fresta da porta.


E vocês amigos e amigas, o que acham do vídeo? Qual seria a explicação de vocês para o vulto?

Agradecimentos especiais a amiga Aline Mallamnn por ter compartilhado esse material conosco.

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O sequestro de Natascha Kampusch

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Hoje o blog Noite Sinistra volta a trazer uma postagem que fala de um caso de sequestro que assustou o mundo. Em parceria com o amigo Elson Antonio Gomes, que foi a pessoa que sugeriu esse assunto, hoje retrataremos aqui a tormenta vivida pela jovem Natascha Kampusch, uma austríaca que passou 8 anos vivendo sob o domínio de seu sequestrador. Natascha sofreu abusos físicos e psicológicos, ao longo desses anos que passou isolada do mundo em seu cativeiro, que hoje dificultam sua reintegração à sociedade.

No filme do diretor alemão Werner Herzog O enigma de Kaspar Hauser, um homem que passou a vida inteira acorrentado em um porão, sobrevivendo graças à comida que recebia de um homem misterioso, é um dia libertado e obrigado a se adaptar às regras da sociedade. Apesar de se mostrar bastante inteligente,ele fracassa ao tentar se relacionar com pessoas. Quatro anos depois de escapar de um cativeiro que a privou de toda a adolescência, a jovem austríaca Natascha Kampusch, 27 anos, faz lembrar, de maneira tocante, a história de Kaspar Hauser. Sequestrada aos 10 anos no caminho para a escola pelo engenheiro Wolfgang Priklopil, Natasha foi submetida a todo tipo de violência física e psicológica até reunir forças para escapar de sua prisão, aos 18 anos. Sua história imediatamente ganhou o mundo - e Natascha se viu cercada de cuidados e atenção. "Mas viver entre as pessoas foi e continua sendo o meu grande desafio", disse ela.

Natascha Maria Kampusch nasceu em Viena no dia 17 de fevereiro de 1988. Aprisionada numa cela no porão da casa de seu captor, Wolfgang Priklopil, desde 2 de março de 1998, quando ela estava a caminho da escola, escapou em 23 de agosto de 2006, com então 18 anos. O caso foi descrito como um dos mais dramáticos da história criminal da Áustria.
Cativa e isolada do mundo, da infância ao fim da adolescência, foi submetida a todo tipo de humilhação psicológica e sexual, tortura física com surras constantes e privação de comida e luz. Sua fuga causou o suicídio de seu sequestrador, uma comoção nacional e uma crise no governo e nos serviços de segurança do país, com relação às falhas descobertas e ao acobertamento de erros na investigação policial, durante os anos em que esteve desaparecida, e que poderiam ter levado à sua libertação mais cedo.

A história de Natascha chocou o mundo, transformou-a numa celebridade nacional e internacional e resultou numa autobiografia, 3096 dias (3096 Tage), em documentários, num filme baseado em seu livro e num posterior talk show na televisão.

Infância de Natascha

Filha de Ludwig Koch e Brigitta Sirny (nascida Kampusch), na infância ela não tinha boa relação com a mãe. Natascha a descrevia como alguém de natureza enérgica e decidida, pouco afeita a demonstrar emoções, alguém que não tolerava fraquezas e não a suportava nos outros e detestava vulgaridade. Já seu pai era alegre, carinhoso e brincalhão com a filha, mas pouco aplicado ao trabalho – era dono de uma padaria – e bebia muito com os amigos à noite. Ludwig Adamovich, chefe da comissão especial que se seguiu à libertação para examinar possíveis falhas na investigação policial, afirmou que "o tempo em que Kampusch esteve aprisionada talvez tenha sido melhor que o que ela viveu antes", declaração vigorosamente refutada pela mãe de Natascha que ameaçou processar Adamovich por suas declarações.

Aos 10 anos Natascha era uma menina frustrada e solitária. Em casa, como maneira de combater o tédio e a solidão que considerava ser sua vida, assistia a todos os canais e programas de televisão possíveis, já que a família não se importava com o que assistia. Foi através da televisão a cabo que acompanhou várias reportagens e documentários sobre crianças desaparecidas ou raptadas e assassinadas naquela região da Áustria e na Europa da época, o que a impressionava muito.

Sirny e Koch se separaram quando Natascha ainda tinha cinco anos e se divorciaram após seu desaparecimento. A menina passava temporadas com os dois e havia voltado para a casa da mãe após uma viagem de alguns dias com o pai na Hungria quando foi sequestrada. O sequestro da filha causou traumas profundos nos pais, que a procuraram por anos. A mãe chegou a ser acusada de cúmplice no sequestro de Natascha enquanto ela estava desaparecida e o pai, que já tinha problemas com o álcool, perdeu de vez o controle da vida.

O sequestro de Natascha

Natascha Kampusch saiu de casa, no conjunto habitacional de Rennbahnweg, para a escola onde cursava a quarta série, no distrito de Donaustadt, em Viena, na manhã de 2 de março de 1998, mas não chegou à escola nem voltou para casa. Aborrecida e frustrada depois de uma discussão com a mãe, havia saído de casa sem dar um beijo de despedida na sua mãe, algo que ela sempre fazia quando ia para a escola. Natascha estava portanto sua mochila e seu casaco vermelho. Caminhou por um dos becos rodeados de casas com jardins que ligava o conjunto habitacional à rua Melangasse, caminho da escola. Ao caminhar pela rua Rennbahnweg, notou à sua frente uma camionete branca parada e um homem moreno de olhos azuis do lado de fora que olhava ao redor sem interesse. Preocupada, hesitou entre atravessar a rua ou continuar em seu caminho. Resolveu continuar e, ao passar por ele, foi agarrada rapidamente e jogada dentro da camionete que estava com a porta aberta.


Nos primeiros dias após se desaparecimento, buscas foram feitas com o uso de cães e helicópteros, cartazes foram afixados em todas as escolas de Viena e arredores. Uma testemunha de 12 anos afirmou ter visto a menina ser agarrada por dois homens e jogada dentro de uma van branca (depois Natascha diria ter sido apenas um sequestrador). Quando esta pista foi finalmente investigada, uma grande busca policial se deu nas semanas seguintes, com 776 vans sendo revistadas em toda a área metropolitana de Viena e cidades vizinhas. Entre as vans revistadas, estava a do sequestrador, Priklopil, que vivia a cerca de meia hora de carro do centro de capital, em Strasshof an der Nordbahn, mas não causou nenhuma suspeita. Investigado numa batida policial, ele disse à polícia que tinha passado toda a manhã do sequestro em casa e que usava a van para transportar material para sua casa, que estava reformando.
Especulações sobre o envolvimento de quadrilhas de pornografia infantil ou de tráfico de órgãos humanos começaram a aparecer na imprensa, levando a polícia a fazer investigações buscando ligações com possíveis crimes do pedófilo e assassino francês Michel Fourniret, quando este foi descoberto alguns anos depois, ainda durante o período em que Natascha esteve em cativeiro. Como Natascha estava com seu passaporte quando foi raptada, por causa da viagem à Hungria com o pai, as buscas foram também levadas ao exterior. Acusações contra sua família complicaram mais as investigações, com insinuações de que a mãe dela estava de alguma maneira envolvida no crime ou em seu acobertamento.

O cativeiro

Durante os oito anos em que esteve sequestrada, Natascha foi mantida numa pequena cela de 5 m² na garagem da casa de Priklopil, cuja entrada ficava escondida atrás de um armário. Sem janelas e à prova de som, a cela tinha uma porta feita de concreto reforçada com aço. O pequeno local tinha uma pia, vaso sanitário e uma cama tipo beliche onde ela dormia na parte de cima e usava a escada para pendurar roupas. O espaço tinha 2,70 m de comprimento, 1,60 m de largura e 2,40 m de altura. O ar na cela vinha de um ventilador instalado no alto, que passava por um tubo no teto vindo da garagem. O ruído deste ventilador, nunca desligado, iria quase enlouquecê-la pela repetição constante nos primeiros meses.


Em sua primeira noite de cativeiro, Natascha, que ao ser jogada na van tentava gritar, mas não conseguia produzir nenhum som, perguntou ao raptor qual o tamanho dos sapatos dele – vendo os documentários na tv, havia aprendido que o refém deve sempre tentar conseguir todas as informações de seu sequestrador para posterior identificação – pediu a Priklopil que antes de apagar a luz de sua cela lhe colocasse na cama – no início, um fino colchão no chão – contasse uma historinha – ele leu A Princesa e a Ervilha Parte 2, de um livreto de contos infantis tirado da mochila escolar – e lhe desse um beijo de boa noite, tudo feito pelo sequestrador com boa vontade.


Nos primeiros seis meses de cativeiro, ela não teve permissão de sair da cela em nenhum momento, não pode tomar banho a não ser na pequena pia da cela, não podia olhar nem falar com Priklopil sem autorização e por vários anos não pode deixar o pequeno espaço à noite. No primeiro ano, era obrigada a chamar seu captor de "Mestre", o que sempre se recusava a fazer, mostrando rebeldia, que lhe custaria surras. Com um ano e meio de cativeiro, ele decidiu que Natascha não podia mais usar seu nome e agora pertencia a ele; assim ela foi obrigada a escolher outro nome, e passou a chamar-se "Bibiane", sua identidade pelos sete anos seguintes.

Em dezembro de 1999, com 21 meses de cativeiro, ela pode respirar ar puro pela primeira vez, quando Priklopil lhe permitiu passar alguns minutos no jardim da casa com ele, à noite. Pouco tempo depois, ele lhe disse seu verdadeiro nome e com isso Natascha teve a certeza de que seu raptor nunca a deixaria sair dali viva.

Submetida a anos de abuso físico e mental após entrar na puberdade. Desde os 14 anos Natascha muitas vezes teve que dormir algemada a Wolfgang na cama dele. Ela era obrigada a raspar a cabeça para que fios não ficassem pela casa, o que poderia denunciar o raptor caso ele fosse “visitado”, passou períodos de fome, chegou a apanhar mais de 200 vezes numa semana até ouvir sua própria espinha estalar, era obrigada a lavar, cozinhar, arrumar e limpar a casa quase nua, geralmente apenas de calcinha e boné. Quando seu raptor resolveu fazer uma reforma na casa, que durou anos, Natascha foi seu único operário. Chegou a carregar sacos de cimento pesados demais para sua idade, instalar piso, montar janelas e quebrar concreto, sempre sob as ordens dele e vigiada de perto.

Sequestrador de Natascha

Qualquer erro, principalmente com a preparação da comida, era motivo para gritos ou tapas. No fim do dia, quase sempre voltava a ser trancada em sua masmorra. Por causa dos castigos e da situação desesperadora em que sua vida se encontrava, Natascha tentou três vezes o suicídio, uma delas em 2004, incendiando papéis sobre uma chapa elétrica para esquentar comida que tinha na cela, de maneira a morrer por envenenamento provocado pela fumaça, após ouvir seu nome num programa de rádio que debatia um novo livro sobre pessoas que haviam desaparecido sem deixar vestígios. Na sua primeira tentativa de suicídio, Natascha tentou se enforcar usando peças de roupas, isso aos 14 anos de idade. Aos 15 anos ela tentou cortar os pulsos, porém ela não conseguiu levar a diante nenhuma dessas tentativas.


Com dezesseis anos, em vários períodos Priklopil reduziu sua ração diária a ¼ do necessário a alguém da idade dela. Nesta idade chegou a pesar apenas 38 kg com 1,57 m. Depois de libertada, soube que seu índice de massa corporal (IMC) nessa época era de 14,8. A Organização Mundial de Saúde considera índices inferiores a 15 como forte subnutrição. Achava-se uma visão triste no espelho: careca, com as costelas aparentes, maçãs do rosto fundas e os finos braços e pernas cobertos por hematomas. Em uma oportunidade, quando ela demorou a cumprir uma de suas ordens, ele lhe atirou um canivete, que perfurou seu joelho.
A casa possuía um interfone entre os cômodos comuns e a cela de Kampusch, para que o sequestrador pudesse falar com ela sem descer até lá. Durante o período em que Natascha esteve cativa na casa de seu raptor, ele foi várias vezes visitado por sua mãe, Waltraud, que chegou a cozinhar e arrumar a casa para o filho. Ela, porém, declarou depois que nunca notou a presença de mais alguém na casa, apesar de, por vezes, notar um certo "toque feminino" em sua arrumação, mas sem nunca atinar de onde aquilo poderia ter vindo.

Depois dos primeiros anos, Natascha passou a poder passar grande parte do dia na parte de cima da casa, mas era levada de volta à câmara para dormir ou quando o sequestrador saía para trabalhar. Durante seu tempo ali, teve acesso à televisão e rádio, controlados por seu raptor. Nos últimos anos de cativeiro, ela chegou a ser vista no jardim e até no carro de Priklopil e um dos colegas de negócios de Priklopil disse ter visto a jovem com ele quando o sequestrador esteve em sua casa para pedir um trailer emprestado.

Depois de alguns anos de cativeiro, em que o mais longe que chegava de sua cela era o jardim da casa, Priklopil a levou ao mundo exterior. O estado psicológico de Natascha e o domínio mental dele sobre ela, além de sua constante presença física sempre a centímetros de distância, impediram, entretanto, qualquer possibilidade de fuga. Estiveram uma vez numa loja de material de construção e num passeio de carro até Viena foram parados numa batida policial na estrada. O policial chegou a pedir os documentos de Priklopil e do carro e olhar para Natascha no banco de passageiros. Em pânico com as ameaças de morte, a que ela era submetida antes de saírem de casa, para que ela se comportasse quando alguém se aproximasse, fizeram com que ela se mantivesse paralisada e o veículo foi liberado.

Pouco antes de fazer 18 anos, Priklopil a levou a uma estação de esqui nas montanhas perto de Viena para esquiarem por algumas horas. Depois de libertada, ela inicialmente negou esta viagem, mas acabou admitindo ser verdade, dizendo que não teve nenhuma chance de escapar. Esta viagem foi planejada meticulosamente por Priklopil, que a seu jeito psicótico tentava estabelecer uma "vida normal" com Natascha como homem e mulher. Foi a primeira vez em sete anos que ela esteve em campo aberto. O tempo todo esteve com o sequestrador próximo a ela, lembrando-lhe que a mataria e a qualquer um caso ela chamasse alguma atenção. No único momento sozinha que teve nesta viagem, foi para que ela pudesse ir ao banheiro feminino, com Priklopil do lado de fora da porta esperando. O banheiro estava vazio, mas enquanto ela lá estava entrou uma mulher. Enchendo-se da coragem provocada pelo desespero, dirigiu-se à mulher dizendo várias vezes se chamar Natascha Kampusch e que havia sido sequestrada, pedindo ajuda. A mulher loira lhe sorriu com simpatia, virou as costas e foi embora. A reação foi um grande golpe psicológico para Natascha, que teve então a certeza de que havia sido esquecida pelo mundo exterior e transformada num fantasma. Só depois de sua fuga descobriu-se que a mulher a quem tinha se dirigido era uma turista holandesa que não tinha entendido nada do que ela tinha falado.

Mesmo assim, Natascha muitas vezes tentou discretamente atrair a atenção, já que por anos suas fotos cobriram toda a Áustria: "Eu tentava fazer algum sinal às pessoas... Eu tentava sorrir como eu sorria nas fotos (as fotos dela foram transmitidas pela televisão e coladas nos postes e árvores de Viena e seus arredores) para que as pessoas pudessem se lembrar de mim". Mas ela nunca foi notada.

De acordo com seu depoimento oficial após a fuga, ela e Priklopil acordavam cedo para o café da manhã juntos. Ele lhe deu livros, de modo que ela pudesse se tornar autodidata e, de acordo com um amigo do criminoso que a havia visto uma vez, parecia feliz. Anos depois, explicando o sentimento de que não havia perdido nada durante seu confinamento, ela declarou: "eu me poupei de muitas coisas, como cigarros, bebidas e más companhias". Mas acrescentou: "eu sempre pensava: eu não vim ao mundo para viver trancada e ter minha vida completamente arruinada. Entreguei-me ao desespero com essa injustiça. Sempre me senti como uma pobre galinha num galinheiro. Vocês viram minha cela na televisão e na mídia e hoje sabem como era pequena. Era um lugar de desespero." Dietmar Ecker, o assessor de imprensa de Kampusch, declarou depois que ela lhe havia dito que às vezes Priklopil lhe batia tanto que ela mal conseguia andar. Quando ela ficava roxa de tanto apanhar, ele tentava reanimá-la, pegava uma câmera e a fotografava.

Priklopil havia amedrontado Kampusch dizendo que as portas e janelas da casa tinham armadilhas cheias de explosivos e que ele dormia com granadas sob o travesseiro. Também a ameaçava dizendo que sempre carregava uma arma e a mataria e aos vizinhos se ela tentasse fugir. Uma ocasião, ela fantasiou a ideia de cortar a cabeça de seu raptor com um machado, mas desistiu da ideia. Durante todo o tempo em que esteve presa, prometia a si própria que "iria crescer, ficar mais forte e resistente e um dia seria capaz de ser livre de novo".

A fuga de Natascha

Em 23 de agosto de 2006, Natascha estava no jardim lavando e passando o aspirador de pó no BMW 850i de Priklopil, sempre vigiada de perto, quando, às 12:53, ele recebeu um telefonema no celular. Por causa do barulho do aspirador, ele se afastou para outra área da casa para poder atender ao chamado. Deixando o aspirador ligado, ela saiu correndo pelo jardim sem ser vista por ele, que, de acordo com o que o interlocutor informou mais tarde aos investigadores, se comportou por toda a conversa sem parecer distraído ou perturbado. O portão do jardim estava, pela primeira vez, semiaberto. Natascha saiu por ele sem ser percebida e correu por cerca de 200 m entre os jardins das casas vizinhas e pela rua, tentando encontrar alguém. Na rua adjacente viu três pessoas andando em sua direção, um idoso, um adulto e um menino, provavelmente três homens de uma mesma família e pediu ajuda, um celular para chamar a polícia. Os homens desviaram dela seguindo seu caminho dizendo não ter celular. Pulou então a cerca de um dos jardins das casas em volta, mas não encontrou ninguém. Continuou a correr cruzando cercas vivas e canteiros das casas, até ver uma senhora através da janela aberta de uma das casas da rua Heine e pediu ajuda gritando "Eu sou Natascha Kampusch!" e dizendo que havia sido sequestrada - todo o tempo apavorada de que Priklopil estivesse atrás dela. Foi mandada ficar na cerca viva e não pisar no gramado pela dona, Inge T, de 71 anos, enquanto ela telefonava para a polícia.

Dois jovens policiais atenderam ao chamado e, para surpresa de Natascha, a mandaram ficar parada com as mãos para o alto. Perguntas rápidas foram feitas e ela foi levada pelos policiais à delegacia de Deutsch-Wagram. O sequestro havia terminado, depois de 3.096 dias de cativeiro.

Sabine Freudenberger, a primeira policial a ter contato com Natascha após a libertação, declarou que ficou impressionada pela inteligência e articulação da jovem. No cativeiro, após os dois primeiros anos, Priklopil lhe havia dado livros, ensinado matemática, permitido acesso à televisão, jornais e rádio, e ela ouvia sempre a Ö1 International, a estação oficial internacional da Áustria, dedicada à educação e música clássica, também com transmissão em espanhol e inglês.

Na delegacia, policiais que haviam trabalhado em seu caso se juntaram a seu redor. Natascha se sentiu sufocada e em pânico por estar cercada por tantas pessoas que lhe faziam várias perguntas ao mesmo tempo, depois de anos sem quase qualquer contato humano além de seu raptor. Não entendia porque não a colocavam num local tranquilo e em isolamento até que ela se tranquilizasse, para fazerem um interrogatório com mais calma no dia seguinte. Foi identificada pela cicatriz que possuía, pelo passaporte achado após as buscas na casa de Priklopil e por exames de DNA.

Pouco tempo depois de sua chegada a Deutsch-Wagram e às primeiras notícias veiculadas em plantões especiais das televisões e estações de rádios, a imprensa já tinha cercado completamente o local. Sua saída dali para ser transferida para a delegacia de Viena foi feita com a proteção de um grande cobertor azul que a cobria completamente, numa imagem que correu o mundo. Seus pais foram avisados, e a encontraram em Viena em estado de choque e euforia. O encontro foi em meio a choros e gritos de seus parentes. Desacostumada ao contato físico, os abraços de sua família – suas irmãs mais velhas também foram à delegacia – a fizeram ficar tonta e quase desmaiar. A seu pai, Ludwig Koch, que a abraçava em prantos e fez questão de procurar em Natascha a cicatriz que ela possuía desde a infância, disse: "Te amo", como dizia sempre que o pai se despedia após deixá-la na casa da mãe, quando passavam o fim de semana juntos, oito anos antes. Não teve porém permissão para voltar para casa, ficando à disposição da polícia e aos cuidados de seus psicólogos, sendo transladada da delegacia para um hotel em Burgenland, num andar guardado por homens armados e totalmente interditado pela polícia, que até ali não tinha notícias de Wolfgang Priklopil e temia uma vingança. Só voltaria ao convívio com a família semanas depois.


Com a fuga de Natascha, Wolfgang Priklopil fugiu da casa e vagueou o dia todo por Viena. Encontrou-se com um amigo e ex-sócio Ernst Holzapfel num shopping center, onde lhe confessou os motivos de seus atos e teve sua imagem capturada por câmeras de segurança do estabelecimento quando se encontrava num balcão de informações. No fim do dia, sabendo que toda a polícia do país o caçava, suicidou-se jogando-se na frente de um trem em movimento perto da estação Wien Praterstern, no norte da cidade. Ele havia dito a Kampusch que "nunca o pegariam vivo".


O sequestrador

Wolfgang Priklopil era um técnico de telecomunicações austríaco e foi o responsável pelo sequestro e cativeiro por oito anos de Natascha Kampusch. Filho único de Karl e Waltraud Priklopil, seu pai era vendedor de uma empresa de bebidas e sua mãe, que o mimava desde criança, vendedora de sapatos. Durante algum tempo, exercendo sua profissão, Wolfgang trabalhou na Siemens. Depois que deixou este emprego trabalhou como autônomo, fazendo reformas em casas e apartamentos.


A casa em que vivia e onde aprisionou Natascha Kampusch, na Heine Strasse 60, Strasshof an der Nordbahn, pequena cidade nos subúrbios de Viena, pertencia anteriormente a seu avô, Oskar Priklopil, que a comprou após a II Guerra Mundial. No período da Guerra Fria, Oskar e seu filho Karl construíram nela um abrigo contra bombas, que se tornaria a origem da masmorra de Kampusch. Wolfgang passou a morar na casa em 1984, após a morte de sua avó.

Maníaco por limpeza a organização, Priklopil tinha em sua biblioteca particular o livro Mein Kampf de Adolf Hitler como um de seus livros preferidos. Sempre falava a Natascha sobre Hitler dizendo que "ele estava certo ao mandar os judeus para a câmara de gás". Seu ídolo político era Jörg Haider, o líder do Partido da Liberdade da Áustria, de extrema-direita. Em 11 de setembro de 2001, ficou satisfeito com o ataque terrorista ao World Trade Center, dizendo tratar-se de um "ataque à conspiração para a dominação mundial judaica".

Depois de aprisionada em 2 de março de 1998, aos 10 anos, Natascha Kampusch conseguiu fugir da casa em 23 de agosto de 2006, já com dezoito anos. Sabendo-se caçado pela polícia, horas depois da fuga da adolescente Wolfgang teve um último encontro num shopping center com um amigo, Ernst Holzapfel, um ex parceiro de negócios, a quem confessou ser um sequestrador. Segundo as palavras de Holzapfel, "ele queria ter uma companheira, mas era muito desajeitado e tímido para tal. Achou então em sua mente pervertida que, tal qual o personagem central do livro e filme O Colecionador, de John Fowles, poderia capturar uma menina e mantê-la presa para que ela crescesse e aprendesse a amá-lo". Em seu depoimento, Holzapfel também declarou que em época antes do sequestro, Priklopil lhe havia perguntado como isolar acusticamente um cômodo, de maneira que nem uma furadeira fosse ouvida em outros lugares de uma casa.


Alvo da caçada policial que se seguiu, com as imagens da casa invadida e da cela descoberta por policiais e peritos em todos os canais de televisão austríacos, depois do encontro com Holzapfel, Priklopil dirigiu-se a uma estação de trem ao norte de Viena e suicidou-se jogando-se nos trilhos à frente da composição em movimento.


Ele foi enterrado em 8 de setembro sob o nome de "Karl Wendelberger" no túmulo da família Piplitz em Laxenburg, ao sul da capital austríaca.

A vida depois do cárcere

Natascha Kampusch passou os primeiros dias de liberdade na ala psiquiátrica para crianças e adolescentes do Hospital Geral de Viena, aos cuidados de médicos e enfermeiras, sem contato com a família e sem permissão de sair, dividindo a área comum com jovens meninas anoréxicas e crianças que se auto infligiam ferimentos, longe do mundo exterior do qual havia sido privada por oito anos, enquanto a imprensa do mundo inteiro enlouquecia sem notícias do lado de fora. Imagens de seus cativeiro e mesmo das coisas pessoais que tinha escondido de seu captor, como roupas e um diário, apareciam constantemente na televisão, revistas e jornais. A princípio, seus pais não tiveram permissão de médicos e autoridades para estar com ela pessoalmente, depois do primeiro encontro para identificação.

Em setembro de 2006, quinze dias depois da libertação, de maneira a encerrar os rumores e especulações, e apesar de ser aconselhada a sumir e adotar outra identidade para se poupar da curiosidade alheia, Natascha concordou em dar uma entrevista à televisão austríaca. A entrevista, dada à rede pública austríaca ORF, foi vendida a mais de 120 países, a 290 euros por minuto, com os lucros sendo revertidos a ela própria. O total da venda destes direitos de reprodução, de algumas centenas de milhares de euros, seria doado a mulheres no México e na África. A princípio, combinado por seus tutores estatais que sua imagem não apareceria para poupá-la, Kampusch apareceu de rosto inteiro na tela, com a cabeça coberta por um lenço. Depois de algumas semanas, ela se mudou para uma residência de enfermeiras perto do hospital e depois para um seu próprio apartamento. Ela não quis voltar a morar com a mãe, porque, como declarou, "Eu tinha planos de ser autossuficiente quando fizesse 18 anos e isso tinha me sustentado todos aqueles anos. Agora eu queria que isso se tornasse realidade, andando por meus próprios pés e tomando conta da minha própria vida."


Especialistas forenses levantaram a hipótese de que Kampusch havia desenvolvido um tipo de Síndrome de Estocolmo por Wolfgang Priklopil. Ela referiu-se a ele uma vez como alguém gentil, e quando soube de seu suicídio, chorou bastante. No documentário Natascha Kampusch: 3096 days in captivity, ela tem palavras simpáticas sobre seu antigo carrasco, e aparece dizendo que tem "mais e mais pena dele, um pobre alma", mesmo depois de ser encarcerada por oito anos pelo algoz. Mas ela o trata, porém, como um "criminoso" e doente mental. Entretanto, ela sempre negou essa hipótese, considerando isso um simplismo de quem não viveu sua experiência. Em seu livro, Natascha afirma que a relação entre os dois era complexa demais para provocar-lhe tão somente ódio do sequestrador. A mão que lhe batia era a mão que a alimentava. A mão que lhe humilhava e lhe privava da liberdade era a mão que lhe dava livros para estudar e que lhe permitiu viver, tendo poder absoluto de vida ou morte sobre ela. A intolerância de parte da imprensa e da opinião pública veio do fato de ela se negar a julgar Priklopil do modo que as pessoas desejavam, como um simples "monstro" e nada mais. Foi necessário tempo, distância dos fatos, amadurecimento e contato com a vida normal, para que o sentimento sobre seu carrasco se tornasse mais repulsivo e odioso do que era na época de sua fuga:

"Ninguém queria ouvir que não há um mau absoluto nem preto e branco. Ninguém nasce mau, somos todos um produto do contato com o mundo e com as outras pessoas e é isso que nos faz ser o que somos, ninguém nasce um monstro. Ele me roubou minha infância e minha adolescência e foi por anos o meu tormento mas era a única pessoa na minha vida, minha única referência de mundo. Ter ficado de certa maneira triste com sua morte, apesar de ela ser minha libertação, não era compreendido por ninguém. Era mais fácil me rotularem."
— Natascha Kampusch em 3096 dias.

Em 2007, sua mãe, Brigitte Sirny-Kampusch, escreveu o livro Verzweifelte Jahre (Desperate Years - My Life Without Natascha, na versão em inglês), que se tornou um best-seller. Nele, Brigitte comenta que Natascha guardava uma imagem do caixão de Priklopil em sua carteira. Natascha indignou-se com o fato de a mãe publicar o que ela acreditava ser um segredo entre as duas, explicando "Eu admito, eu disse adeus a ele, porque não? Era importante, eu cresci com ele. A última vez que o vi vivo foi quando ele voltou as costas para mim e eu fugi dele. Eu disse adeus a seu caixão. Mas nunca quis que isso fosse publicado. Ela me traiu".

Ainda se adaptando à vida em liberdade e transformada numa celebridade nacional, em junho de 2008 Kampusch iniciou carreira como entrevistadora na tevê austríaca, com o programa Natascha Kampuch Trifft... (Natascha Kampusch encontra ...), do canal fechado Puls4. O primeiro convidado do programa mensal foi o campeão mundial de Fórmula 1 Niki Lauda, segundo ela, por ter uma vida levada ao extremo como a dela. O programa, entretanto, durou apenas três edições.


Neste mesmo ano, dois anos após sua fuga, ela comprou a casa onde ficou sequestrada por anos, após uma audiência pública para a venda do espólio de Wolfgang Priklopil: "Eu sei que é grotesco. Eu tenho que pagar por eletricidade, água e as taxas de uma casa em que eu nunca quis morar". Natascha comprou a casa para impedir que fosse demolida, livrá-la de vândalos e impedir que virasse um santuário para fãs psicóticos. Natascha visitou o imóvel por duas vezes depois de sua libertação.

Casa onde Natascha Kampusch ficou cativa

Em entrevista em janeiro de 2010, ela disse que havia ficado com a casa, pois "a considera uma parte importante de seus anos de formação". Caso a venda algum dia, ela irá antes entupir o porão, de maneira que ele não se transforme num museu macabro de sua adolescência perdida.

Em 2009, ela tornou-se o rosto da organização pró-direitos dos animais PETA na Áustria. Em junho, escreveu uma carta à ministra da Agricultura da Alemanha, Ilse Aigner, onde a campanha é baseada, exigindo a libertação de animais dos zoológicos do país, afirmando: "Os animais deveriam, como eu pude, fugir como eu fiz, porque a vida em cativeiro é uma vida cheia de privações. Cabe a você decidir se criaturas sociáveis, inteligentes e maravilhosas devem ser libertadas de suas correntes e jaulas onde pessoas cruéis as mantêm."

No mesmo ano, Natascha Kampusch deixou a televisão e perdeu a solidariedade da opinião pública austríaca, que passou a criticá-la por ter, presumidamente, enriquecido graças à história do seu sequestro. Ela afirmou que sua vida "mudou radicalmente" no dia em que escapou, mas que ainda não se sentia "realmente livre". Num desabafo, declarou que as expectativas do público em relação a vítimas de crimes são "surpreendentes". Segundo ela, se as vítimas tentam se esconder, recebem críticas porque o público teria o direito de saber o que aconteceu. Mas, se cedem às pressões e contam suas histórias, são acusadas de buscarem os holofotes e são consequentemente vistas como figuras públicas com pouco direito a privacidade.

"Resisti a todo o lixo psicológico e às fantasias de Wolfgang Přiklopil e não me permiti ser dominada. Agora eu estava do lado de fora, e era isso que as pessoas queriam ver: uma pessoa enfraquecida, que nunca se recuperaria e sempre dependeria da ajuda dos outros. Mas, no momento em que me recusei a carregar a marca de Caim pelo resto da vida, o humor da opinião pública mudou."
— Natascha Kampusch em 3096 dias.

Sobre o único fato ocorrido durante seu cativeiro que nunca foi trazido a público durante as investigações, ela declarou em seu depoimento oficial: "Eu não quero e não responderei a nenhuma pergunta sobre detalhes íntimos e pessoais que ocorreram comigo". Mesmo em sua autobiografia, publicada em 2010, ela não fala sobre o caso. Somente em 2013, numa entrevista dada ao jornalista Günter Jauch da televisão alemã por ocasião de seu 25º aniversário, dias antes do lançamento mundial do filme baseado em seu livro 3096 dias, Natascha assumiu ter sido estuprada durante o cativeiro. O filme traz cenas de estupro, que não constam do livro e foram anexadas com o consentimento de Kampusch, depois que documentos policiais com evidências dos estupros múltiplos cometidos por Priklopil foram colocados em domínio público.

Em 2010 ela obteve o certificado de conclusão do ensino médio. Em 2011, usando parte do dinheiro ganho com a venda do livro, umbest seller internacional, construiu e equipou um hospital infantil no Sri Lanka, Natascha Kampusch’s Children’s Ward, estando presente à sua inauguração. No mesmo ano, ela entrou com um pedido de indenização de €1 milhão de euros contra o Estado austríaco (€323 por dia de cativeiro) pela incompetência dos serviços de segurança do país em resgatá-la após seu sequestro.

Hoje, Natascha Kampusch vive em semi reclusão voluntária no apartamento que comprou no centro de Viena. Raramente sai à rua, para evitar ser reconhecida e, eventualmente, até ser insultada, por pessoas que a consideram responsável pela morte de Priklopil e ter enriquecido às custas do sequestro. As ilações que vez por outra aparecem na imprensa de que ela possivelmente teria sido cúmplice e refém voluntária de Priklopil durante seus anos de cativeiro a traumatizaram e já a fizeram pensar em suicídio ou em se mudar de Viena e da Áustria. Ela passa o tempo estudando, pintando e tirando fotografias. Seu projeto pessoal, é passar "tão desapercebida quanto possível".

O sequestro de Natascha Kampusch na cultura popular

Livros, documentários de cinema e televisão e filmes baseados em livros foram lançados sobre o sequestro de Natascha Kampusch. Logo em novembro de 2006, três meses após sua libertação, os britânicos Allan Hall e Michael Leidig publicaram Girl in the Cellar: The Natascha Kampusch Story, escrito em inglês, e considerado pelo advogado de Kampusch como prematuro e especulativo. Em setembro de 2010, Kampusch lançou seu próprio livro, 3096 Tage (3,096 Dias), em que conta sua história em detalhes com suas próprias palavras.


Neste mesmo ano, o canal britânico Channel 5 levou ao ar um documentário de uma hora de duração, Natascha: the Girl in the Cellar, que reconstituía todo o caso e incluía uma extensa entrevista com Kampusch. Em fevereiro de 2013, estreou nos cinemas o filme 3096, baseado em seu livro autobiográfico, filmado em Munique, na Alemanha, em parte pela comoção e controvérsia que o caso ainda causa na Áustria.


Seus pais escreveram livros sobre o sequestro. Verzweifelte Jahre – Mein Leben ohne Natascha. (Desperate Years - My Life Without Natascha, na edição em inglês), de Brigitta Sirny-Kampusch, foi lançado em 2007 com o depoimento da mãe de Natascha sobre os anos que passou longe da filha. Em 2013, seu pai, Ludwig Koch, junto com o britânico Alan Hall, escreveu o best seller Missing, baseado em 57 mil arquivos policiais sobre o caso, em que levanta a hipótese de que Ernst Holzapfel tenha sido cúmplice de Wolfgang Priklopil no sequestro e cativeiro de Kampusch.


Agradecimentos ao amigo Elson Antonio Gomes pela dica.

Fontes: Wikipédia e Veja

Quando amanhecer, você já será um de nós...

Jornalista apresenta teoria sobre morte de Bin Laden e causa polêmica nos EUA

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Acusações feitas pelo jornalista americano Seymour Hersh de que os Estados Unidos teriam mentido sobre a operação que matou Osama Bin Laden, líder do grupo extremistaAl-Qaeda, há quatro anos, geraram forte reação da Casa Branca e da imprensa do país, que apontaram inconsistências em seu relato, porém suas teorias são bem recebidas por grupos conspiracionistas.

Desde a morte de Osama Bin Laden surgiram várias teorias que afirmam que a morte do terrorista teria sido forjada pelo governo dos EUA. Muitas dessas teorias, que se propagam pela internet, apontam a "falta de um corpo" como prova para tais alegações, uma vez que, segundo a versão oficial, o corpo do terrorista teria sido lançada ao mar, e a única prova da morte de BinLaden seriam algumas poucas fotos.

Algumas teorias apontam como provas para a suposta existência de uma conspiração do governo dos EUA fatos como: Escritor que dizia que o 11 de Setembro havia sido um ato do governo americano é encontrado morto e As estranhas mortes de soldados que caçaram Bin Laden.



Até então esses tipos de toeiras eram tidas como "coisas de malucos", mas agora um renomado jornalista parece ter entrado para o grupo de pessoas que contestam a versão oficial.

Ganhador do Pulitzer de 1970, o mais importante prêmio jornalístico dos Estados Unidos, Hersh afirma que a morte de Bin Laden não foi alvo de uma operação arriscada e secreta, mas da cooperação entre militares americanos e paquistaneses.

"A história contada pela Casa Branca poderia ter sido escrita por Lewis Carroll", escreveu Hersh em artigo publicado no periódico London Review of Books, em referência ao autor de Alice no País das Maravilhas (1865).


Na versão de Hersh, o líder terrorista não teria sido encontrado depois de uma série de interrogatórios e investigações envolvendo seu mensageiro, mas com a ajuda do Paquistão, que o o estaria mantendo sob sua custódia há cinco anos com a ajuda financeira da Arábia Saudita em um complexo na cidade de Abbottabad, no norte do Paquistão.

O ataque teria sido autorizado por oficiais paquistaneses de alto escalão depois que os Estados Unidos descobriram onde Bin Laden estava por meio de uma fonte na Inteligência do Paquistão.

Um acordo teria sido fechado para que os americanos operassem na área para confirmar por meio de amostras de DNA que se tratava de fato de Bin Laden. As únicos balas disparadas naquela noite teriam sido as que mataram o ex-líder da Al-Qaeda. Assim, segundo a versão de Hersh, ele teria sido assassinato friamente em vez de ter sido atingido em meio à invasão do local onde se encontrava.

Em troca, os Estados Unidos apoiariam financeiramente os serviços de Inteligência paquistaneses. Como parte deste acordo, os Estados Unidos adiariam o anúncio da morte de Bin Laden por uma semana e diriam que ele teria sido morto por um ataque com drone no Afeganistão.

No entanto, Obama teria descumprido esta última parte depois de saber que um dos helicópteros americanos caiu, o que teria feito a Casa Branca temer que a história viesse a público de qualquer forma.

Reação do governo dos EUA

O governo americano reagiu às acusações de Hersh afirmando que "a ideia de que a operação que matou Osama Bin Laden não foi uma missão unilateral dos Estados Unidos é falsa", acrescentando que a versão está repleta de "imprecisões e afirmações sem fundamentos".


Membros da imprensa americana também questionaram a teoria, especialmente Max Fischer, do siteVox, e Peter Bergen, da emissora CNN. A críticas se resumem aos seguintes pontos:


Fontes frágeis

Grande parte do artigo de Hersh é baseado em alegações feitas de forma anônima, por integrantes dos órgãos de Inteligência militar dos Estados Unidos e do Paquistão, nenhum dos quais esteve envolvido diretamente na operação. A única fonte que teve seu nome citado, Asad Durrani, serviu nas Forças Armadas paquistanesas há mais de duas décadas. Ele diz que seus "ex-colegas" confirmam a versão de Hersh. Durrani foi contatado posteriormente por Bergen, da CNN, e disse apenas que a teoria elaborada pelo jornalista é "plausível".

Contradições

Hersh deixou de lado o fato que dois integrantes do esquadrão de elite da Marinha americana - o Seals - envolvidos no ataque trouxeram a público detalhes da operação que contradizem diretamente sua versão. Bergen, que visitou a casa onde Bin Laden foi morto, afirma haver clara evidência de troca de tiros no local, que "estava destruído, com vidros quebrados e com marcas de saraivadas de balas" nas paredes.

Conclusões não-realistas

Por que os sauditas apoiariam Bin Laden, um homem que queria derrubar seu monarca? Por que as relações entre americanos e paquistaneses se deterioram se um acordo feito entre os países previa um subsequente apoio por parte dos Estados Unidos?

Hersh, que ganhou o Pulitzer em 1970 ao revelar o massacre de civis vietnamitas por soldados americanos no vilarejo de My Lai, ainda foi acusado por Fischer, da Vox, de trazer à tona cada vez mais denúncias baseadas em evidências frágeis.

Nos últimos três anos, por exemplo, Hersh assinou reportagens em que o governo do ex-presidente americano George W. Bush foi acusado de treinar militantes iranianos em Nevada e que afirmavam que a Turquia estava por trás de ataques com armas químicas na Síria.

"Talvez de fato exista um vasto mundo sombrio e diabólico de conspirações, executadas de forma brilhante por uma rede internacional de mentes governamentais", escreve Fischer.

"E talvez só Hersh e seu punhado de ex-oficiais militares anônimos estejam enxergando este mundo e seus segredos aterrorizantes. Ou talvez haja uma explicação mais simples".

'Contra a correnteza'

Ao mesmo tempo, a versão de Hersh foi celebradas por alguns comentaristas americanos conservadores, que antes haviam se irritado com o jornalista por ele ter feito acusações contra o governo Bush.

"Quando Seymour Hersh fabrica maluquices contra Obama, ele deixa de ser um sábio para virar um excêntrico", disse John Nolte, da rede de notícias Breitbart. "Quando era contra Bush, ele era Deus para a mídia."


Em uma entrevista veiculada na TV nesta segunda-feira, Hersh tentou virar a mesa, ao dizer que a versão do governo americano é que inacreditável.

"Vinte e quatro ou 25 homens vão para o meio do Paquistão e matam um cara sem apoio aéreo, sem proteção, sem segurança, sem obstáculos - você está brincando comigo?", ele disse.

"Veja bem, desculpe-me se (minha teoria) vai contra a correnteza, mas venho fazendo isso minha vida inteira, e tudo que posso dizer é que entendo as consequências disso."

Fontes: BBC

Quando amanhecer, você já será um de nós...

A lenda da mulher Cavalo de Jaguaruana

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A lenda da mulher cavalo surgiu no município cearense de Jaguaruana, divisa com o Rio Grande do Norte. Este mito vem deixando muita gente com medo de sair de casa durante a noite. O assunto é discutido nas esquinas, nos bares, escolas e falado até em programas de rádio. Os comentários alegam que durante a noite transita uma criatura com corpo de mulher, em cima do local da cabeça de um cavalo, lembrando um centauro – criatura mística da Grécia antiga.

A “mulher cavalo”, ao ser vista por alguém, passa a correr atrás da pessoa, aconselha-se que para não correr o risco de se encontrar com a criatura, alguns jovens, após saírem das festas, juntam-se em grupos para voltarem pra casa, enquanto outros nem para festas estão indo. Outras pessoas mais curiosas, estão à caça do estranho ser.

Comentou-se por toda a cidade que o “inspetor Marcão”, chefe da unidade policial do município, havia visto a aberração e efetuado alguns disparos – ele nega tais boatos.

Testemunho

Muitos relatos sobre aparições da mulher-cavalo correm pela cidade de Jaguaruana. Segundo Geovane, de 18 anos, ele saiu de um circo que se encontrava-se no município e, ao se dirigir a sua casa, no bairro do Juazeiro, a cerca de 100 metros, uma mulher com formas de um cavalo o perguntou para onde ele iria. Geovane correu em direção de casa, sendo perseguido pela tal mulher.


Ao chegar na residência o rapaz foi socorrido pela mãe e vizinhos que ouviram os gritos de socorro. Segundo o depoimento de sua mãe, Dona Biró, o filho “não é menino de mentiras” e ele chegou “quase sem fala em casa”. Homens vizinhos do rapaz se armaram de paus e foram atrás da criatura. De acordo com o jovem, ela teria fugido para as terras do DNOCS, em meio a escuridão e o mato.

Nova aparição

Outro relato foi enviado ao mural de recados do site da Rádio União FM. Um homem teria caído de sua moto após dar de cara com a tal mulher. O recado de Orlando Almeida enviado ao programa “Acordando com os Passarinhos com André Lúcio” diz que “na noite de ontem, 6 de julho, a mulher-cavalo foi vista próxima à barragem do rio do Guilherme, Rio Jaguaribe.

Uma moradora de Antonópoles, localidade próxima ao local, ligou para o filho que se encontrava na cidade de Jaguaruana e contou o ocorrido. A mulher disse que um homem que passava de moto, ao virar o cruzamento, que fica antes da passagem molhada, teria focalizado em cheio a criatura, e com medo teria caído A mulher tinha receio que o filho fosse para casa sozinho e ligou pra ele não ir.

Como a tal criatura teria surgido

Segundo os comentários da população, a “mulher cavalo” era uma dona de casa simples que tinha três filhos e morava em um Sitio no estado do Rio Grande do Norte e seu marido um dia teria arrumado uma outra mulher. Com raiva e ciúmes, a mulher teria assassinado os próprios filhos e feito um pacto com o diabo.

O marido, ao ver os filhos mortos e saber que foi a própria esposa que os matou, desferiu-lhe algumas facadas e ela acabou morrendo. Mas a mulher voltou “do mundo dos mortos” para procurar os filhos e, quando avista alguém, passa a perguntar por eles. As pessoas apenas dizem que não sabem e ela se transforma na criatura, perseguindo-as em seguida. Alguns dizem que é a “besta fera”.

A população do município se divide. Alguns acreditam e dizem que morrem de medo, já outros afirmam que isto é mais uma invenção do imaginário popular.


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