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Os Borboletas Azuis

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Fundada em Campina Grande, pelo então empresário algodoeiro, Roldão Mangueira de Figueiredo no final da década de 1960, a seita “Os Borboletas Azuis”, tornou-se de fato famosa em 1977, quando seus integrantes começaram a se vestir de azul e branco e depois quando foi matéria de um jornal da Rede Globo.

Roldão pregava que o mundo seria destruído por um dilúvio na década de 80. Houve uma dramática redução do número de fiéis depois do fiasco do dilúvio anunciado, e o número de seguidores passou de aproximadamente 700 para somente 67 pessoas.


A seita primava pelo misticismo religioso, misturando várias práticas religiosas, como o catolicismo, espiritismo e protestantismo, seu líder pregava que o mundo seria destruído num dilúvio que ocorreria em 13 de maio de 1980: “Uma enorme bola de fogo cruzará o céu, o Sol girará por três vezes consecutivas, um ensurdecedor trovão ecoará por toda a Serra da Borborema. Em seguida choverá ininterruptamente por 120 dias”, foi o que disse Roldão Mangueira a seus fiéis que acreditavam cegamente nele.


Esperando o fim do mundo, novos membros dessa seita venderam seus bens para aderir a nova religião, eles se reuniam na chamada “Casa da Caridade Jesus no Horto”, localizada no Bairro do Quarenta. O funcionamento desta Casa de Caridade ocorria através da união de sessões espíritas, realizadas sobre a “Mesa de Caridade” no interior da casa e de orações do Ofício de Nossa Senhora e demais preces católicas. Os seguidores de Roldão Mangueira eram orientados por normas de comportamentos que condenavam cores berrantes, esporte, a prática da medicina e atos mundanos. Um dos costumes mais conhecidos do grupo era o fato de andar com os pés descalços para ter contato com a terra.


Na época da profecia de Mangueira, o Diário de Pernambuco publicou o seguinte: “A cidade vive dias de expectativas. Nesta semana (maio de 1980), cresceu a hostilidade da população contra os Borboletas Azuis. As autoridades temem que haja um linchamento dos integrantes da seita...”, passou os anos 80 e nada de fim do mundo, a realidade é que ao entrar no mês de maio de 1980, Roldão Mangueira simplesmente sumiu, quando a imprensa de Campina chegou a especular que ele estaria internado numa clínica psiquiátrica de João Pessoa. Não é preciso dizer que nada aconteceu em Campina Grande, no dia 13.

No dia 13 de maio, realmente choveu em Campina Grande, o que de certo causou alguma apreensão. Já em Aracajú, cerca de 300 funcionários da fábrica Unibras e Confecções Junior, entraram em pânico em consequência de um vento forte, que levou os trabalhadores da industria, na maioria mulheres a acreditar que seria o fim do mundo.


O mestre da seita não durou muito e e morreu nos anos 80, logo após a morte de Roldão, em 1982, o novo líder do grupo passou a ser Antônio de França, que mesmo com a decadência da Seita, ainda tentava chamar atenção para a “Casa da Caridade”, como de fato ocorreu em matéria publicada na “Gazeta do Sertão” de 29 de setembro: “Hoje os adeptos são pouco mais de vinte, mas a fé na religião e nos princípios é a mesma”.

Com o passar dos anos, os integrantes ou foram morrendo, ou simplesmente retornaram as suas vidas normais, fazendo com que a seita fosse se esvaziando até ficar apenas com duas adeptas, ainda na “Casa da Caridade”, que foi doada por Roldão Mangueira à “Fundação Casa de Caridade Jesus no Horto”. Todas as noites, as aposentadas Maria Tereza e Helena Fernandes se encontravam para orar e confirmar sua fé, dizendo que ainda esperavam o surgimento de um novo líder religioso, isso com uma foto de Roldão Mangueira na parede.

Pelo fracasso das sua profecias, a imprensa passou a zoar Rodão Mangueira, com humorismo e chacotas fazendo relatos de ação que não aconteceu com ele. Na cidade de Campina Grande existe uma história contada em tons cômicos de que Roldão Mangueira tentou andar sobre as águas do Açude Velho. Relatam o “causo” que ele não se afogou por pouco. Sobre isso, Antônio de França, um dos líderes do grupo afirmou: “Nunca existiu esse negócio de dizer que nós iríamos andar sobre as águas, nem tão pouco estávamos construindo uma arca para nos salvar do dilúvio. Tudo foi inventado e chegaram até a dizer que nós estávamos separando os casais. Apenas não aceitamos ninguém vivendo sem ser casado, pois a religião não permite”, relatou Antônio à “Gazeta do Sertão” em 1982. O texto de Francistone Tomaz sobre “A Última Borboleta Azul".


Irmã Tereza e o baú que guarda parte da história dos Borboletas Nascida na zona rural da cidade de Areia no brejo paraibano, Maria Tereza Vicente, hoje com 86 anos, adotou o codinome Irmã Tereza ao ingressar no movimento Borboletas Azuis.


Ao contrario do que é divulgado, até hoje o movimento tinha como propósito levantar a doutrina católica que, segundo seu líder espiritual estaria em decadência devido ao reinado dos três últimos papas.

Pregavam também o desapego às coisas materiais. Irmã Tereza conta que tudo teve início quando seu líder espiritual recebeu a incumbência divina para abrir uma casa de caridade nos moldes da Igreja Jesus no Horto, Igreja esta localizada na cidade de Juazeiro do Norte no estado do Ceará.

Daí nasceu A Casa de Caridade Jesus no Horto localizada até hoje no bairro do quarenta em Campina Grande. O local foi palco de várias curas milagrosas presenciadas pela religiosa a enfermos que vinham de toda parte do país, segundo ela essas curas ocorriam através das sessões espíritas realizadas por médiuns sobre a “Mesa da Caridade” acompanhadas de orações do ofício de Nossa Senhora e demais preces católicas.



O auge do movimento teve inicio no ano de 1978, quando seus integrantes passaram a usar vestimentas nas cores azul e branco, daí o nome borboletas azuis, e começaram a distribuir um folheto em que alertavam à toda humanidade sobre um “dilúvio” que aconteceria precisamente no dia 13 de Maio de 1980.

O fato não aconteceu e seus seguidores que eram em torno de setecentos diariamente no templo, foram perdendo a credibilidade junto ao seu líder que foi internado em um hospital psiquiátrico da cidade por familiares, vindo a falecer em 1982, tendo sido substituído por Antônio de França, que era acompanhado por pouco mais de vinte seguidores.

Irmã Tereza, a última remanescente dos Borboletas Azuis se mantêm firme no seu propósito de “levantar” a Igreja com a chegada de um novo líder.

Alheia às piadas e comentários maldosos sobre sua maneira de viver, a fiel seguidora de Roldão Mangueira mantêm sua rotina de orações e tarefas rotineiras no templo, como cuidar do jardim que fica em frente à capela. E talvez seja no jardim que essa adorável senhora encontre o significado de toda sua existência, pois “borboletas azuis não andam em bandos, são sempre solitárias.

Fontes: Wikipédia e Retalhos Históricos

Quando amanhecer, você já será um de nós...

A Maldição do filme Poltergeist

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Poltergeist é um dos filmes mais icônicos do terror da década de 80, tanto que ele é considerado por muitas pessoas como um dos maiores clássicos do terror, aparecendo em diversas listas, sempre entre os melhores filmes do gênero. Embora o longa tenha se tornado muito famoso e popular, estranhos eventos aconteceram durante as gravações, tanto do primeiros filmes, como nas suas duas sequencias. A misteriosa morte de membros do elenco é apontada como indícios para a existência de uma suposta maldição.

O longa original, "Poltergeist - O fenômeno", foi lançado em 1982, e teve mais duas sequencias: Poltergeist II (1986) e Poltergeist III (1988). A trilogia conta episódios da vida dos Freelings, uma família que tem a má sorte de morar em uma residência assombrada por espíritos.


Poltergeist é uma palavra em alemã que significa: fantasma barulhento. É um termo que se refere a uma entidade destrutiva (geralmente não malicioso), sendo o responsável pelos ruídos estranhos e objetos se movendo em residências mal assombradas.

As misteriosas mortes

Existem relatos de várias estranhas ocorrências durante as gravações dos três filmes da séria, mas sem dúvida nenhuma, as mortes de 4 membros importantes da trama, todas mortes acontecidas antes do término das gravações do terceiro filmes, é um elemento terrivelmente macabro, o que deu ao filme a fama de amaldiçoado.

Abaixo poderemos conferir dados a respeito dessas quatro mortes.

Dominique Dunne

Poucos meses depois do lançamento do primeiro filme uma das atrizes mais importantes da trama acabou assassinada cruelmente.


Dominique era a interprete da personagem Dana Freeling, a filha mais velha da família Freeling no primeiro filme. Ela namorava John Thomas Sweeney, um ajudante de cozinha extremamente ciumento que não permitia que ela ficasse perto de seus amigos. Com a fama de Dominique aumentando o ciúme do namorado também aumentou, o rapaz chegou a espancar a jovem atriz algumas vezes. Sem aguentar mais as agressões Dominique pediu o fim do namoro, John não aceitou, e no dia 4 de novembro de 1982, ele invadiu a casa da namorada e a estrangulou, a atriz ficou em coma por alguns dias e faleceu.


Ele foi preso e condenado a 6 anos de prisão, mas ficou somente 3,5 anos preso, para desespero dos fãs e familiares.

Julian Beck 

Julian Beck fez o papel do reverendo Henry Kene, morreu em 14 de setembro de 1985 aos 60 anos de idade, durante as filmagens do segundo filme da franquia. Beck foi vítima de um com câncer no estômago, contra o qual ele vinha lutando desde o ano de 1983.


Will Sampson

Will Sampson interpretou o índio Taylor. Ele morreu pouco depois do lançamento do segundo filme por complicações após uma cirurgia cardíaca no dia 3 de junho de 1987. Ele tinha 53 anos quando faleceu.


Heather O'Rourke

Heather O'Rourke a eterna Carol Anne, morreu logo após o fim das filmagens de "Poltergeist III", com apenas 12 anos de idade. Heather foi diagnosticada com uma infecção intestinal no começo do ano de 1987. Em 31 de janeiro de 1988 ela amanheceu muito doente, e vomitava com frequência, na manhã seguinte Heather teve um desmaio, seu padrasto chamou os paramédicos, ela sofreu uma parada cardíaca e assim que conseguiram reanimá-la a levaram-na para hospital infantil, aonde ela faleceu. Segundo seus pais o diagnóstico estava errado, o que a garota tinha era um bloqueio intestinal que ela possuía desde o seu nascimento. Seus pais obviamente processaram o hospital.




Brian Gibson

Brian Gibson diretor de "Poltergeist II" morreu em 2004 aos 54 anos vitima de Sarcoma de Ewing (Câncer nos ossos), essa doença é muito rara em adultos, geralmente só atingem meninos brancos de 10 a 20 anos.

Embora a morte de Brian tenha ocorrido muitos anos após o lançamento da trilogia, sua morte é atribuída a suposta maldição por conta da singularidade e estranheza do acontecido.

Outros acontecimentos estranhos

Durante as gravações dos três filmes da trilogia Poltergeist, alguns eventos estranhos aconteceram, o que reforça a teoria de que o filme estava sendo alvo de forças sobrenaturais de alguns fãs.

A fumaça estranha

A atriz Zelda Rubinstein deu vida em três ocasiões a Tangina Barrons na trilogia Poltergeist, na qual a atriz entrou na pele de uma vidente que enfrentava forças demoníacas.

Em uma das fotos de Zelda, tirada para Poltergeist III, apareceu uma estranha fumaça. Ninguém havia notado tal fumaça durante a seção de fotos. Zelda contou posteriormente em entrevistas que sua mãe morreu no mesmo momento em que aquelas fotos foram tiradas.


A casa amaldiçoada

Na trama de Poltergeist, a família Freeling se muda para uma nova casa, que parece ser amaldiçoada. Estranhamente, a casa na qual o filme foi gravado foi quase totalmente destruída por um terremoto em 1994.


Equipe em perigo

Além das mortes, a equipe técnica do filme passou por várias situações estranhas, como objetos caindo, coisas surgindo em lugares nos quais não estavam antes e barulhos que ninguém sabia de onde vinham. A atriz JoBeth Williams, que viveu a mãe da família do filme, relatou uma coisa bem estranha. Um dia ela chegou em casa e todos os quadros de sua decoração estavam tortos. Ela os arrumou e, no dia seguinte, foi trabalhar normalmente. Quando voltou, os quadros estavam novamente fora do lugar e isso se repetiu diversas vezes. A atriz contou que não tinha como outra pessoa fazer aquilo.


Sufocado de verdade

Em uma das cenas mais assustadoras do filme original, o filho do meio da família é estrangulado por um boneco de palhaço. Foi revelado depois que o filme foi lançado que, durante a cena, um acidente aconteceu e Oliver estava sufocando de verdade. A equipe quase não percebeu que aquilo era real, já que a cena era, justamente, de um sufocamento. Por pouco Oliver Robins não morreu ao gravar essa cena.



Esta foto mostra o palhaço do filme Poltergeist em exibição no Planet Hollywood em Los Angeles

Coincidência macabra?

Enquanto o namorado de Dominique Dunne a estrangulava ele colocou para tocar a trilha de "Poltergeist I" no volume máximo para encobrir o barulho.

Esqueletos de verdade teriam provocado a maldição

Um boato que circula na internet diz que durante a gravação do primeiro filme, foram usados esqueletos de verdade, já que na época seria mais barato comprar de um depósito médico do que mandar fazer esqueletos de plástico.


Algumas pessoas acreditam que os espíritos das pessoas cujos ossos foram usados como adereços no longa, acabaram assombrando a produção, e eles foram responsáveis pelas mortes e pelos estranhos incidentes.

A equipe de produção responsável pelos longas nunca tocaram no assunto.

Fontes: Assombrado e R7

Quando amanhecer, você já será um de nós...

Desafio Charlie Charlie: A brincadeira das redes sociais que pode invocar demônio

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Hoje o amigo Abraão (@IncorretosBlog), dono do blog Incorretos, me indicou um assunto que está dando o que falar nas redes sociais americanas. Trata-se de Brincadeira envolve espírito, lápis e papel com as palavras 'sim' e 'não'. Usuários de Twitter, Instagram e Vine têm publicado vídeos invocando Charlie, no que ficou conhecido como CharlieCharlieChallenge.


Um suposto ritual de invocação de espíritos se tornou a nova mania entre usuários de redes sociais nesta terça-feira (26-05-15). No Twitter, no Instagram e no Vine, pessoas têm publicado diversos vídeos em que aparecem realizando o desafio, que lembra as famosas brincadeiras do copo ou do compasso.

Nos vídeos postados com a hashtag #charliecharliechallenge, é possível assistir às pessoas perguntando se o fantasma Charlie está presente, e depois pedindo conselhos a ele.

O ritual envolve colocar dois lápis um em cima do outro em forma de cruz, e escrever as palavras "sim" e "não" nos quadrados formados por eles. O invocador deve então perguntar "Charlie Charlie, você está aí?". Se um dos lápis se mover para a palavra "sim", o espírito estará presente.

Os perigos

Assim como o tabuleiro Ouija, essa brincadeira também tem seus perigos segundo pessoas entendidas do assunto, existindo até a possibilidade de invocar acidentalmente um demônio durante o desafio.

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Uma orientação passada pelas redes sociais e de que qualquer um que contate alguma entidade deve dizer “Charlie, Charlie podemos parar” antes de acabar com a visita ou arrisca “deixar um portal aberto para demônios entrarem e sairem de sua casa quando quiserem”.

No twitter alguns usuários avisam: “Se você não dizer adeus a Charlie, você vai experimentar situações paranormais tais como ouvir vozes, coisas que estão sendo movidas, sombras, riso sinistrose muito mais.”

Origem do Desafio

Este jogo parece ter origem num outro jogo, de origem mexicana, que também envolve chamar Charlie. Neste, são precisos seis lápis e dois jogadores. Cada um segura três lápis de forma a criar um retângulo e faz as mesmas perguntas que no Charlie Charlie Challenge.

E quem seria Charlie?

Há quem afirme que Charlie seria o espírito de um demônio. Ele seria uma entidade tradicional na cultura Mexicana, mas até o momento não consegui averiguar ainda essa informação.



Agradecimentos ao amigo Abraão (@IncorretosBlog), dono do blog Incorretos, pela dita.

Fonte: G1

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Peter Plogojowitz: O vampiro sérvio

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Nos primórdios do blog Noite Sinistra havia uma série que falava sobre espécies de vampiros. Nessa série podia-se conferir diferentes histórias e lendas ao redor do mundo sobre diferentes tipos de vampiros, o que prova que a crença nessas criaturas é muito antiga (até os Maias acreditavam em vampiros). Hoje falaremos de um homem considerado por muitos um vampiro, trata-se de Peter Plogowitz, que nasceu na sérvia no ano de 1666.

Peter Plogojowitz era um fazendeiro sérvio que ganhou fama de ter se tornado vampiro. Esse foi uma das primeiras e mais bem documentados casos da história vampirística, havendo inclusive um inquérito do Exército em Belgrado a respeito do assunto.


Morador da vila de Kisilova (Kisiljevo nos dias de hoje), Peter era um homem comum e acima de qualquer suspeita. Ele era um trabalhador respeitado por todos na vizinhança, e nada de errado parecia despontar em sua vida.

Apesar de gozar de boa aparência e ótima saúde, no ano de 1728 Peter Plogojowitz repentinamente adoeceu, vindo a falecer após alguns dias aos 62 anos de idade. Porém o mais estranho estava por vir.


Três dias após a seu enterro, em uma noite escura, Peter resolveu sair do túmulo e voltar para casa. Enquanto ele estava vasculhando a cozinha de casa foi surpreendido pelo seu filho, que havia acordado por conta do barulho e se pôs a investigar. Ao se deparar com Peter na cozinha seu filho ficou em estado de choque. Plogojowitz pediu por comida, e o filho prontamente serviu ao pai recentemente falecido uma refeição. Assim que terminou de comer Peter saiu da casa e aparentemente retornou ao seu túmulo, ignorando as perguntas feitas por seu filho.


No dia seguinte o filho de Peter contou aos vizinhos a assustadora história que acontecera na noite anterior. Mesmo muito assustado ele decidiu esperar pelo pai na noite seguinte, imaginando que o mesmo voltaria a aparecer, porém naquela noite ninguém apareceu. No entanto na noite seguinte lá estava Peter a pedir comida novamente, mas dessas vez seu filho não lhe deu comida, alegando que primeiro queria algumas explicações. Contrariado Peter foi embora, mas antes de sair ele deu a seu filho um olhar agressivo e assustador segundo os relatos do filho aos vizinhos na manhã seguinte. Mais tarde naquele mesmo dia o filho de Peter seria encontrado morte.

Restos do antigo cemitério do vilarejo (fonte)
A morte do filho de Peter foi a primeira de seis mortes na aldeia, todas ocorridas em circunstâncias parecidas – todas as vítimas pareciam esgotadas fisicamente e tiveram uma grande perda de sangue. Outro ponto em comum entre as vítimas foi o relato de que teriam avistado uma figura sombria que lembrava Peter Plogojowitz. Essas aparições geralmente se davam nos sonhos das pessoas, onde Peter aparecia agarrando as vitimas pelo pescoço. Esses sonhos aconteciam poucos dias antes das pessoas serem mortas.

Outro antigo tumulo de Kislova (fonte)
Os magistrados locais determinados a botar um fim nessa onda de crimes, antes que eclodisse uma verdadeira histeria entre os aldeões, entraram em contato com o comandante da tropa do exercito na localidade, pedindo a ele que conduzisse investigações. O comandante chegou a Kislova trazendo consigo dois oficiais. O grupo decidiu iniciar as investigações a partir da exumação do cadáver de Peter Plogojowitz, e de todos aqueles que haviam morrido depois que Peter faleceu. Ao abrir a sepultura de Peter Plogojowitz, os investigadores encontraram o corpo em ótimo estado de conservação. Ele apresentava as cores comuns aos cadáveres, mas não parecia estar se decompondo.

No relatório chegou-se a afirmar que o indivíduo parecia estar respirando muito suavemente, quase de maneira imperceptível. Os olhos do “morto” estavam abertos e os investigadores por várias vezes tiveram a impressão de que estavam sendo observados pelo morto enquanto conduziam a sua investigação. Outro aspecto que chamou a atenção do grupo liderado pelo comandante do exército foi que algumas feridas encontradas no corpo de Peter Plogojowitz, pareciam estar cicatrizando, uma vez que pareciam estar envoltas em pele recentemente crescida e cheias de “casquinhas”. Mas o mais aterrador seria o seguinte: parecia estar saindo sangue fresco da boca do alegado vampiro.

Esses fatos levaram o comandante e seus assistentes a concluir que de fato Peter Plogojowitz era um vampiro, e que ele estava envolvido nas mortes das últimas semanas.

Representação da exumação de Peter Plogojowitz
De acordo com as histórias e lendas de vampiros (na Sérvia existem várias história de vampiros, clique AQUI para conhecer uma delas), uma estaca de madeira teria que ser usada para perfurar o coração do cadáver. Os oficiais seguiram a lenda e realizaram o procedimento, e de acordo com o relatório, assim que a estaca perfurou o corpo de Peter Plogojowitz, grande quantidades de sangue fresco jorraram pelo ferimento. O corpo foi posteriormente queimado em uma fogueira.

Os corpos das vitimas foram exumados a exemplo do que houve com Peter, mas não houve qualquer constatação ou suspeita de que algumas delas pudesse ter sido vampirizada.

Voltando a Belgrado, o comandante e seus oficiais concluíram o relatório, no qual afirmavam que Peter Plogojowitz de fato havia se tornado um vampiro, e que ele havia sido responsável pelas mortes acontecidas em Kislova. O relatório acabou sendo publicado pelo Wienerisches Diarium, um jornal de Viena, hoje conhecido como Die Wiener Zeitung. Essa publicação tornou a história muito conhecida na Alemanha, França e Inglaterra.

O envolvimento de oficiais do exército sérvio no processo de investigação e a conclusão do processo dão a esse caso um status todo particular, sendo responsável por colocar a Europa Oriental e Central como o centro das atividades vampirescas.

Fonte: Unmyst3

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O assassinato de Elizabeth Short: O caso Dália Negra

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Saudações galera atormentada. Hoje falaremos de um dos casos insolúveis mais célebres da história da criminologia mundial: O assassinato de Elizabeth Short. O caso é amplamente conhecido como “Dália Negra” ou “The Black Dahlia”.

Elizabeth Short

A pele clara, quase translúcida, olhos de um azul profundo, os cabelos castanhos e encaracolados. Vestida de preto e com uma Dália Negra presa aos cachos, ela passeava por Hollywood Boulevard de forma sedutora. Tão encantadoramente sedutora que foi capaz de atrair a própria morte. Essa foi uma das formas como Elizabeth Short foi descrita pelos jornais locais na época de sua morte. Uma aventureira que buscava a fama.

Elizabeth Short nasceu em Hyde Park, subúrbio de Boston, a 29 de julho de 1924 e vivia com sua mãe em Madford, Massachusetts. Filha de Cleo e Phoebe Short, ela era a terceira de cinco filhas do casal. Seu pai, Cleo, abandou a família em 1930, e então a Sra. Phoebe assumiu sozinha os encargos de criar as cinco filhas. Em 1942, Elizabeth Short era uma jovem muito atraente e estava cursando o segundo ano do ensino médio quando resolveu abandonar tudo e seguir para Miami, onde conseguiu um emprego de garçonete. Em Miami conheceu o major aviador Matt Gordon Jr., com quem passou a se corresponder com frequência.


Em janeiro de 1943 viajou para Santa Barbara, Califórnia, onde conseguiu um emprego no Posto da Base Militar de Camp Cook. Sua permanência aí também foi curta, pois descobriu que seu pai vivia em Villejo, localidade próxima onde ela estava. Numa aproximação com o pai, acabou indo morar com ele, mas como a convivência entre ambos não foi satisfatória, Beth retornou para Santa Barbara em setembro de 1943.


A jovem admirava a farda militar e gostava de frequentar os bares e clubes noturnos, onde ficava rodeada de militares. Em 23 de setembro, logo após retornar a Santa Barbara, foi presa por consumir bebida alcoólica; ela tinha apenas 19 anos. Em acordo com as autoridades, foi liberada para retornar à casa de sua mãe em Madford.


Durante todo o período da guerra continuou escrevendo para seu namorado, o major Gordon, e, em abril de 1945, ele a propôs casamento. Beth estava pronta para ser a esposa de um oficial e levar a vida que ela planejara para si, por isso aceitou o pedido. Porém o destino dela já estava traçado, e nele não havia espaço para casamento.

Quando Gordon retornava para casa, no inverno de 1945 ele sofreu um acidente na Índia, e acabou falecendo.

Desorientada Elizabeth saiu de casa novamente, voltando para a Florida, arranjando um emprego, também de garçonete, em Miami Beach. Novamente, desiludida retornou a Madford em fevereiro de 1946. Desta vez foi trabalhar como caixa num cinema. Este trabalho deve ter acendido suas esperanças de sucesso, pois era uma jovem muito bonita e gozava de certa liberdade, não seria difícil imaginar uma carreira promissora como atriz em Hollywood. Assim, partiu em abril daquele ano para a Califórnia buscando o sonho de ser uma estrela de cinema.

Em Hollywood passou por várias pensões e hotéis, dividindo quartos com diversas outras garotas durante todo o restante do ano de 1946.

O sonho de se tornar famosa acabaria sendo realizado, porém isso não aconteceria devido ao seu talento e tampouco devido a sua beleza, mas sim por culpa da forma trágica com que sua vida chegou ao fim.

Elizabeth Short foi vista com vida pela última vez no dia 9 de janeiro de 1947, ao sair do bar do Hotel Biltmore.

O assassinato de Elizabeth Short

Era manhã do dia 15 de janeiro de 1947, por volta das 10:30h, quando uma mulher que caminhava com sua pequena filha encontrou o corpo jogado na grama próximo a calçada, no cruzamento da 39th Street e Norton Avenue em Leimart Park, Los Angeles. Atônita e mal podendo falar dirigiu-se a algum local nas vizinhanças e ligou para a polícia.



O repórter do Los Angeles Examiner, Will Fowler, que costumeiramente verificava as frequências da polícia em busca de furos jornalísticos, e seu fotógrafo, Felix Paegel, foram os primeiros a chegar à cena do crime. Esperavam encontrar um homem bêbado caído ao lado da calçada, mas o que encontraram foi o corpo de uma bela jovem seccionado ao meio na altura do tórax, com algumas outras mutilações.

Como chegaram antes dos policiais, ficaram livres do tradicional isolamento da área do crime e puderam tirar cuidadosamente suas fotos que chocariam o Mundo inteiro.

Em alguns minutos chegaram os primeiros policiais fardados da LAPD’s University Division e, em seguida, os investigadores Harry Hansen e Finis Brown, designados para o caso.

A disposição do corpo revelava certo cuidado por parte do assassino. Ele não jogou apenas os restos mortais no terreno, mas os dispôs na posição correta, tronco e braços acima e pélvis e pernas abaixo, guardando o cuidado de manter um desalinhamento e separação entre uma e outra parte, para que se percebesse, logo à primeira vista, que estavam separados. Os braços foram colocados acima da cabeça como indicando uma pose artística. A boca da vítima fora rasgada quase que de orelha a orelha, lembrando um macabro sorriso.

Não havia sangue espalhado, como seria de se esperar de um corpo tão severamente mutilado; também não havia qualquer fragmento de osso que indicasse uma ação com instrumentos grosseiros e inadequados.

Os detetives encontraram próximo ao corpo alguns sacos de cimento (vazios) com traços de sangue, possivelmente esses sacos acabaram sendo utilizados para carregar o corpo de um carro até o local onde foi depositado no chão. Também encontraram pegadas de sapato impressas com sangue, certamente do assassino.


Como nenhuma identificação fora encontrada perto da vítima, ela recebeu a denominação de “Jane Doe Number 1” e o corpo foi removido para autópsia.

No dia seguinte o chefe legista do município de Los Angeles, Dr. Frederic Newbarr, divulgou seu laudo que dava como causa mortis “hemorragia e trauma devido a contusão cerebral e lacerações na face”, resultante de múltiplos golpes com instrumento contundente. A incisão no corpo fora realizada pelo abdômen e, então, através do disco intervertebral entre a segunda e a terceira vértebras lombares, num procedimento chamado hemicorporectomia. Certamente um trabalho de um profissional da medicina treinado em cirurgia. Dr. Newbarr estimou a hora da morte em cerca de 24 horas antes do corpo ser encontrado, portanto por volta das 10:30 h do dia 14 de janeiro de 1947. O assassinato ocorreu em outro lugar, onde se deu o procedimento cirúrgico, e após o corpo foi transportado para o local onde foi encontrado.

Neste momento ainda não se conhecia a identidade da vítima. Como havia uma grande ânsia de se resolver o caso, a Polícia de Los Angeles permitiu que por várias vezes que a imprensa tomasse à dianteira nos procedimentos; assim, o editor do jornal Los Angeles Examiner propôs aos detetives utilizar o moderno equipamento de foto fac-simile do jornal para transmitir o cartão com as digitais da vítima para o escritório de Washington, de onde agentes do FBI poderiam rapidamente levá-lo para a Seção de Identificação. Este procedimento permitiu que a polícia chegasse rapidamente a identidade da vítima. Porém a descoberta do nome da pobre vítima acabou por estimular ainda mais o interesse da impressa no caso. A jovem morta e descartada no terreno baldio era Elizabeth Ann Short, de 22 anos de idade. Elizabeth era uma jovem atriz em busca do sonho de se tornar uma glamurosa estrela de cinema.


O caso do assassinato da Dália Negra tomou se tornou um dos casos criminais mais famosos do século XX. São muitos os fatores que fizeram desse um caso tão famoso como por exemplo: assassinato de uma jovem tão bonita, a crueldade aplicada tanto na morte quanto na mutilação posterior do corpo, a falta de pistas do criminoso, etc. Contudo, podemos apontar como um dos fatores determinantes para a notoriedade do caso, o grande envolvimento da imprensa, já que os jornalistas tiveram uma certa liberdade no início das investigações.




De fato, a rápida chegada da imprensa ao local, com possibilidades de fotografar o cadáver antes que a polícia fizesse seu isolamento e a fácil aceitação do LAPD (Departamento de Polícia de Los Angeles) da contribuição da imprensa no caso, manipulando evidências (e noticiando-as também), permitiu a divulgação do caso numa escala jamais vista. Exemplo disso é o fato de que a tiragem do jornal Los Angeles Examiner no dia 16 de janeiro foi a maior deste jornal, somente superada pela edição especial do dia da Vitória.

Outra contribuição da imprensa para o caso que definitivamente o tornou uma notoriedade foi o nome dado à vítima, Dália Negra. Elizabeth Short em vida nunca teve um nome artístico, porém o nome que a imprensa lhe deu jamais será esquecido. Algumas fontes afirmam que o nome se deve ao fato de a jovem usar uma Dália Negra como ornamento em seu cabelo, outras fontes apontam para uma referência ao romance de Raymond Chandler, ”The Blue Dahlia”, que retratava uma estória de assassinato e mistério; e fora filmado em Los Angeles no verão de 1946.


A “contribuição” da imprensa aparentemente prejudicou muito o curso da investigação, uma vez que logo após ser noticiada a morte da jovem, com informações muito detalhadas a respeito do estado do corpo, várias pessoas se entregaram à polícia de Los Angeles alegando serem os verdadeiros assassinos da Dália Negra, confundindo o curso da investigação e obrigando que muitos investigadores gastassem horas averiguando os alegado assassinos, para determinar se eles de fato haviam cometido o crime, ao invés de poderem se dedicar a de fato ir atrás do cruel assassino. Mais de 50 pessoas bateram a porta das autoridades e assumiram a autoria do crime, o trabalho dos investigadores quase se inverteu, deixando de procurar provas que incriminassem determinado suspeito para procurar provas que inocentassem o suposto assassino réu confesso!

O caso do assassino do batom vermelho

Ainda utilizando a parceria da imprensa, o LAPD (Los Angeles Police Departament) resolveu mudar de tática e aceitar um dos confessores, Joseph Dumais, deixando publicar que o caso estava resolvido, mesmo tendo provas que Dumais não era o criminoso, apenas um desequilibrado. A tática consistia em utilizar o egocentrismo do assassino contra ele mesmo e forçá-lo a se entregar. A polícia acreditava que, sendo outra pessoa reconhecida como o autor deste crime notório, o assassino se sentiria roubado em sua fama e daria um novo passo se entregando ou cometendo algum erro que o denunciaria. A forma como o sujeito foi meticuloso no ato de dar fim a vida de Elizabeth, levou a polícia a acreditar que o maníaco teria seu orgulho ferido por outra pessoa levar os créditos pelo seu trabalho, e movido por esse orgulho ferido o assassino poderia cometer algum deslize, e assim ser capturado.

E a polícia estava certa, porém a reação do assassino foi a pior possível.

Além de não se entregar, ou de cometer algum erro estúpido, ele cometeu outro assassinato. A vítima foi Jeanne French, uma aspirante a atriz que ganhara alguma fama em Los Angeles, após um período em que se dedicou a carreira de atriz ela havia trabalhado como enfermeira e fora uma das primeiras mulheres a adquirir o brevê de piloto nos Estados Unidos. Seu corpo foi encontrado nu no dia 10 de fevereiro de 1947 (apenas dois dias após ter sido noticiado a prisão de Joseph Dumais e o falso fim do caso Dália Negra) em um lote vazio na Grandview Avenue, cerca de 7 milhas de onde fora encontrado o corpo de Elizabeth Short. Em seu corpo fora escrito com batom vermelho FUCK YOU e assinado B.D. (Black Dahlia).


Jeanne sofrera vários golpes no tórax, rosto e cabeça e teve sua boca cortada à semelhança de Elizabeth Short. A causa mortis foi determinada como resultado da perfuração do coração por uma das duas costelas quebradas pelos golpes. Logo após este crime, e fracassada a tática da polícia, Dumais foi solto e considerado apenas um desequilibrado. A imprensa se apressou em apelidar o caso de Assassino do Batom Vermelho.

A autoria deste crime foi, inicialmente, ligado ao Caso Dália Negra, contudo a falta de provas fez com que os crimes fossem tratados separadamente e continuam a compor o rol de Cold Cases do LAPD.

Há quem afirme que o crime do Assassino do Batom Vermelho foi apenas uma cópia do assassinato da Dália Negra. Segundo essa vertente, uma das pessoas que havia se entregado como possível autor do crime de Dália Negra poderia ter sido o autor desse segundo crime.

Algumas fontes afirmam que o Assassino do batom Vermelho já havia cometido um crime antes da morte de Dália Negra. Segundo essa versão, a vítima teria sido uma menina de 6 anos de idade que teve o corpo desmembrado de maneira semelhante ao que aconteceu com Elizabeth Short. Willian Heirens, acusado de ser o assassino do batom está preso e cumpre pena até hoje.

Willian Heirens
Muita coisa se falou e se investigou sobre o caso Dália Negra, contudo nunca se ultrapassou a barreira de uma simples coletânea de indícios circunstanciais. O primeiro investigador designado para chefiar o caso, Harry Hansen, aposentou-se vinte e três anos depois sem esconder a sua frustração com o caso não resolvido. Outros investigadores que o sucederam, da mesma forma, se aposentaram sem qualquer progresso.

Os suspeitos

Embora a polícia tenha tido grande trabalho com os falsos assassinos que apareceram, os investigadores chegaram a elaborar uma lista com possíveis suspeitos.

Robert Manley

Foi o ultimo a vê-la com vida, tornando-se o principal suspeito. Possuía histórico de transtorno mental. Foi liberado após passar no teste do detector de mentiras e apresentar um álibi sólido. Em 1958 foi internado num sanatório, após afirmar que ouvia vozes.


Mark Hansen

Dono de uma boate chamada Florentine Gardem, onde Elizabeth ficou hospedada por um tempo. Tornou-se suspeito após o assassino enviar para os jornais um pacote contendo a agenda pertencente a Elizabeth, com o nome de seus admiradores, sendo que seu nome estava em grande destaque, na verdade o caderno pertencia a Hansen, que o havia dado de presente a Short.


O Assassino do Torso De Cleveland

Na época do crime, muitas pessoas, inclusive policiais envolvidos na investigação associavam o assassinato de Short com uma série de horríveis assassinatos ocorridos no final da década de 30 em Cleveland, Ohio, por sua incrível semelhança na assinatura desses assassinatos com as lacerações provocadas no corpo de Short. Jack Anderson Wilson, o principal suspeito de ser o assassino morreu em um misterioso incêndio em 1982. Muitas pessoas acreditam até hoje que ele foi o assassino de Elizabeth Short.


Cleo Short

O próprio pai de Elizabeth foi considerado um suspeito. Em 1944 ele enviou uma quantia em dinheiro para que Elizabeth fosse morar com ele na Califórnia, porém após algumas brigas a moça decidiu ir para Camp Cooke onde começou a trabalhar. Por conta de sua beleza deslumbrante foi carinhosamente apelidada de Cutie Camp.


George Hodel

Acusado de molestar sua filha em 1949, por ser médico especializado em doenças sexualmente transmissíveis foi considerado suspeito. Foi posto sob vigilância, inclusive colocaram câmeras escondidas em sua residência.


Leslie Dillon

Um aspirante a escritor que trabalhava em um hotel, conhecia Elizabeth, e após ler sobre o assassinatos nos jornais entrou em contato com a polícia para denunciar um tal de Jeff Connors. Resultado, Leslie foi preso sob suspeita de ser o próprio assassino. Foi conduzido até um hotel pelos policiais e lá permaneceu até que confessasse tudo, sem direito a um advogado. Suspeitavam que ele havia inventado Jeff Connors para se livrar da culpa pelo homicídio. Dillon só conseguiu sair desse apuro após jogar um bilhete por uma janela explicando sua situação, no que um morador de rua apanhou o bilhete e contatou imediatamente a polícia. O episódio resultou em um enorme embaraço e tiveram que pagar uma indenização a Dillon, visto que Connors realmente existia. A partir de então uma forte investigação teve início embasada na ligação do crime com corrupção policial.


George Knowlton

Foi denunciado pela própria filha por ser o assassino de Short. Em seu livro, Janice afirma ter presenciado o assassinato de Short. Segundo a moça, seu pai teve um breve relacionamento com Elizabeth Short. Janice afirma que Short ficou trancafiada na garagem de sua casa, onde foi submetida a um aborto, e assassinada posteriormente. O detetive John P. St. John afirmou que não foi encontrada nenhuma evidência que ligasse George ao crime. “Existem muitas pessoas culpando seus próprios pais pelo crime, mas até agora nada foi comprovado.” Disse o detetive na época, no entanto o departamento de polícia de LA acreditou na moça, e promoveu uma escavação ao redor da propriedade dos Knowlton. Não encontraram nada.

Patrick S. O'Railly

Um médico com histórico de violência sexual. Havia cumprido pena por assalto a mão armada e por espancar sua secretária quase até a morte. O'Reilly era amigo próximo de Mark Hansen, dono da boate Florentine Garden.

Inclusive o diretor de cinema Orson Wells foi considerado um suspeito. Em 1999 Mary Pacios, antiga vizinha da família Short, escreveu em seu livro de uma forma um tanto conspiratória que a cena dos espelhos no filme A Dama de Xangai, protagonizado por Rita Hayworth e dirigido por Wells continham manequins que apresentavam certas semelhanças com o cadáver de Short, além de uma suposta correspondência enviada por Short a sua irmã, Virginia onde dizia que havia sido convidada por Wells para participar de um teste. Outra evidência apontada por Pacios era de que Wells conhecia o local do crime.

Um caso sem solução

Em 1950 o caso foi considerado sem solução, permanecendo aberto até hoje. Depois de muitos anos ainda especula-se muito a respeito dos vários suspeitos da época e os que surgiram anos após o crime.

Novas revelações sobre o caso

Muitos anos após, e estando quase esquecido o crime, um detetive aposentado do LAPD, chamado Steve Hodel lançou novas luzes sobre o caso. Em 1999, após a morte de seu pai George Hodel (ele foi considerado um dos suspeitos como vimos acima), encontrou um intrigante álbum de família composto por fotos de pessoas que aparentemente significavam muito para ele e que guardara com muito cuidado durante várias décadas. As pessoas que apareciam nas poucas fotos eram duas de suas ex-esposas, alguns de seus filhos, a nora (do primeiro casamento de Steve) e, curiosamente, duas fotos de Elizabeth Short, aparentemente pouco tempo antes do assassinato. Em uma destas fotos, Elizabeth Short aparentemente estava nua (a foto fora recortada para ficar do mesmo tamanho das demais e mostrava apenas seu rosto e parte dos ombros nus).

Desde este momento Steve iniciou um intenso trabalho de investigação sobre seu pai, George Hodel, o qual praticamente desconhecia, pois o estilo de vida e a postura distante da família que assumira durante toda a sua vida formava uma verdadeira muralha em volta de seu caráter e de seus atos durante toda a sua vida. Suas descobertas foram assustadoras, revelando George Hodel como um homem excêntrico, de extrema inteligência e capaz de realizar atos dos mais brutais já imaginados. As diversas ligações de George Hodel com o caso (embora circunstanciais) parecem não deixar dúvidas de que ele foi realmente o autor deste bárbaro crime, além de muitos outros. No entanto viveu livre e confortavelmente até os últimos de seus dias com mais de 91 anos.

Desvendar George Hodel foi uma tarefa que demandou muitos anos de investigação de seu filho Steve Hodel. O resultado de suas pesquisas foram inicialmente divulgadas no seu livro “The Black Dahlia Avenger”, lançado em 2003 nos Estados Unidos.

Quem de fato era Hodel?

George Hill Hodel Jr., filho de imigrantes russos, nasceu em Los Angeles em 1907. Seus pais se preocuparam muito com sua formação intelectual e educação formal. Aos 9 anos de idade já era um exímio pianista e fora escolhido para dar um recital para a comissão belga que fora aos Estados Unidos para as celebrações aos franceses. Seu QI excepcional, 186, situava-se um ponto acima do de Albert Einstein, o que lhe rendeu vários anos no programa de pesquisa de QI do Dr. Lewis Terman.


Em 1923, com apenas 15 anos, ingressou no Califórnia Institute of Technology em Pasadena. Porém, sua prodigiosa carreira como engenheiro químico foi interrompida pela sua expulsão resultante de sua tendência para o lado obscuro da vida (as razões são incertas, informa-se que foi por motivo de ter engravidado a esposa de um membro da faculdade ou por jogar poker, jogo proibido).

Trabalhou inicialmente como motorista de taxi e em outros pequenos empregos. Trabalhou também como jornalista, porém em 1928 ingressou no programa médico da University of California em Berkeley, onde se graduou em 1932. Por volta desta época, estava casado com Emilia, sua primeira esposa, e já tinha um filho chamado Duncan, quando então conheceu Dorothy Anthony. Seu poder persuasivo convenceu as duas mulheres em reunir todos numa única família. Dorothy deu à luz uma filha, Tamar.

Clique AQUI para ter acesso a mais imagens e dados sobre o  O caso Dália Negra!!


Por volta de 1939, estava trabalhando no L. A. Country Health Department, já desvencilhado de Emilia e Dorothy, passou a viver com outra Dorothy, Dorothy Huston, a quem chamava de Dorero para que seus amigos não confundissem com sua esposa anterior. Desta união nasceu Steve e outros dois irmãos. Futuramente se casaria com June, sua última esposa.

Em 1945 foi admitido na UNRRA (United Nations Relief and Rehabilitation Administration), indo trabalhar, no início de 1946, na China. Lá, embora fosse civil, possuía o posto honorário e as honras de general de três estrelas. Retornou a Los Angeles em setembro de 1946.

Algumas de suas amizades demonstram bem o seu estilo de vida. Sua grande vocação para fotografia o aproximou do famoso artista surrealista Man Ray, o qual mantinha contato muito próximo, com prolongadas reuniões noturnas regadas a whisky e a entorpecentes, como cocaína. O próprio George Hodel pousou para várias fotos de Man Ray.

Em 1949, apenas dois anos após o assassinato da Dália Negra, George Hodel foi preso por estuprar sua filha, Tamar, de apenas 14 anos.

Tamar contou à polícia que George a drogou e a obrigou a fazer sexo oral com Fred Sexton que, em seguida, copulou com ela; tudo na presença de George e mais duas mulheres. Da mesma forma, após Sexton, George Hodel também a obrigou a fazer sexo oral e copular com ele. Ainda contou que, na sequência, uma das mulheres fez sexo oral com a garota. Tamar também contou que meses antes fizera um aborto patrocinado por seu pai George Hodel.

Durante o julgamento, Fred Sexton admitiu ter feito sexo com Tamar, também uma das mulheres que os acompanhavam admitiu ter feito sexo oral na garota.

O processo que fora um grande escândalo em Hollywood, e figurava como uma condenação certa por incesto, sofreu um grande revés. George Hodel ao testemunhar convenceu a todos de que era apenas uma sessão de hipnose onde nada de mais acontecera; que Tamar era uma mentirosa compulsiva e seu lugar não era perante o júri e sim numa clínica psiquiátrica; além de afirmar que as testemunhas que admitiram o caso o fizeram apenas porque lhes haviam oferecido um acordo para prendê-lo (o acordo com a justiça realmente existia, embora fosse para confessarem e não mentir). O final foi a absolvição de Hodel e a completa desmoralização de Tamar.

Décadas depois, a filha de Fred Sexton afirmou a Steve Hodel que sabia que Tamar não estava mentindo pois seu pai a violentara diversas vezes entre os 8 e 14 anos de idade.

Dália Negra na cultura popular

Muitos pesquisadores se dedicaram anos a fio para reconstruir a história do assassinato de Elizabeth Short e desvendar o caso “Dália Negra”. Cada trabalho publicado colocou mais alguns tijolos nesta obra macabra da humanidade. Alguns destes fazem o deleite daqueles que já se tornaram aficionados pelo caso e valem ser lidos. Como falamos no início, é muito difícil conhecer um pouco da história deste assassinato e não querer saber mais.




Em 2006 foi lançado o filme The Black Dahlia. Dirigido por Brian De Palma, ele conta a história do famoso assassinato de Elizabeth Short em Los Angeles, também conhecida na época sobre o apelido de Dália Negra. O filme é uma adaptação do romance do escritor James Ellroy lançado em 1987.







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Polícia da Malásia localiza 139 covas de vítimas do tráfico de seres humanos

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As autoridades da Malásia acreditam que 139 corpos estão sepultados nas fossas encontradas em acampamentos na fronteira com a Tailândia e utilizados por traficantes de seres humanos. "Levando em consideração o tamanho das fossas e depois de ter trabalhado na região temos uma imagem mais clara, segundo a qual cada fossa corresponde a uma pessoa", disse o vice-ministro do Interior, Wan Junaidi Tuanku Jaafar.

Ao ser questionado pela AFP se acredita que 139 cadáveres estão sepultados, já que foram encontradas 139 fossas, o vice-ministro respondeu de maneira afirmativa.

Segundo a investigação preliminar, os corpos estavam envolvidos em um lençol branco, seguindo a tradição islâmica.


Na segunda-feira (25-05-14), a polícia anunciou ter encontrado em uma zona remota do norte do país 139 fossas e 28 acampamentos, que pareciam ter sido abandonados pouco tempo antes.

Após a descoberta, Bangcoc decidiu atuar de maneira mais rígida contra o tráfico de imigrantes.



Pressionados, os traficantes passaram a abandonar milhares de imigrantes em alto-mar.

Depois de rejeitar, em um primeiro momento, a entrada dos imigrantes, Malásia e Indonésia aceitaram dar abrigo temporário às pessoas afetadas.

A polícia malaia anunciou a detenção desde o início do ano de 37 suspeitos de tráfico de seres humanos.

Na Terça Feira (26-05), as equipes forenses da polícia da Malásia começaram a retirar os restos de dezenas de vítimas encontradas no local.



O que restou do acampamento, aparentemente abandonado às pressas, é pouco mais que um emaranhado de bambu e lona, ​​mas um oficial da polícia, que não quis ser identificado, disse que o local poderia ter abrigado até 400 pessoas. O primeiro corpo foi removido nesta terça à tarde (horário local), disse uma testemunha à Reuters. Muhammad Bahar, da polícia do Estado de Perils, afirmou que não poderia confirmar o estado do corpo ou quanto tempo havia permanecido ali, mas acrescentou que a sepultura poderia conter mais corpos.

O Tráfico de seres humanos na região

A atual crise dos migrantes explodiu no início de maio, quando a Tailândia descobriu no sul de seu território, no meio da selva, campos de imigrantes e fossas.

As densas florestas do sul da Tailândia e do norte da Malásia têm sido um importante ponto de parada de traficantes que levam pessoas para o Sudeste Asiático por barco, a partir de Mianmar, na maioria muçulmanos da etnia Rohingya que dizem estar fugindo de perseguição e cidadãos de Bangladesh.

O amigo Rusmea escreveu uma matéria (link abaixo) muito interessante falando justamente dos Rohingyas, no qual ele explica o motivo desse povo ser tão perseguido.

Não deixe de ler: Rohingyas - O Povo que Ninguém Quer.


O tráfico de seres humanos continua sendo um problema muito sério nos países do Sudeste Asiático. As redes criminosas se estendem do oeste da Birmânia, atravessando as zonas costeiras de Bangladesh, até as costas meridionais da Tailândia. Segundo o método utilizado pelos traficantes, o dinheiro dos emigrados é exigido na chegada do país de destino, frequentemente na Malásia, onde a maior parte dos rohingya, a minoria muçulmana perseguida da Birmânia, e dos bengaleses que fogem da miséria, esperam encontrar refúgio. Através das transferências ou dos sequestros, na Tailândia os traficantes recolhem os frutos de seu trabalho.

Segundo os grupos de defesa dos Direitos Humanos, já no sul do país os emigrantes ficam presos na floresta à espera de que amigos ou familiares paguem entre $2.000 e $3.000 para serem libertados. Outros são vendidos às fábricas da Malásia. Segundo Freeland, una ong que ajuda a polícia tailandesa a investigar os grupos criminosos, uma embarcação com 400 pessoas a bordo representa um lucro de $800.000. No início do mês de maio, a Tailândia lançou uma série de operações no sul do país, em plena floresta, contra os campos de trânsito utilizados pelos traficantes, onde foram descobertas várias valas comuns. A nova política de Bangcoc provocou uma reação em cadeia e os traficantes fugiram, deixando centenas de migrantes no mar ou nos campos em plena floresta. “A maior parte dos traficantes da Birmânia e Malásia declara que os chefes tailandeses são os que mais ganham com esses tráficos”, disse um membro da ong Fortify. Obrigados pelo desemprego, pela pobreza e pelo desespero, muitos Rohingya também estão envolvidos nas redes dos traficantes.

Acusações contra as autoridades

Abu Bakar não respondeu ao ser questionado como a rede de campos poderia existir sem o conhecimento das autoridades malaias. Também não respondeu se suspeitava da cumplicidade de funcionários corruptos.


Em nota o governo malaio informou que está investigando se funcionários locais do serviço de florestas estão envolvidos com as quadrilhas de contrabando de pessoas.

Várias organizações de defesa dos direitos humanos acusaram as autoridades do país de não adotar as medidas necessárias para deter o tráfico de seres humanos.

"Tenho certeza de que as autoridades da fronteira sabem o que acontece e quem são os criminosos. Devem responder sobre o que acontece e no mais alto nível", disse Aegile Fernandez, da associação de defesa dos direitos dos migrantes Tenaganita.

"A questão é saber se têm a vontade de deter os grupos criminosos", afirmou.

Segundo a polícia, o governo realiza necropsias. Um corpo estava com alto nível de decomposição.

Repressão de traficantes na Tailândia

Após a descoberta das primeiras fossas no início do mês, a Tailândia iniciou uma operação de repressão dos traficantes, que ao que parece abandonaram as embarcações no mar e deixaram centenas de migrantes à deriva, o que provocou o caos na região.

Malásia, Indonésia e Tailândia se recusaram a receber os migrantes em um primeiro momento, mas os dois primeiros países acabaram por ceder à pressão internacional e passaram a oferecer abrigo temporário.

A Tailândia anunciou nesta segunda-feira que enviará um porta-helicópteros para ajudar os migrantes no mar.

O general Prayut Chan-O-Cha, chefe da junta militar tailandesa, disse a jornalistas que o navio vai ser utilizado "como uma base flutuante, com médicos a bordo" e que, caso encontre embarcações, os passageiros serão levados para o porta-helicópteros, antes de serem transferidos para acampamentos temporários na Malásia e na Indonésia.

"Os feridos e doentes poderão ser tratados em hospitais na Tailândia, mas correrão o risco de ser processados por imigração ilegal", disse ele.

A ONU calcula que 2.000 pessoas permanecem à deriva no mar, em um momento crítico, a poucas semanas do início da temporada de chuvas de monção.

Nas últimas duas semanas, mais de 3.500 pessoas chegaram às costas da Indonésia, Tailândia e Malásia.



Fontes: G1 e Ansa Brasil

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Crianças alegam mal estar após desafio "Charlie Charlie" no Amazonas

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O suposto ritual de invocação de espíritos Charlie Charlie Challenge causou tumulto na Escola de Tempo Integral José Carlos Mestrinho, localizada na Zona Sul de Manaus, na quarta-feira (27-05-15). Segundo testemunhas estudantes passaram mal após a brincadeira "Charlie Charlie". Na quinta-feira (28), a direção da unidade convocou uma reunião com pais de alunos e com o Conselho Tutelar da área.

A Secretaria de Estado de Educação do Amazonas (Seduc) informou que ao menos quatro unidades da capital registraram confusão em razão da brincadeira.

Charlie Charlie Challenge

O ritual "Charlie Charlie" envolve colocar dois lápis um em cima do outro em forma de cruz, e escrever as palavras "sim" e "não" nos quadrados formados por eles. O invocador deve então perguntar "Charlie Charlie, você está aí?". Se um dos lápis se mover para a palavra "sim", o espírito estará presente.


O assunto se tornou uma febre nos últimos dias, e apesar de muitas já haverem muitas matérias na internet contradizendo a suposta lenda em torno da brincadeira, o assunto continua gerando polêmica e até histeria em alguns casos.

Leia Mais: Desafio Charlie Charlie: A brincadeira das redes sociais que pode invocar demônios


O incidente

Imagens que teriam sido registradas no momento da confusão mostram estudantes sendo socorridos. Uma aluna é retirada de uma das salas. Ela é levada em uma maca e uma outra é carregada por um homem. "Ela estava delirando, não falando 'coisa com coisa', falando que não era pra deixar ninguém levar ela (sic)", disse Magrizaira Raitz, mãe de um dos alunos da escola.

Os estudantes disseram que alguns professores chegaram a pedir que a brincadeira parasse. À Rede Amazônica, familiares de alunos disseram que os jovens estão traumatizados e que não querem mais ir para a escola.

Relatos apontam que houve confusão nos corredores da escola, situada no bairro Crespo.

"Ontem (quarta feira dia 27), uma menina do 8º ano começou com a brincadeira do 'Charlie'. Uma menina disse que viu o 'demônio', e outra começou a ver e espalhar para escola toda. As meninas começaram a desmaiar, ter convulsões, os pequenos do 1º ao 6º ano começaram a se enforcar a se bater", disse uma das alunas da escola. Ela não quis ser identificada.

A avó de alunos que estudam na unidade afirmou que os netos relataram situação de caos. "Tinha bastante criança jogada no chão sem saber o que estava acontecendo", afirmou. "Meus netos chegaram contando que uma garota que estava com o lápis chamando pelo nome de um espírito que já morreu, e aí começaram a 'pegar' espírito", acrescentou a avó, que também não quis ser identificada.

Nesta sexta-feira (28), um aviso no portão da escola informava sobre uma reunião com pais. A reportagem não teve acesso ao encontro. A mãe de uma estudante que participou da reunião disse ao G1 que a direção da escola irá apurar o caso e identificará alunos envolvidos na confusão.

"O que a diretora da escola falou foi que era proibido a entrada de celular na escola, que isso não foi de responsabilidade deles e sim das crianças que entraram com o celular e estavam vendo os vídeos e que eles iam tomar providencias sobre essa criança que fez essa brincadeira. Falaram que eles não podiam realmente ter liberado as crianças ontem do jeito que ele estavam, desesperados, devido ao monte de criança desmaiada, vomitando", relatou a mãe, que não quis ser identificada.


O Conselho Tutelar da área também participou da reunião. "A gente vai primeiro ver o que realmente aconteceu para dar os encaminhamentos devidos", disse a conselheira Maria Dalva Guimarães.

A Secretaria de Estado de Educação do Amazonas informou, por meio de nota, que as ocorrências estão sendo acompanhadas pelas Coordenadorias Distritais de Educação. "As escolas com casos recentemente notificados foram instruídas a dialogar com os pais de modo a fazer cumprir os regimentos internos escolares", diz.

Clique AQUI e assista a reportagem a respeito do caso.

Fonte: G1

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Maníacos de Dnepropetrovsk (3 guys and 1 hammer)

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Nos meses de junho e julho de 2007, uma série de assassinatos brutais foram cometidos na cidade de Dnepropetrovsk, Ucrânia, e ganharam notoriedade por todo o mundo depois que uma filmagem feita por um dos assassinos com seu celular, e que mostrava um dos assassinatos cometidos pelos maníacos, acabou indo parar na internet. O vídeo acabou se tornando conhecido como Three guys and one hammer (alusão ao filme pornográfico e extremamente nojento Two Girls and one Cup).

Os Crimes

Na noite de 25 de junho de 2007 Ekaterina Ilchenko voltava para a casa depois de passar a tarde na casa de uma amiga. As duas conversaram e tomaram chá. Dois rapazes, Viktor Sayenko e Igor Suprunyuck atacaram-na com um martelo. Ilchenko recebeu uma martelada do lado da cabeça. Seu corpo foi encontrado pela mãe, de madrugada.

Por volta de uma hora após o primeiro assassinato, Sayenko e Suprunyuck fizeram uma nova vítima, desta vez foi Roman Tatarevich, um morador de rua que dormia a poucas quadras do local onde Ekaterina foi morta. Roaman foi atacado com tanta ferocidade, que seu rosto ficou totalmente irreconhecível.

Em primeiro de julho, na cidade de Novomoskovsk, duas pessoas apareceram mortas. Os crimes tinham características semelhantes com os praticados em Dnepropetrovsk.

Na noite de 6 de julho, uma sexta feira, o recruta do exercito Egor Nechvoloda foi atacado enquanto voltava de uma danceteria, ele foi espancado até a morte. Seu corpo foi encontrado no dia seguinte, em Bohdan Khmelnytsky Street, próxima a sua residência.

Suprunyuck pousando para foto com martelo
A guarda noturna Elena Shram, de 28 anos de idade, também foi assassinada. Ela foi golpeada na cabeça enquanto se aproximava de Sayenko e Suprunyuck. Sayenko golpeou-a usando um martelo que trazia escondido por debaixo da blusa. Após a queda da moça, os dois a espancaram brutalmente. Sayenko apanhou a sacola em que Elena carregava roupas e limpou o sangue do martelo. A dupla ainda fez mais uma vítima naquela noite: Valentina Hanzha foi assassinada enquanto voltava para casa. Valentina era casada com um deficiente e tinha três filhos.

No dia seguinte, dois meninos de 14 anos de idade, Andrei Sidyuck e Vadim Lyakhov, que moravam em Podgorodnoye, um vilarejo próximo Dnepropetrovsk foram atacados enquanto iam pescar. Vadim conseguiu fugir, porém Andrei não teve essa sorte.

Em 12 de julho, a vítima foi Sergei Yatzenko, que desapareceu enquanto andava de motocicleta. O corpo de Sergei foi encontrado em um matagal, com sinais de selvageria. Foi o assassinato de Sergei que foi filmado e acabou caindo na internet.



A crueldade dos ataques

Foram muitos os ataques realizados pelos maníacos de Dnepropetrovsk. Todas as vítimas foram mortas em atos de extrema violência, muitas delas acabaram ficando irreconhecíveis. Algumas das vítimas tiveram os olhos arrancados ainda em vida. Houve também o relato de uma mulher grávida que teve o feto arrancado de seu ventre. Não havia evidencia de ataque sexual nos corpos, mas pertences das vítimas eram frequentemente roubados.

Investigações

Apesar dos vários ataques em sequência, e todos com características muito semelhantes, até o dia 7 de julho, a polícia não havia feito nenhuma ligação entre os assassinatos, considerando cada um deles como casos isolados. Como muitas das vítimas tiveram pertences roubados, os investigadores chegaram a cogitar que a ação tinha apenas motivação financeira.


Lyakhov, o garoto que conseguiu fugir da dupla de assassinos quando eles atacaram ele e seu amigo Sidyuck, acabou sendo preso pela polícia que suspeitava que ele fosse o assassino de Sidyuck. Segundo o próprio Lyakhov alegou mais tarde, ele chegou a ser torturado pela polícia, que buscava dele uma confissão para a morte do amigo. Para a sorte de Sidyuck, os investigadores passaram a cogitar que os vários ataque realizados nas redondezas estavam relacionados, e acabaram descartando a possibilidade de que ele tenha assassinado o amigo quando iam pescar. Lyakhov ajudou a polícia fazendo um retrato falado dos agressores.

Em 14 de julho, Natalia Mamarchuk, de 45 anos, estava caminhando em uma rua arborizada, na região de Diyovka, vila vizinha de Dnepropetrovsk, quando foi atacada pela dupla. Vizinhos presenciaram o ataque e tentaram, sem sucesso, perseguir os agressores. A polícia foi até o local e colheu depoimentos das pessoas que presenciaram o ataque. Uma força tarefa, sobre o comando de Vasily Paskalov, foi criada para deter os agressores. A investigarão decorreu em sigilo e nenhum aviso foi dado aos moradores das localidades, mas a população alarmada por rumores, evitava sair durante a noite, horário em que a maioria dos ataques ocorreram.

Prisão e julgamento dos maníacos de Dnepropetrovsk

Suprunyuck e Sayenko foram presos em 15 de julho, no interior de uma loja de penhores, quando tentavam vender um celular que pertencera a uma das vítimas. Sayenko ligou o aparelho para mostrar que estava funcionando e foi rastreado pela polícia. Um terceiro jovem, Alexander Hanzha, também foi detido. Ele havia fornecido materiais para os crimes, além de ser acusado de assalto a mão armada, em um incidente em Dniprodzerzhynsk.


Depois da detenção os policiais logo descobriram que aos 17 anos de idade, Suprunyuck espancou um garoto e roubou sua bicicleta, ele a vendeu para Sayenko. Ambos foram presos, mas não foram para a cadeia devido à sua idade.

Ao serem interrogados pelos policiais a respeito de onde haviam conseguido o celular que tentavam vender, os três confessaram rapidamente os crimes.

O julgamento, presidido por Ivan Senchenko, começou em junho de 2008, Suprunyuck declarou-se inocente dos crimes. A promotoria apresentou como provas as marcas de sangue em algumas peças de roupas do assassino e o vídeo gravado por Suprumyuck, a defesa negou que os dois eram autores do vídeo e afirmou que as investigações não foram devidas. Sayenko afirmou ter medo de Suprunyuck, devido há ameaças sofridas na época do colégio.

Apesar dos muitos vídeos e fotos, onde os jovens torturavam animais e do vídeo onde Sergei Yatzenko era assassinado com grandes doses de crueldade, as famílias insistem que eles eram completamente inocentes. Eles dizem terem sido enquadrados em uma conspiração para proteger os verdadeiros assassinos: pessoas poderosas que estão acima da lei.

Suprunyuck recebeu pena de prisão perpétua por 21 homicídios e 8 tentativas de homicídios, Sayenko recebeu pena de prisão perpétua por 18 homicídios, 5 roubos e por dezenas de atos cruéis contra animais. Hanza recebeu pena de 15 anos de trabalho forçado.

As possíveis motivações para os maníacos

Os três jovens se conheceram na oitava série. Eles afirmaram que todos sofriam de fobias - Suprunyuck e Sayenko temia alturas, e Hanzha sangue, e todos eles tinham medo de ser espancados por valentões - e como forma de terapia resolveram caçar animais pela vizinhança. Esses animais eram torturados e mortos. Durante o julgamento a promotoria apresentou ao tribunal várias fotos de cães e gatos pendurados em árvores. As fotografias haviam sido registradas pelos próprios delinquentes. Em uma dessas imagens Suprunyuck aparecia usando um bigode postiço semelhante ao bigode de Hilter, o que levou muita gente a considerar a ligação dos jovens com grupos nazistas.





A imprensa local afirmou que os assassinatos tinham motivação financeira. Segundo investigações da imprensa, Suprunyuck teria feito contato com o dono de um Website, que pagaria aos jovens uma quantia generosa de dinheiro por vídeo de assassinatos. A namorada de um dos suspeitos informou que eles estavam planejando fazer vídeos de quarenta assassinatos. Esse fato foi confirmado por um antigo colega dos suspeitos, pois muitas vezes, ele ouviu o Suprunyuck entrar em contato com um desconhecido "operador de um site rico estrangeiro" que ordenou quarenta vídeos de mortes e pagaria uma grande quantidade de dinheiro caso fossem feitas.

Apesar do chefe de polícia, Ivan Stupak, desmentir essa informação disseminada pela imprensa,esse fato acabou reacendendo os debates a respeito da existência de uma rede de sites na Deep Web destinados a comercializar Snuff Movies (clique AQUI para conhecer mais sobre o assunto). Segundo Ivan Stupak, não havia nenhuma evidência concreta a respeito dessas alegações, e ele acreditava que os crimes não tinham motivação financeira, pois os envolvidos eram pessoas de famílias de boa renda.

O detetive Bogdan Vlasenko declarou que os três fizeram isso por hobby. No julgamento, verificou-se que Suprunyuck guardava recortes de jornais sobre o caso.

O vídeo 3 guys and 1 hammer

Em outras postagens onde o caso dos maníacos de Dnepropetrovsk foi mencionado, muitos foram os leitores e leitoras que solicitaram links para o vídeo 3 guys and 1 hammer. O blog Noite Sinistra não costuma trazer postagens com conteúdos de violência explícita, porém disponibilizo mais abaixo um link onde os amigos e amigas interessados poderão assistir ao vídeo 3 guys and 1 hammer.


Fonte: Wikipédia e Famigerados

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Charlie Charlie Challenge é ação de marketing para o filme de terror

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O Desafio Charlie Charlie (Charlie Chalie Challenge, em inglês), a suposta brincadeira "sobrenatural" que tomou de assalto a internet nos últimos dias, pode tratar-se de uma criativa ação de marketing para o filme de terror "The Gallows" ("A Forca", por aqui), com previsão de estreia para o dia 17 de julho.

No filme, um grupo de jovens pretende encenar uma peça escolar, mas são assombrados pelo espírito de um ator que morreu vinte anos antes enquanto encenava a mesma peça, no mesmo palco — seu nome? Charlie.

A brincadeira que se viralizou pela internet, clique AQUI para ler sobre, consiste em colocar duas canetas em cruz, equilibradas uma sobre a outra, perguntar "Charlie, Charlie você está aí?", e observar a manifestação do suposto espírito mover os objetos. Em apenas 48h, a hashtag #CharlieCharlieChallenge foi mencionada por mais de 2 milhões de usuários no Twitter.

Um vídeo mostrando uma brincadeira semelhante foi publicado no perfil da produtora Blumhouse Productions, responsável pelo filme, no dia 26 de maio.

Enquanto rumores na web dão conta de que o Charlie que move objetos seria um demônio mexicano, veículos como os britânicos BBC e Telegraph investigaram a questão, desmistificaram esta teoria e sugerem uma explicação mais plausível para o movimento das canetas: gravidade, o equilíbrio entre eles e correntes de ar.

Ainda hoje de manhã uma noticia havia sido veiculada aqui no blog Noite Sinistra falando de uma caso de histeria coletiva que aconteceu no estado do Amazonas, quando alunos de uma escola alagaram passar mal após fazerem a brincadeira Charlie Charlie (clique AQUI para ler).



Fonte: O Globo

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Links Sinistros 141

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Saudações galera atormentada. Abaixo vocês poderão conferir os links sinistros dessa semana. Lembrando, basta clicar na imagem, ou no título da postagem, para acessar o link desejado.

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Filho concreta corpo da mãe dentro de apartamento no RS

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A 5ª Delegacia de Homicídios de Porto Alegre investigava o desaparecimento da idosa Vilma Jardim, 76 anos, desde o dia das mães deste ano, quando foi registrada ocorrência. Nesta sexta-feira (29-05-15), os agentes desvendaram o caso e descobriram que houve um assassinato.

A vítima foi morta dentro de casa e o principal suspeito é o próprio filho, Ricardo Jardim, 56 anos, que foi preso em flagrante por porte ilegal de arma, mas também vai ser pedida prisão dele por homicídio. Além disso, ele teria mandado fazer um móvel sob medida para colocar o corpo da vítima e depois, segundo apuração policial, concretou com cimento cola.

O Crime

A delegada Jeiselaure de Souza destaca que o corpo de Vilma foi localizado no apartamento dela, na Rua Anita Garibaldi, no Bairro Mont Serrat. No momento da prisão, o filho estava se desfazendo de vários documentos da mãe, inclusive, referentes à agência bancária.


Em um primeiro momento, ele foi ouvido como testemunha e disse que a mãe estava no estado do Paraná. No entanto, familiares desconfiaram do comportamento dele. A polícia voltou a ouvir Ricardo Jardim hoje que acabou confessando que teria cometido o crime devido a brigas e desavenças com ela. No entanto, a delegada conta que havia um seguro de R$ 400 mil em nome da idosa e este fato pode ser um dos motivos do crime.

“Quando ele veio na delegacia para prestar depoimento ele se contradisse muito”, contou a delegada. A partir de então ele passou a ser monitorado por policiais que verificaram que, após o depoimento, ele jogou documentos no lixo, além de indícios de que ele poderia fugir.

Vizinhos contam que, ainda em abril, antes do registro da ocorrência feito por outro filho da vítima, ouviram gritos e vários barulhos no apartamento. Após isso, ele foi visto adquirindo veículos, equipamentos de informática, entre outros. A polícia acredita que ele estava usando dinheiro da conta bancária de Vilma Jardim, já que ainda não havia decisão sobre o pagamento do seguro.

“Nos contaram que ele mudou o padrão de vida e acharam estranho porque ele recebia em torno de R$ 300 por semana”, conta a delegada Jeiselaure.

A polícia ainda não sabe como a vítima foi assassinada, já que o corpo estava em avançado estado de decomposição. Somente com a perícia para saber de que forma a idosa foi morta.

O filho dela, quando foi preso, estava de posse do passaporte, o que indica que poderia estar pensando em fugir do País. Ele está separado da esposa e tem dois filhos. A reportagem solicitou à polícia o telefone do advogado do suspeito e tenta contato para fazer um contraponto.

Fonte: ClicRbs

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Cidade fantasma aparece na China

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Um fenômeno vem intrigando os moradores próximos ao rio Xin’an, nos arredores da cidade chinesa de Huangshan: uma cidade fantasma apareceu no horizonte, logo por cima das nuvens, gerando uma série de teorias e especulações. O fenômeno aconteceu no ano de 2011, mas há relatos de que em 2006 a tal miragem já teria sido observada.

A historia foi vinculada em vários tipos de mídias e a cidade supostamente apareceu na nevoa do rio Xin’an, no leste da China. A imagem parece ser composta de vários arranhas céus, arvores e até uma espécie de castelo estão impressos na nevoa.

“É como uma cena de filme, um pais de contos de fadas.“ disse um dos transeuntes.


Aparentemente há relatos que em 2006 já havia acontecido algo semelhante.

Chamado de “miragem superior”, os cientistas explicam que o fenômeno é criado pelos raios de luzes que refletem os objetos na terra, fazendo parecer que eles flutuam sobre as cidades. Segundo o jornal Daily Mail, esse fenômeno observado em Huangshan é muito raro, sendo necessárias condições de luz e umidade extremamente específicas. Segundo a publicação, a "cidade fantasma" surgiu ao anoitecer, depois de fortes chuvas e condições climáticas muito úmidas.


Obviamente, logo esse efeito chamou a atenção de alguns grupos, que começaram a vincular a dita miragem a fenômenos como vórtices espaço-temporais, multi dimensões, etc. Algumas especulações apontavam inclusive para que a miragem fosse na verdade uma cidade perdida.

Confira mais abaixo dois vídeos sobre o caso. O primeiro vídeo mostra o caso relatado acima. O segundo vídeo mostra um exemplo de "Miragem Superior", que foi registrado em 2012 na Baia de Monterey - Califórnia, EUA.

Vídeo da cidade fantasma da China


Vídeo da Miragem Superior de Monterey


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Encontradas ferramentas anteriores aos primeiros seres humanos

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Um grupo de paleontólogos americanos encontrou em um sítio arqueológico um conjunto de pedras lavradas e que eram utilizadas como ferramentas no período Plioceno, ou seja, há mais de 3,3 milhões de anos. Dado que os primeiros hominídeos, os Homo habilis, apareceram milhares de anos depois, a revelação pressupõe um enigma inquietante: quem criou essas ferramentas?

A descoberta, que ocorreu no sítio arqueológico Lomekwi 3, no Quênia, poderá revolucionar a ciência arqueológica e rescrever a história dos hominídeos. Entre as quase 150 ferramentas encontradas, estão martelos, bigornas e seixos esculpidos, que podem ter sido usados para abrir nozes e tubérculos ou talhar os troncos de árvores caídas.


Os pesquisadores propuseram, em um artigo publicado pela revista Nature, dar o nome de “Lomekwian” a essa produção proto-humana, que é, a partir de então, a mais antiga conhecida – 700 mil anos antes da olduvaiense, a qual acreditavam ser a primeira. Além do recorde de antiguidade, a descoberta provoca grandes interrogações, como quem foram e como eram os autores dessas ferramentas primitivas?

Considerações

Quem acompanha assuntos relacionados a mistérios antigos certamente já deve ter lido a respeito de muitos objetos que parecem estar fora do seu tempo, como ferramentas e implementos que, aparentemente, possuem mais idade do que deveriam, muitas delas sendo anteriores a raça humana. Esse tipo de achado acaba se tornando uma peça muito difícil de encaixar no quebra-cabeça da história, por isso eles motivam a criação de teorias alternativas, como uma tentativa de explicar a sua origem.

Por outro lado uma parte do mundo acadêmico tende a rejeitar o achado, ou a validade dos testes aplicados a ele com a finalidade de descobrir a possível idade do mesmo. Isso quando a hipótese levantada acerca de tal elemento não acaba sendo a de falsificação. As vezes parece haver uma certa acomodação.

Alguns de vocês podem até me chamar de pessimista, mas vejo esse achado feito no Quênia se tornar um dos muitos objetos desse tipo: que despertam a imaginação de pesquisadores e defensores de teorias alternativas, e despertam a ira e acusações de falsidade, por parte dos pesquisadores tradicionais. Acredito que essas pedras acabaram sendo apenas mencionadas em matérias sobre mistérios e que nunca chegue a ser mencionada em livros acadêmicos.

Fonte: The History

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A misteriosa Gruta de Conchas de Margate

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Lá pelos anos de 1835, um trabalhador estava carpindo um campo em Margate, cidade inglesa à beira mar. Após fincar a enxada no chão, ele simplesmente desapareceu: abriu um buraco fundo e caiu em uma estrutura escura. James Newlove, diretor de uma escola próxima, ofereceu seu próprio filho, Joshua, para descer pelo buraco, com uma vela, e investigar a descoberta.

Quando voltou à superfície, Joshua contou que havia encontrado um templo 'mágico', adornado com conchas. Claro, as pessoas não acreditaram nele de imediato. Mas após o buraco ter sido alargado o suficiente para que adultos entrassem por ele, viram que o menino estava certo.

Outras fontes afirmam que: era o Sr. James Newlove que escavava o local. Segundo essa versão ele desejava construir um lago artificial em seu jardim de campo. Enquanto escavava, sua pá desapareceu em uma abertura de baixo de uma placa de pedra. Removendo essa placa ele encontrou o que parecia ser a entrada para uma caverna muito profunda que estava imersa nas trevas. Foi então que ele teve a brilhante ideia de amarrar seu filho e pendurar o garoto gruta adentro.

Exame posterior do lugar revelou que a elaborada obra demandava o uso de 4,6 milhões de conchas revestindo as paredes e estruturas construídas, de pedra. Sâo cerca 190 m² de elaborados mosaicos em um recinto que tem quase 3 metros e meio de altura e e 21 metros de comprimento.


Ali existem um altar, figuras de deuses, deusas e outras imagens, símbolos dispostos ao longo de uma passagem subterrânea sinuosa que termina em uma sala retangular (que chamada de câmara do altar).
Em 1837, a gruta foi aberta para a visitação do público - mas ainda não sabemos muita coisa sobre suas origens.

Mas quem construiu a gruta?

O que torna a gruta de Margate um mistério incomum é que não se sabe praticamente nada a respeito de sua origem. Não se sabe, por exemplo quem o construiu, quando e para qual propósito. Tudo indica que o lugar tenha sido erguido como uma espécie de Templo, mas não há qualquer pista de quais divindades eram veneradas naquelas câmaras profundas alagadas de acordo com a variação da maré. O trabalho de construir e ornamentar toda a caverna deve ter sido monumental, consumindo anos e indicando que um número considerável de pessoas esteve envolvida na tarefa.


A primeira hipótese é que algum ricaço local teria construído a gruta por volta de 1700 - estruturas do tipo não são raras na Europa. Alguém rico poderia ter feito um 'mochilão', conhecido capelas decoradas com conchas e adaptado a criação. Porém a gruta não ficava dentro de um terreno com proprietário fixo e, se tivesse sido construída em 1700, em 1835 as pessoas lembrariam da sua construção através de boatos locais. Histórias seriam contadas. Não era o caso.

Também foi suposto que poderia ser o esconderijo de contrabandistas - mas não há uma rota de fuga da gruta e, honestamente, que criminoso passaria seu tempo decorando um depósito?

Uma das hipóteses mais recentes afirma que os construtores do local teriam sido os cavaleiros templários. Eles poderiam ter construído o local lá por 1100. Os ângulos e a forma com que o sol é projetado pelo domo indicariam a influência. Mas, ainda assim, não há provas conclusivas.

Oitenta por cento das conchas nas paredes são típicas da costa britânica, as outras parecem ter vindo de longe - algumas são típicas da Costa da França e Irlanda e foram colocadas em lugares de destaque como para evidenciar o fato delas terem sido trazidas de regiões distantes. Estudiosos afirmam que na câmara maior existem conchas cor de rosa que são típicas do Caribe e outras que só podem ser encontradas no litoral de Cuba. O fato seria apenas curioso se muitos não tivessem atribuído a construção da gruta a homens pré-históricos ou a pescadores anteriores ao período de ocupação romana nas Ilhas Britânicas, ou seja muitos séculos antes dos primeiros navegadores chegarem a América.


Outra possibilidade, levantada por pesquisadores é que a caverna tenha sido construída por Fenícios. Esse povo que habitava as regiões que hoje conhecemos como Síria e Líbano tiveram seu apogeu entre 1500 e 400 antes de Cristo. Sabemos que os Fenícios eram excelentes navegadores e responsáveis pela criação de um alfabeto complexo. Entretanto, a cidade de Margate se localiza no ponto mais distante de Kent uma região que na época dos Fenícios dificilmente poderia ser atingida através da costa. Além disso, nenhum dos padrões remete a divindades cultuadas por esse povo.


Por que não fazer uma datação de carbono? Muitas conchas precisariam ser removidas, para garantir que são analisadas aquelas da construção original e não aquelas que foram colocadas após inúmeras restaurações.

Fontes: Revista Galileu, Sofá da Sala Notícias e Mundo Tentacular

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Corpo abandonado em armário de estação de trem de Tóquio

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A mala foi deixada em um armário na estação, mas como ninguém foi buscá-la no período de um mês, ela foi aberta pelos funcionários.

Dentro dela, os funcionário encontraram o corpo de uma mulher com idade entre 70 e 90 anos, que media cerca de 1,40 m.

"Havia um odor fora do normal quando abrimos a mala. E então vimos o cabelo", disse um dos funcionários.

"Levamos um susto e ficamos horrorizados", disse Junchi Omoto, porta-voz da empresa JR-East, que controla estações de trens japonesas, ao contar como os funcionários encontraram o corpo da idosa.

Sem pistas

A polícia informou que não havia ferimentos aparentes no corpo da mulher e que ainda não há pistas sobre sua identidade.

O corpo da idosa foi colocado em mala amarela que media 70, por 90, por 25 centímetros.


As investigações sobre o crime estão em curso, com técnicos analisando as gravações das câmeras de segurança para tentar descobrir quem deixou a mala no local.

Pelas normas, malas deixadas por mais de um mês nos armários das estações de trem são retiradas do local e, depois de um tempo, aberta pelos funcionários. A maioria das estações de trens tem armários onde os viajantes podem deixar suas bagagens temporariamente.

Segundo a imprensa japonesa, policiais disseram que a mala foi retirada dos armários da estação de Tóquio em 26 de abril e que ficou na área de bagagem perdidas desde então, até ser aberta neste domingo.

A estação é uma das mais movimentadas do Japão, com cerca de 150 milhões de passageiros por ano.

Fonte: BBC

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Assombrações do Palácio da Liberdade

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Hoje volto a publica uma postagem da série "Histórias e Lendas Brasileiras". O texto abaixo fala de um suposto fantasma que tem assombrado a sede do governo mineiro desde o século 19. Histórias de assombrações são muito comuns em vários pontos do Brasil, mas é interessante quando tal história esteja vinculada a um lugar público.

Inaugurado no mesmo ano da fundação de Belo Horizonte, em 1897, o Palácio da Liberdade é a sede do governo mineiro. Os cômodos luxuosos, com decoração francesa, cristais da Boêmia e painéis milionários, serviram de moradia para os primeiros governadores.

Uma sequência de mortes trágicas em suas dependências levou os políticos a trocarem de residência oficial. Dois governadores morreram dentro do palácio, cumprindo a lenda que dizia que a antiga moradora do terreno iria assombrar os políticos por causa da demolição de seu casebre.


Este é o salão nobre do Palácio da Liberdade, que desde 2010 funciona como museu aberto ao público. Diz a lenda que o fantasma da idosa já matou quatro governadores: Silviano Brandão foi o primeiro, em 1902. Depois foi João Pinheiro (1908). As mortes misteriosas dos governadores Raul Soares (1924) e Olegário Maciel (1933) deram força à lenda.

As escadarias construídas na Bélgica reforçam o clima luxuoso do palácio.


O medo de ser atacado pelo fantasma fez o governador Juscelino Kubitschek mandar construir o Palácio das Mangabeiras para servir como casa oficial. Com medo, Israel Pinheiro chegou a propor a demolição do velho palácio nos anos 1960, mas a ideia não foi para frente.


Tancredo Neves enfrentou o fantasma e retomou a tradição de despachar no Palácio da Liberdade.

Em entrevista em 2002, o ex-presidente Itamar Franco admitiu que percebia as portas rangendo por causa do fantasma.

As portas fechadas, as janelas fechadas e de repente a porta abria. Isso acontece de vez em quando aqui.


O certo é que em 2010 a Cidade Administrativa foi construída no extremo norte da cidade e o palácio foi entregue à Secretaria de Cultura para ser aberto como museu. As visitas guiadas ocorrem aos domingos, mas neste mês de março o palácio está fechado para atualização do inventário.



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Suspeita de superbactéria fecha hospital em Taguatinga

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O Hospital Regional de Taguatinga, no Distrito Federal, foi fechado e os atendimentos da clínica médica, ortopedia, cardiologia e cirurgia geral foram suspensos após suspeita de surto provocado por bactérias multirresistentes. As suspeitas tiveram início na quinta-feira, com a chegada de uma paciente com KPC, bactéria resistente à maior parte dos antibióticos disponíveis no mercado.

Depois disso, 25 pacientes tiveram amostras coletadas. Cinco deles permanecem em isolamento. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal, porém, descartou nesta segunda-feira, 1º, a existência de um surto.

Do grupo sob suspeita, três pessoas morreram, incluindo a paciente com KPC, de 79 anos, no domingo. Os demais óbitos foram de duas mulheres, de 70 e 80 anos. Laudos indicam, no entanto, que as duas pacientes eram portadoras de bactéria enterococo resistente. "Não há como afirmar que as mortes aconteceram em virtude das bactérias", afirmou ontem a coordenadora de Infectologia da Secretaria de Saúde do DF, Maria de Lourdes Lopes.

As três pacientes apresentavam saúde frágil. A primeira vítima havia sofrido uma fratura. A paciente com 70 anos tinha insuficiência renal, hipertensão e cardiopatia. A de 80 anos tinha doença pulmonar e era hipertensa. Outros cinco pacientes apresentam exames positivos para enterococo resistente. Estão em observação e serão transferidos para o ambulatório de clínica médica, onde o tratamento deverá continuar. Os demais pacientes podem ser liberados, assim que os outros problemas de saúde que apresentam forem resolvidos.

As salas deverão passar por uma higienização. A expectativa da Secretaria de Saúde é de que o pronto-socorro seja reaberto hoje. A notícia do fechamento do local, onde diariamente são atendidas cerca de 300 pessoas, provocou alvoroço em Taguatinga e no Distrito Federal.

Leia Mais: Cientistas acreditam que estamos a beira de uma pandemia


Brasília já havia registrado, em 2010, um surto provocado por KPC. Na ocasião, 17 hospitais apresentaram registros de casos de contaminação pela bactéria, que sofreu uma mutação genética e se tornou resistente a uma grande quantidade de antibióticos. Ao todo, foram 108 casos suspeitos, com 18 mortes. Após o surto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um documento no qual recomendava instituições de saúde a isolar pacientes com suspeita de KPC.

Segundo o diretor do HRT (Hospital Regional de Taguatinga), Benvindo Rocha Braga, não há motivos para se preocupar.

— Não há motivos para alarde. A contaminação se dá apenas por contato físico e, por causa do isolamento, não há risco de a bactéria se alastrar.

A bactéria

A KPC é uma cepa da Klebisiella pneumoniae, resistente a uma classe de antibióticos chamada carbapenemas, usada em um amplo espectro de tratamentos. De acordo com a Anvisa, não há atualmente um registro sobre casos de infecção provocado pela bactéria, isolada pela primeira vez por cientistas em 2005. O Hospital das Clínicas de São Paulo, por exemplo, registrou 70 casos entre 2008 e 2010. Nesse período, houve 24 mortes suspeitas.

Fonte: Paraná OnLine

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O Cangaço: O banditismo social brasileiro

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Hoje voltamos a contar com a participação do amigo Rusmea, dono do brilhante blog Rusmea.com e editor do blog Curionautas, na elaboração de uma curiosa postagem. O amigos Rusmea nos indicou o assunto que veremos a seguir: O Cangaço.

O assunto divide opiniões: para uns os cangaceiros eram apenas bandidos, para outros heróis e para alguns poucos os cangaceiros eram ambos. Nesse texto vamos dar uma aprofundada no assunto, e entender como esses grupos usaram o crime, num primeiro momento, para se rebelar contra o descaso e contra o autoritarismo.

Esse texto não possui o intuito de convencer ninguém a escolher um dos lados da discussão a respeito do cangaço, mas sim tem a intenção de trazer alguns fatos e dados a respeito do assunto, e assim provocar a reflexão a respeito do tema, afim de visualizarmos como alguns aspectos importantes no surgimento do cangaço permanecem ativos em outros campos da sociedade brasileira atualmente.

À própria sorte desde que se tem notícia, onde o Estado só comparece para cobrar tributos e a escassez está sempre por perto. Cidades e minúsculos distritos são controlados por figuras que muito bem se assemelhariam a senhores feudais, os coronéis, como eram conhecidos, eram autoridade máxima. Autoridade quase sempre incompatível com as péssimas condições de vida do sertão nordestino da época.

Foi nesse contexto que surgiu o Cangaço. Um banditismo digno dos clássicos filmes de faroeste, onde criminosos itinerantes driblavam a lei atravessando fronteiras estaduais.Sempre acompanhadas de sangue, as histórias do Cangaço remetem a pessoas muito humildes que, por um motivo ou outro, se recusaram a seguir a inércia de permanecer sob controle dos coronéis, optando por um caminho incerto que tratava com especial truculência aqueles tidos como seus inimigos.

Mas o Cangaço não possuía apenas inimigos, entre fazendeiros estrategicamente aliados e outros pobres sertanejos, a opinião pública se manteve dividida. Se os miseráveis insatisfeitos com os abusos dos coronéis se sentiam representados na contestação desaforada daqueles homens e mulheres fora da lei, os frequentes requintes de crueldade e frieza garantiam o medo e a tensão permanente nas cidades por onde passavam os bandos de cangaceiros.

Maria Bonita, mulher de Lampião, posa para o fotógrafo libanês Benjamin Abrahão junto aos seus dois cães, Guary e Ligeiro, 1936
Inicialmente o movimento do cangaço de fato foi um grito de independência contra o autoritarismo do governo e dos coronéis locais, mas com o passar dos anos muitos foram os grupos de cangaceiros que de uma forma ou outra, acabaram se tornando parceiros comerciais de fazendeiros importantes.

O poder inquestionável dos coronéis no Sertão

Desde os tempos do Império, a falta de interesse do Estado pelo Sertão obteve efeitos sangrentos na região. Entre os mais devastadores episódios de clara resposta à situação negligente e única presença para cobrança de tributos, destaca-se a Guerra de Canudos e o fenômeno de banditismo conhecido como Cangaço. Ambas as experiências possuíam em sua essência o sentido de contestação das figuras conhecidas como coronéis.

Em meio a uma vasta extensão territorial de pouco interesse público, o Império instituiu a titulação de Coronéis da Guarda Nacional para grandes latifundiários Brasil a dentro (parece que a política de proteger e dar poder a bancos, empresas e ricos empreendedores é uma prática bem antiga no Brasil). Na prática, o governo passou a legitimar uma relação de domínio que já se fazia efetiva desde os tempos coloniais. Os coronéis eram, quase sempre, pessoas que possuíam total influência na atividade econômica de cidades inteiras. O que representava poder absoluto em uma região onde a opção era se submeter ou sucumbir.
Os coronéis eram homens acima da lei. Além da tradicionais forças policias, também submetidas aos seus interesses, eles tinham sua própria "polícia", eram capangas conhecidos como jagunços: figuras armadas que tratavam de fazer a guarda de terras, castigar e executar inimigos de seus chefes. Foi a truculência desses jagunços que deu origem à jornada de diversos cangaceiros motivados pelo desejo de vingança.

Muitas vezes os cangaceiros são apontados como pessoas que se faziam valer da força e crueldade em seus atos, sendo muito acusados de assassinatos e estupros, mas os grupos de jagunços já faziam uso das mesmas práticas muito antes do surgimento do cangaço.

Fazer parte da tropa de capangas de algum coronel era algo muito importante na época, afinal de contas um jagunço era quase um agente da lei, sem ter que necessariamente seguir a lei. Quem se oporia a um jagunço de um coronel casos esse estivesse tentando tirar vantagem de um pequeno agricultor? Comprar briga com um capanga poderia significar comparar briga com toda tropa do coronel.

Virgínio Fortunato, cunhado de Lampião, posa sorridente junto aos "cabras" e mulheres de seu bando para as lentes de Benjamin Abrahão, 1936. (Benjamin Abrahão/Acervo Abafilm).

A vida criminosa como alternativa à miséria e submissão

As condições naturais do Sertão são especialmente infavoráveis à vida humana. Os longos períodos de estiagem castigam seus habitantes através dos efeitos consecutivos que a falta de água produz. O gado morre e as plantações ficam comprometidas, assim, famílias inteiras tentam se equilibrar num contexto de subsistência precária. Quando havia oferta de emprego, ou melhor, de trabalho, ela era ligada ao coronel da região, figura nem sempre louvável.

"Inteiramente só, o sertanejo é um homem abandonado a sua própria sorte, nada lhe resta senão a desesperança. Ou a rebeldia, que é um simples efeito de causas profundas, da ausência de justiça, analfabetismo, precariedade de comunicação, baixos salários, débil capitalismo e um lentíssimo desenvolvimento das forças produtivas."


Pensar nas autoridades da região como figuras de violência e senso de justiça similar aos dos temidos cangaceiros faz com que se compreenda melhor como tantos sertanejos optaram por esse caminho. A vida criminosa não era nada cordial, mas entre fugas e investidas, oferecia o poder de ter tudo aquilo que passava longe da realidade da maioria: ouro, respeito e mulheres (e sobre este último ponto, como é de se imaginar, o estupro era algo recorrente).

Corisco, o primeiro a esquerda, tendo ao seu lado a companheira Dadá e integrantes do seu grupo, 1936. (Benjamin Abrahão/Acervo Abafilm).

O sangrento preço da vida entre os cangaceiros

O vermelho é uma cor muito compatível com o trajeto do Cangaço, não apenas pelo coro de luta ou coragem, mas principalmente pelo sangue. Se entre os coronéis, representantes da lei no Sertão, a violência já era evidente, no Cangaço ela era uma assinatura. O traço hediondo da tradicional execução por sangramento era regido pelo punhal, introduzido em pontos vitais de suas vítimas. Para lidar com tamanha rotina, outra característica chamava atenção: a frieza aterrorizante.

Inacinha, em vestido de batalha, mostra como a perneira casava com a alpercata, Piranhas, Alagoas, 1936
Ao passo que se comandava torturas e execuções, as histórias também falam dos cangaceiros como figuras musicais e risonhas. Como se a vida e a morte fosse (e era mesmo) parte do dia-a-dia daquelas pessoas.

Já dizia o mítico Rei do Cangaço, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião:

"Três coisas eu trago de Pernambuco: dinheiro, coragem e bala."

Bem como a tradição oral transmite, em certa ocasião um sujeito estava cometendo incesto e foi flagrado por Lampião, o cangaceiro separou os dois irmãos e trouxe o rapaz para conversar. Ele falou para o homem que ele devia colocar os seus testículos dentro da gaveta e fechar com chave. Em seguida, Lampião colocou um punhal sobre o criado-mudo e disse "Volto em dez minutos, se você ainda estiver aqui eu te mato".
Assim se construiu uma lenda, e essa é só uma das histórias que se contam até hoje.

Os cangaceiros eram temidos, mas adorados, não apenas por questionar o poder dos coronéis opressores, mas por muitas vezes fazerem a justiça do povo, quando a justiça do estado não tinha qualquer interesse em tais questões.

O lendário cangaceiro Lampião posa para foto segurando uma edição de um dos jornais que costumava ler, "O Globo", 1936. (Benjamin Abrahão/Acervo Abafilm).

A opinião pública dividida entre amor e ódio

Lampião já era uma lenda viva antes mesmo de sua vida ser documentado pelo corajoso jornalista sírio-libanês, Benjamin Abrahão. Tratado pela polícia dos estados como uma verdadeira praga a ser exterminada, temido por onde passava, ainda assim ganhou a simpatia de muita gente. Virgulino tinha a confiança de gente de diversos setores da sociedade: coronéis aliados, sertanejos e até mesmo a igreja, representada pelo inigualado Padre Cícero, a quem se deposita regionalmente o prestígio de uma santidade.


A situação de considerável apoio da sociedade pode se amparar no senso de justiça em crítica à força oficial vigente. O respeitado historiador britânico, Eric Hobsbawn, em uma de suas obras (Bandidos/1969), apontou o Cangaço brasileiro como um exemplo claro do fenômeno do banditismo social, que se alinhava ao princípio de contestação, como um sentido primitivo de revolta.

“O ponto sobre bandidos sociais é que eles são criminosos camponeses a quem o senhor feudal e o Estado enxergam como criminosos, mas que permanecem dentro da sociedade camponesa, e são considerados por seu povo como heróis, como campeões, vingadores, lutadores pela justiça, talvez até mesmo líderes de libertação e, em qualquer caso, homens para serem admirados, ajudados e apoiados. Esta relação entre o camponês comum e o rebelde, bandido e ladrão é o que faz o banditismo social interessante e significativo.” - Eric Hobsbawn.


As volantes

Por décadas a República simplesmente amargou a inferioridade de suas forças diante do preparo e conhecimento preciso dos bandos cangaceiros. Equipados com cangas de madeira e utensílios metálicos (daí o nome cangaço: canga+aço), esses grupos eram compostos por homens (e também, muito raramente, mulheres) de invejável experiência de combate, sempre furtivos e ágeis.

Volantes do estado da Bahia em registro de Benjamin Abrahão, circa 1936. (Benjamin Abrahão/Acervo Abafilm).
Nas cidadelas invadidas, a polícia costumava ser ínfima e sem a menor condição para impedir investidas tão bem articuladas. Quando chegava algum reforço capaz de enfrentá-los, os cangaceiros simplesmente desapareciam em rotas de fuga que os levavam para outros estados, onde somente as forças policiais correspondentes poderiam atuar.

A reação dos estados foi precisa: responder na mesma moeda. Foram constituídas as chamadas forças volantes, o braço cangaceiro da polícia, formadas por homens (alguns deles até ex-cangaceiros) de preparo e práticas de combate idênticas às dos bandos criminosos. Assim, rotas de fuga, abrigos e investidas furtivas estavam mais sujeitas a falhas.

O jornalista libanês que documentou a vida dos cangaceiros

Figura responsável pelos mais preciosos registros iconográficos do Cangaço, Benjamin Abrahão Botto conheceu de perto, por vários meses, a rotina de diversos bandos cangaceiros, inclusive os dos notáveis Corisco e Lampião. Ele foi por muitos anos secretário de Padre Cícero em Juazeiro do Norte, no interior do Ceará, até que com a morte do sacerdote em 1934, colocou em prática seu projeto mais ambicioso: filmar e fotografar Lampião e seu bando.

O encontro de Abrahão com o bando de Virgulino, em foto tirada pelo cangaceiro Juriti. Da esquerda para a direita: Vila Nova, não identificado, Luís Pedro, Benjamin Abrahão (à frente), Amoroso, Lampião, Cacheado (ao fundo), Maria Bonita, não identificado, Quinta-Feira, foto de 1936. (Acervo Abafilm).
Se aproveitando da ligação de Lampião com Padre Cícero, Abrahão facilmente se aproximou do cangaceiro. Lampião era uma figura extremamente vaidosa, característica que o consolidava como Rei do Cangaço, se deixando acompanhar pelo jornalista. O material coletado ao longo de cerca de 2 anos (1936 e 1937) era de extrema preciosidade e foi recebido nas grandes metrópoles como um verdadeiro escândalo. O Cangaço era uma ofensa ao Estado Novo de Getúlio Vargas, que tratou de censurar e confiscar o registro de Benjamin.

“As fotos e filmes de Benjamim eram um atestado da incompetência das forças policiais e uma afronta ao Palácio do Catete” - Frederico Pernambucano de Mello.

Com a morte de Lampião, Corisco se torna o cangaceiro mais importante
O sírio-libanês Benjamin Abrahão trouxe a público relatos detalhados sobre a rotina e características dos bandos cangaceiros, o que pode ter sido nocivo à estratégia dos bandos, cada vez mais combatidos em esfera interestadual. Em menos de três anos a maior parte dos principais bandos foi desmantelada, inclusive com a execução de Lampião (1938) e Corisco (1940). O próprio Benjamin também teve seu fim em 1938 (dois meses antes da morte de Lampião e seu bando), vítima de nada menos que 42 facadas em um assassinato até hoje não esclarecido. Segundo o historiador Frederico Pernambucano de Mello, a mesma força que matou Lampião, matou Benjamin: o desmoralizado Estado Novo.

“Antes que o Estado Novo espatifasse o sistema de poder do sertão, era alto negócio para qualquer fazendeiro comercializar com o cangaceiro. O Estado Novo acabou com esse colaboracionismo. A morte de Benjamin foi, sobretudo, uma queima de arquivo histórica.” - Frederico Pernambucano de Mello.

Nesse momento o cangaço já mostrava uma certa união com fazendeiros importantes. Essa ligação não se dava com os ditos coronéis, mas os amigos e amigas podem imaginar um cenário de disputa de poder entre importantes fazendeiros. Para um fazendeiro de determinada região disputar poder com algum coronel, seria importante ele firmar uma aliança por "debaixo dos panos" com algum grupo de cangaceiros.

Vídeo "Lampião o Rei do Cangaço" de Benjamin Abrahão

Abaixo os amigos e amigas poderão ver uma gravação feita por Benjamin Abrahão com o Lampião em carne e osso. Vídeo histórico (sem áudio) com 4 minutos de cenas inéditas desse que, sem dúvidas, foi um dos mais polêmicos personagens que o Brasil já teve. Este vídeo faz parte da obra "Iconografia do Cangaço", da editora Terceiro Nome, com organização do Ricardo Albuquerque.


Um cerco que se fechava: a falência dos bandos e o fortalecimento do combate ao cangaço

Com o passar dos anos, a forma que o Estado tratava o Cangaço era cada vez mais madura. A segunda metade dos anos 1930 foi especialmente difícil para os bandos cangaceiros. Um a um, os criminosos iam sucumbindo ou se entregando em troca da anistia. O marco do fim dos tempos do Cangaço foi a emboscada que executou Lampião, Maria Bonita e diversos membros de seu bando. Suas cabeças foram expostas ao público em muitas cidades do Sertão nordestino.

O encontro de Abrahão com o bando de Virgulino, em foto tirada pelo cangaceiro Juriti. Da esquerda para a direita: Vila Nova, não identificado, Luís Pedro, Benjamin Abrahão (à frente), Amoroso, Lampião, Cacheado (ao fundo), Maria Bonita, não identificado, Quinta-Feira, foto de 1936. (Acervo Abafilm).
Cadáver do cangaceiro Cirilo de Engrácia, morto por civis e usado como exemplo pela volante alagoana. A cabeça de Cirilo já havia sido decepada, foi recolocada para a foto. 1935. (Autor desconhecido/Acervo Sociedade do Cangaço).
Cabeças cortadas de membros do bando de Lampião, incluindo o próprio e sua parceira, Maria Bonita, mortos em uma emboscada em Porto da Folha, Sergipe. Elas foram expostas como troféu na escadaria da Prefeitura de Piranhas, no estado de Alagoas, este episódio simbolizou o fim dos tempos áureos do Cangaço. Foto de 1938 (Autor desconhecido/Acervo Sociedade do Cangaço).
“Naquela época, Lampião mobilizava grossos capitais. Travava com coronéis da região que financiavam seus roubos e recebiam parte do lucro. Seu bando era a imagem do sucesso da organização fora da lei." - Frederico Pernambucano de Mello.

O fim do Cangaço foi causa direta da insatisfação com tamanha desmoralização do Estado Novo causada pelas imagens de Abrahão. Não só como atividade marginal, mas também como exemplo escancarado da corrupção de coronéis colaboradores, o Cangaço era uma afronta a Getúlio Vargas e sua proposta ideológica. E sistematicamente pagou o preço da visibilidade que adquiriu.

As cabeças mumificadas de Lampião e Maria Bonita foram posteriormente estudadas de por pesquisadores adeptos da Frenologia. O blog Noite Sinistra já destinou um texto a esse assunto intitulado "Frenologia no Brasil", onde falamos dos estudos realizados na cabeças de alguns cangaceiros.

Uma breve reflexão

Como foi dito no início desse texto, o tema é polêmico, e até hoje em dia muitas pessoas discutem a classificação que deveria se dar aos cangaceiros: bandidos, heróis ou rebelados reprimidos. Mas vejamos alguns dados apresentados no texto:
  • O movimento do cangaço teve origem numa espécie de revolta contra o autoritarismo dos coronéis (representantes da lei);
  • O estado dava as costas aos problemas na comunidades distantes, onde mais tarde o cangaço floresceu;
  • Inicialmente o povo local viu os cangaceiros como heróis que se rebelaram contra os poderosos e opressores coronéis;
  • Os grupos cangaceiros usavam de grande violência em suas ações, e impunham a sua própria lei na região;
  • Num último momento o cangaço já possuía relações comerciais com fazendeiros importantes;
  • O cangaço foi vencido por uma polícia especializada em combater suas técnicas;

Os tópicos acima podem ser trazidos para os dias atuais, e alguns deles podem até ser usados para explicar, ou exemplificar, como certos traficantes de drogas são tão importantes dentro das comunidades que eles "governam".
  • Os traficantes ocupam favelas, que são áreas para as quais o governo costuma dar as costas;
  • Muitos traficantes são vistos como membros importantes dentro das comunidades, por rivalizarem com a polícia, que muitas vezes é vista como uma autoridade rígida e inflexível a realidade do local;
  • Os traficantes fazem a sua própria lei, com base na violência;
  • Atualmente o tráfico de droga possui alianças com diferentes partes da sociedade e até mesmo com membros da polícia;
  • Assim como contra o cangaço foram usadas forças policiais específicas, as volantes, contra os traficantes a polícia tem usado uma nova tática: a polícia pacificadora.

Certos movimentos sociais costumam representar um povo. E muitas vezes esses movimentos acabam se repetindo, com o intervalo de algumas décadas nesse caso, em diferentes locais de uma nação tão grande como o Brasil.

Agradecimento ao amigo Rusmea pela dica.


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Nasa testa paraquedas supersônico visando colonização de Marte

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A agência espacial dos Estados Unidos (Nasa) planeja testar o maior paraquedas já lançado nesta quarta-feira (3-05-15) durante o lançamento de um disco voador que irá testar novas tecnologias para a aterrissagem em Marte.

O voo de teste do disco voador, conhecido como Low-Density Supersonic Decelerator (LDSD),será transmitido ao vivo pelo site da Nasa a partir das 14h30.

Já que a atmosfera de Marte é tão fina, qualquer paraquedas que ajude uma espaçonave pesada, de rápido movimento, precisa ser mais forte.

A agência espacial norte-americana descobriu como fazer isso há décadas, começando com a missão Viking que colocou duas sondas em Marte em 1976.

Humanos em Marte em 2030

Mas com o objetivo de enviar seres humanos a Marte em 2030, a agência está testando agora um paraquedas mais avançado, feito com tecnologia de nova geração, conhecido como paraquedas Supersonic Ringsail - que poderia permitir que naves ainda mais pesadas pousem suavemente.

"Queremos ver se o pouso pode implantar e desacelerar o veículo de teste enquanto ele estiver em voo supersônico", explicou o Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa em um comunicado.

O veículo de teste pesa 3.088 quilos, ou cerca de duas vezes o peso das naves robóticas que a Nasa costuma usar para pousar com segurança em Marte.

O paraquedas, descrito pela Nasa JPL como "o maior paraquedas já implantado", tem 30 metros de diâmetro.

O objetivo é que a queda "retarde a entrada do veículo para velocidades subsônicas", disse a Nasa.

Como vai ser o teste?

O teste vai consistir no envio do disco, um desacelerador em forma de tubo e o para-quedas a uma altitude de 37 quilômetros sobre o Oceano Pacífico com a ajuda de um balão gigante.

O balão vai lançar a espaçonave e foguetes vão levantar o veículo ainda maior para 55 quilômetros, atingindo velocidades supersônicas.

"Viajando em três vezes a velocidade do som, o desacelerador do disco irá inflar, retardando o veículo, e, em seguida, um para-quedas vai implantar em 2,35 vezes a velocidade do som para levá-lo para a superfície do oceano", disse a Nasa.

O primeiro voo de teste do disco voador foi em junho de 2014, e um outro voo de teste está previsto para 2016.

Fonte: G1

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A sociedade secreta Poro

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Existem diversas matérias internet afora a respeito de sociedades Secretas (a maioria nem é tão secreta assim, sendo que o termo "secretas" se refere mais às suas normas mesmo). O assunto, que também já foi diversas vezes abordado aqui no blog Noite Sinistra, geralmente está envolto eu uma aura de conspiração, mistério e códigos de conduta secretos. O objetivo dos integrantes dessas famigeradas organizações geralmente tem haver com poder e manipulação da verdade. Hoje conheceremos uma organização altamente presente na África Ocidental, e voltada para homens.

Poro é uma sociedade secreta masculina, cuja influência é muito forte em países como a Serra Leoa, Libéria, Costa do Marfim e Guiné. Sua origem está associada com a cultura dos povos mandê, que chegaram à África Ocidental há mais de mil anos.

Atualmente, a Poro é responsável por governar a população nativa e regulamentar as atividades políticas, sociais e culturais de seus membros.

A organização conta com poder suficiente para impor suas leis e códigos, mesmo contra a vontade dos integrantes com menos poder de decisão e dos governantes tradicionais, e são seus chefes quem decidem sobre questões que vão desde a fertilidade na agricultura, até o treinamento militar.

Contudo, seu principal papel é religioso, e um dos objetivos da Poro é o de controlar os espíritos e garantir que sua intervenção nos assuntos dos homens seja benéfica.

Depois de aceitos pela sociedade, os novos membros são introduzidos a segredos religiosos e aos poderes da bruxaria. Os integrantes são proibidos de revelar o conhecimento que recebem durante as reuniões e rituais. Quem não obedecer às regras pode ser condenado à morte.

Reuniões

Devido ao voto de segredo que os membros devem fazer ao serem aceitos na Poro, não existem muitos detalhes sobre o que acontece durante as reuniões, mas sabe-se que essa sociedade é estruturada em hierarquias e conta com dialetos, rituais, marcas e símbolos próprios (a exemplo te várias outros grupos secretos).


Além disso, os encontros geralmente ocorrem durante a estação seca — entre outubro e maio — em locais sagrados das florestas próximas aos vilarejos.

Durante as reuniões que ocorrem nos lugares sagrados, os membros costumam discutir assuntos relacionados com a comunidade, e tais encontros são proibidos para quem não é membro. As cerimônias são presididas por um chefe — uma espécie de Grão Mestre — trajando roupas e acessórios ritualísticos.

O traje cerimonial costuma ser composto por uma grande máscara ou adorno para a cabeça feito de madeira e um cajado, e essas peças frequentemente são enfeitadas com crânios e outros ossos humanos, pertencentes a antigos líderes do grupo.

Além disso, o chefe se dirige ao grupo falando através de um longo tubo de madeira que distorce sua voz. Em algumas regiões, mulheres e crianças podem comparecer às reuniões, mas, nessas ocasiões, o chefe não aparece com os apetrechos ritualísticos.

Estrutura e ritual de passagem

Existem três níveis de hierarquia na organização, sendo que o primeiro deles corresponde aos chefes, o segundo aos sacerdotes ou feiticeiros e o terceiro aos demais membros do grupo.

Os integrantes da Poro são responsáveis por organizar o ritual de passagem que prepara meninos e adolescentes para a vida adulta, e esse rito envolve passar alguns dias em isolamento em um acampamento na floresta.


Durante esse período, os meninos recebem ensinamentos morais através de canções tradicionais e histórias que enfatizam valores como solidariedade e respeito pelos mais velhos.

Além disso, os meninos que ainda não forem circuncidados passam por esse procedimento no início da reclusão e recebem um nome Poro. Ao final do ritual de passagem, os participantes são submetidos a uma série de testes e experiências para provar sua masculinidade.

Antigamente, os meninos também recebiam o sinal da sociedade secreta nas costas e ombros através de cortes ritualísticos que deixavam cicatrizes, mas essa prática está caindo em desuso.

Já para que um integrante se torne mestre, é necessário pagar uma taxa, assim como passar por um período de treinamento no uso de poções medicinais e passar por um ritual de iniciação realizado por alguém que já ocupe a posição de chefe.

Só para mulheres também

Assim como a Poro, em Serra Leoa também existem as sociedades secretas Yassi e Bundu, que são reservadas apenas para mulheres. Para fazer parte da Yassi — que permite a presença de membros da Poro em algumas cerimônias —, as integrantes precisam necessariamente fazer parte da Bundu primeiro, que é exclusivamente feminina. Na Libéria, essa sociedade secreta estritamente feminina recebe o nome de Sande.


Em alguns países, a Bundu e a Sande tiveram que reformular algumas de suas práticas para acomodar as exigências da sociedade atual, mas, mesmo assim, elas continuam exercendo forte influência nas áreas onde se encontram e suas proibições são estritamente respeitadas.

Com respeito aos rituais de passagem envolvendo as sociedades secretas femininas, durante o período de reclusão, as meninas aprendem sobre rituais religiosos e podem passar por algum tipo de mutilação genital, mas essa prática — por sorte — está deixando de ser seguida em algumas regiões.



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