Saudações meus caros amigos e amigas. Hoje voltamos a contar com uma valiosa dica do grande amigo o senhor Rusmea, dono do blog Rusmea.com. O misterioso manolo Rusmea (ou Rusvalino como ele também é conhecido em alguns pontos estratégicos da internet), nos instigou a escrever um texto falando de uma contenda familiar que cobriu de medo e sangue a cidade pernambucana de Exu. Convido a todos a conhecerem mais essa História bem brasileira.
A briga entre as famílias Alencar, Sampaio e Saraiva, durou cerca de 30 anos. Durante esse período houveram várias intervenções visando a pacificação dessa disputa, que vitimou 40 pessoas (outras fontes afirmam que foram 33 mortes). A guerra iniciada na cidade de Exu, no estado de Pernambuco, próximo da fronteira com Ceará e Piauí, fez vítimas também nas cidades de Recife e Rio de Janeiro, não se limitando apenas a terra natal de Luiz Gonzaga.
Início da briga
As três tradicionais famílias pernambucanas estavam altamente envolvidas na política local, logo divergências políticas foram apontadas como a mola que impulsionou os atos de violência. Na cidade de Exu os partidos políticos são reduzidos a meros coadjuvantes na história da política local, onde Bocas Brancas (família Alencar) e Bocas Negras (famílias Sampaio e Saraiva), são os principais grupos e regem o cenário eleitoral local.
No ano de 1949, José Aires de Alencar, o Zito, matou Romão Sampaio Filho, o coronel Romãozinho, depois de uma discussão. A partir desse momento iniciava-se uma disputa entre a três poderosas famílias locais. A disputa seria encerrada apenas no ano de 1981.
As tentativas de paz
Foram realizadas três tentativas de pacificar a contenda entre as três famílias. A primeira teria sido uma iniciativa do exército, no ano de 1972. Um pacto de não agressão foi firmado entre membros das famílias com a presença do do comandante do 71º Batalhão de Infantaria do Exército, que acampou durante um mês na cidade. Mas a paz durou apenas o tempo que os militares estiveram no local.
Em 1981 o então cardeal primaz do Brasil, Dom Avelar Brandão Vilela, esteve na cidade, e se reuniu com representantes das famílias para firmar um novo acordo. Apenas alguns meses depois o conflito reiniciou.
O último esforço de paz aconteceu ainda no ano de 1981. A iniciativa partiu do Estado, que decretou intervenção militar no município durante um ano e meio. Nesse período, Exu contava com um dos maiores efetivos policiais de Pernambuco e as pessoas viviam como se estivessem em estado de sítio. Havia lei seca nos bares depois das 22h e a população tinha hora para se recolher. A medida deu resultado e as mortes diminuíram.
Segundo um membro da família Alencar que não quis se identificar, o conflito acabou em conseqüência de um desgaste natural. “Todos perceberam que estavam perdendo. Até quem não tinha nada a ver com a história”, afirmou. Na sua opinião, as inúmeras tentativas de conciliação também contribuíram para o processo de paz. “Muitas pessoas resolveram ir embora por causa do conflito e as gerações mais jovens preferiram adotar outra postura”.
O músico Luiz Gonzaga, que nasceu na cidade, teria pedido pela paz ao então vice presidente da república Aureliano Chaves, durante um encontro no hotel Del Rey, em Belo Horizonte. O célebre cantor não perdeu a oportunidade, pegou a Sanfona e foi ao encontro do político, que era seu fã e, ao som de “Boiadeiro”... “Vai boiadeiro que a noite já vem...”, pediu que o governo a intervenção no município.
A última morte registrada nesse conflito teria ocorrido no mês de Julho do ano de 1981.
Fontes: DR Zen, Estadão e JC OnLine
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